POLÍTICA
Lobista investigado por venda de sentenças se pass…
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1 mês atrásem
Laryssa Borges
A Polícia Federal investiga o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, peça-chave no escândalo de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), por ter se passado por advogado registrado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ter representado ilegalmente clientes no segundo mais importante tribunal do país. A entidade de classe identificou o grupo que forjou registros profissionais da OAB e apontou Andreson como das pessoas que roubaram um número da lista que havia sido previamente forjada pelo bando.
Acossado por indícios que apontam que, além do STJ, comercializava veredictos em pelo menos três tribunais de justiça – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás –, o lobista se apresentou como advogado em processos que tramitavam no gabinete do ministro Paulo Moura Ribeiro. O magistrado é um dos quatro cujas equipes foram alvo de investigações de compra e venda de votos envolvendo Andreson e o advogado Roberto Zampieri, assassinado no final do ano passado em Cuiabá.
Andreson também invoca o registro falso da OAB em um processo antigo em que ele próprio era investigado por suspeitas de tráfico internacional de drogas em um esquema que envolve a maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi absolvido por falta de provas neste caso, mas ainda enfrenta a acusação de lavagem de dinheiro decorrente do mesmo episódio e tenta no STJ que as suspeitas sejam julgadas em uma vara específica de Cáceres (MT). Em um relatório de inteligência sobre a investigação de tráfico, a própria PF chegou a registrar Andreson como “um advogado militante” em Cuiabá.
O pretenso registro profissional do lobista era da seccional da OAB no Pará e tinha o número 25696. Segundo fontes da entidade que representa os advogados aptos a atuarem na profissão, este número existiu apenas como uma carteira falsa, encaminhada pela OAB do Pará para investigação da PF.
A acusação de lavagem de dinheiro
Em abril de 2011, a polícia apreendeu 296 quilos de cocaína no município de Cravinhos, em São Paulo, dois dias depois de Andreson ter voltado de uma viagem à Bolívia para supostamente acertar a entrega de uma carga de 350 quilos de pasta-base da droga. Escutas telefônicas usadas na investigação revelaram conversas entre ele e o traficante preso em flagrante na operação. Por falta de provas, no entanto, a justiça absolveu o lobista, mas movimentações financeiras astronômicas levaram-no a ser investigado também por lavagem. De 2009 a 2016, por exemplo, Andreson Gonçalves movimentou mais de 21 milhões de reais, aponta a PF. É esta investigação que ele tenta que seja julgada em uma vara de Cáceres.
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POLÍTICA
Novo procedimento foi realizado com sucesso e Lula…
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26 minutos atrásem
12 de dezembro de 2024 Da Redação
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O novo procedimento realizado no presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou e foi realizado com sucesso na manhã desta quinta-feira, 12. A informação foi dada pelo médico Roberto Kalil Filho, que falou rapidamente com jornalistas.
“O procedimento acabou de terminar. Foi com sucesso, conseguiu embolizar aquela artéria”, disse Kalil. “O presidente está acordado e conversando”, completou o médico.
Lula foi submetido a um procedimento de embolização de artéria meníngea média para evitar sangramentos no cérebro, depois da operação feita na madrugada de terça que drenou um hematoma intracraniano. Os problemas são decorrentes da queda que o petista sofreu em outubro.
A embolização não deve afetar a previsão de alta de Lula, que deve ocorrer na próxima semana.
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POLÍTICA
Sob pressão: Banco Central adverte: era crise, ago…
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2 horas atrásem
12 de dezembro de 2024 José Casado
Era crise, agora é emergência. Essa é a mensagem do Banco Central à sociedade embutida no aumento da taxa básica de juros (de 11,25% para 12,5% ao ano) e com o aviso de que vai subir mais ainda (para 14,5% até março).
No dialeto dos economistas do BC é a resposta necessária e adequada ao cenário “menos incerto e mais adverso”.
Eles têm o hábito de se comunicar com a sociedade numa língua-código que, talvez, alguns sejam capazes de decifrar, depois de torturar as sílabas.
É legítimo, portanto, imaginar que estejam tentando dizer o seguinte: o Banco Central tem certeza de um avanço expressivo dos desequilíbrios, ou adversidades, na vulnerável economia brasileira.
Para comparação, juros básicos no patamar previsto até março (de 14,5%) é pouco acima da taxa mais alta (14,25%) arbitrada na crise política de 2015-2016, cujo epílogo foi o impeachment de Dilma Rousseff.
Em português, o BC está equiparando a complexidade da situação sob Lula à confusão da etapa final de Dilma.
Quando voltar ao Planalto, Lula poderá se juntar ao coro habitual do Partido dos Trabalhadores contra “o mercado” e o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. Inútil, até porque estaria abstraindo o fato relevante de que essa foi, na prática, a primeira decisão da nova gestão, comandada por Gabriel Galípolo, num colegiado dominado pelo governo.
O Banco Central sinalizou o rumo (ou a falta dele) da economia. A vida das pessoas e das empresas tende a mudar para pior durante o ano que vem. Será difícil sustentar o atual ritmo de crescimento econômico, baseado no consumo, com uma taxa de juros real (descontada a inflação) próxima de 10% ao ano.
É previsível, também, maior corrosão no poder de compra dos mais pobres, maioria no eleitorado. Já é recorde a insatisfação com a inflação dos alimentos, como retrata a pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira (11/12).
Políticos que vivem fora de Brasília já receiam a volta de protestos nas ruas. Julgam que governo, Congresso e Judiciário optaram pela cegueira deliberada em decisões sobre a expansão dos gastos com privilégios corporativos no setor público e, sobretudo, na concessão de mais e novos benefícios a empresas privadas com poder de influência na praça dos Três Poderes.
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