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Livro resgata grandes autoras injustamente esquecidas – 28/12/2024 – Ilustríssima

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6 meses atrásem
Dirce Waltrick do Amarante
[RESUMO] Coletânea reúne parte da produção, situada no começo do século 20, de três poetas britânicas cuja obra ainda não recebeu a devida atenção de críticos e leitores. Mina Loy, Hope Mirrlees e Nancy Cunard tiveram diálogo profícuo com as vanguardas artísticas e criaram versos de poderosas imagens e de múltiplas vozes.
“Três Poetas Moderníssimas” reúne poemas escritos na primeira metade do século 20 por três autoras inglesas ainda pouco conhecidas, e não só no Brasil: Mina Loy (1882-1966), Hope Mirrlees (1887-1978) e Nancy Cunard (1896-1965). Álvaro A. Antunes é responsável pela tradução e pela organização dessa importante antologia poética, assinando também os ensaios críticos e as alentadas notas de rodapé que integram o volume.
Assim como outros importantes artistas de vanguarda do início do século 20, Loy, Mirrlees e Cunard migraram em determinado momento para Paris. Na capital francesa, o convívio com outros poetas em meio a um clima de experimentação artística influenciou suas obras e resultou em poemas como “O Pássaro Dourado de Brancusi” (1919), “O Ulisses de Joyce” (1921-1922) e “Gertrude Stein” (1924), todos de Mina Loy, e “Paris: Um Poema” (1920), de Mirrlees.
Loy é a escritora com mais poemas traduzidos nessa coletânea, talvez porque de outra maneira não se poderia dar conta da variação de sua obra. A autora de “Gertrude Stein” sempre foi estimulada pelo diálogo constante com os amigos vanguardistas e pelos diferentes movimentos artísticos que aconteciam não só em Paris, mas também nas outras cidades onde morou, como Florença e Nova York. Nos Estados Unidos, conheceu, entre outros, Marcel Duchamp, Picabia e Marianne Moore.
Na capital francesa, Loy conheceu o escultor romeno Constantin Brancusi e a ele dedicou “O Pássaro Dourado de Brancusi”, que descreve uma das famosas esculturas da série que ele denominava “Maiastra” (uma ave mítica do folclore romeno).
É impressionante como é possível vislumbrar a escultura nos versos de Loy, e como ela consegue apreender a dimensão mítica do pássaro, tão importante para o escultor: “O brinquedo/ tornado arquétipo estético// Como se/ um paciente Deus camponês/ tivesse polido e polido/ o Alfa e ômega/ da Forma/ num naco de metal”.
E concluiu sua descrição da ave-chama com os versos: “Este gongo/ de polida hiperestesia/ guincha com bronze/ quando a luz agressiva/ atinge/ seu significado// A imaculada/ concepção/ do pássaro inaudível/ acontece/ em magnífica reticência . . .”.
Na Itália, Loy se aproximou do futurismo de Filippo Tommaso Marinetti e do escritor religioso Giovanni Papini. Desse diálogo, nasce o poema “Aforismo sobre Futurismo”, de 1914, com máximas como: “Morra no Passado/ Viva no Futuro”, “Ame o medonho para encontrar o seu cerne sublime”, “O FUTURISTA pode viver mil anos em um poema” ou “O HOMEM somente é escravo de sua própria letargia mental”.
No mesmo ano, a poeta redigiu o seu “Manifesto Feminista”, que inicia com uma crítica feroz: “O movimento feminista como instituído no presente é Inadequado“, advogando que precisava ser mais abrangente, pois “Não há meia-medida – NENHUM arranhar a superfície da pilha de lixo da tradição vai tornar realidade a Reforma, o único método é ABSOLUTA DEMOLIÇÃO” [grafia segue modelo do documento original].
E prossegue defendendo que a “virtude”, único valor da mulher, deveria ser desconsiderada; para tanto, propõe “a destruição incondicional da virgindade através de cirurgia para toda a população feminina quando da puberdade”. Seu manifesto é seguramente um dos mais radicais já escritos sobre o tema.
Loy sabia que a sua carreira literária poderia ser abalada por dois motivos: era mulher e era experimental. A poeta conhecia, contudo, outros artistas que, como ela, estavam “ostracizados”.
O poema “Apologia do Gênio”, de 1921, parece ser uma resposta àqueles leitores que resistiam a obras que não seguiam os modelos convencionais: “Ostracizados que estamos com Deus –/ As sentinelas das desolações civilizadas/ revertem seus sinais no nosso rastro// Leprosos da lua/ todos magicamente doentios/ vimos à vossa rua/ inocentes/ das nossas chagas luminosas”. Mais adiante, destaca: “Nossas vontades são formadas/ por estranhas disciplinas/ muito além de vossas leis”.
A antologia traz ainda o seu poema longo “Canções para Joannes”, de 1917, que reflete sobre o relacionamento entre homem e mulher, destacando seu caráter erótico: “Quando nossos cílios/ Elevamos a Eros/ Um cosmos/ de vozes coloridas/ E gargalhando o mel// E espermatozóides/ No núcleo do Nada/ No leite da Lua”.
De acordo com Antunes, Mina Loy parece usar o termo “canções” para se referir ao “tom lírico adotado pela voz sob o poema ao se dirigir a seu parceiro”. O poeta Basil Bunting, citado pelo tradutor, dizia que os versos dela também poderiam ser cantados, mas precisariam se encaixar numa música específica e diferenciada.
Lembro que, em 1912, estreava em Berlim o espetáculo “Pierro Lunaire”, de Arnold Schönberg, inspirado em poemas de Albert Giraud, o que redundou numa obra atonal. A música, neste caso, funciona como anticanção ou como uma nova forma de cantar: o sprechgesang (canto-falado, falar-cantando). Talvez Loy, em suas canções, estivesse dialogando também com o compositor alemão e com essa “nova forma de cantar”.
De Hope Mirrlees e Nancy Cunard, Antunes traduziu apenas os poemas longos: “Paris: Um Poema” (1920), da primeira poeta, e “Paralaxe” (1925), da segunda. Ambos foram publicados em livros editados pela famosa Hogarth Press, do casal Virginia e Leonard Woolf.
Quanto a “Paris: Um Poema”, foi escrito sob forte influência dos dadaístas, cubistas etc. Cabe destacar que Mirrlees bebeu também do abstracionismo de Sonia Delaunay, uma artista que, como muitas outras, viveu à sombra de um homem, seu marido Robert Delaunay, artista plástico.
Sob essas múltiplas referências, sobressai um vibrante retrato de Paris do início do século 20. A poeta inglesa reproduz anúncios comerciais e frases que escuta nas ruas sem traduzi-los —assim, o poema oscila entre duas línguas, o francês e o inglês: “CHARCUTERIE/ COMESTIBLES DE IRE CHOIX”, “MORT AU CHAMP D’HONNEUR;/ E viuvinhas se lamentando/ Le pauvre grand!/ Le pauvre grand”.
Lê-se no poema belíssimas imagens, como: “O Sena, velho egoísta, serpenteia imperturbavelmente em direção ao mar,// Ruminando sobre ervas daninhas e chuva. . . “; “Paris é um imenso camponês saudoso de casa,/ Leva mil vilarejos no seu coração”; e “Pombos se empoleiram em estátuas/ E viram pedra”, talvez ecoando as visões de Guillaume Apollinaire.
“Paralaxe”, de Nancy Cunard, poema que encerra a antologia, é uma potente composição não linear, na qual múltiplas vozes narram a vida logo após a Primeira Guerra Mundial: “Pela praia, as marcas: pegadas de estranho/ Onde mares são ocos, seu som inquilino;/ Não há nada no ar,/ mas duas asas batem”; “A guerra acabou, e com ela, a primavera/ Que o abrir das cortinas já não deixa entrar./ Só o cinzento”.
“Três Poetas Moderníssimas” é, em suma, um resgate mais do que necessário da poesia de três autoras pioneiras que ainda não foram lidas e avaliadas com a atenção que merecem.
As notas e os ensaios do livro, uma pesquisa de fôlego de Antunes, são importantes, mas, às vezes, são confusos e repetitivos, como quando ele afirma que “o pano de fundo deste livro, portanto, é o modernismo”, para na página seguinte declarar que “mais especificamente, o pano de fundo deste livro é a forma poética, que mesmo sem uma definição consensual se convencionou chamar de ‘poema-longo modernista'”.
Mas isso não diminui o prazer de ler as criações das três grandes poetas inglesas, competentemente vertidas para o português.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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