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Look da Chanel está à altura do momento de Fernanda Torres – 02/03/2025 – Ilustrada

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4 meses atrásem

Carolina Casarin
O tapete vermelho do Oscar deste domingo foi, sem dúvida, o mais esperado pelos brasileiros desde 1999, quando Fernanda Montenegro foi indicada ao prêmio de melhor atriz por sua atuação em “Central do Brasil”.
Vinte e seis anos depois, sua filha, Fernanda Torres, concorreu ao mesmo prêmio por seu papel de protagonista em “Ainda Estou Aqui“, dirigido por Walter Salles, que também é o diretor de “Central do Brasil”. Todos esperavam ansiosos pelo momento em que Fernandinha, como a atriz é carinhosamente chamada por sua legião de fãs, desfilaria, triunfal em sua elegância discreta, pelo tapete vermelho do Dolby Theatre, em Los Angeles.
Eis que ela surge, usando um vestido preto Chanel, o clássico dos clássicos das casas da alta-costura francesa. É de se lamentar que Antonio Frajado, o stylist de Fernanda Torres, tenha deixado passar a oportunidade de vestir a nossa diva com a roupa de algum representante da moda brasileira, como Lino Villaventura, Walter Rodrigues, Alexandre Herchcovitch, Angela Brito, Guto Carvalhoneto.
Entretanto, o vestido escolhido, um look “couture” da Chanel, com plumas e bordados executados pela Maison Lesage, está à altura do momento que Fernanda Torres vive. Afinal, ela precisa de plumas e brilho para subir ao palco e receber sua estatueta.
Na temporada de prêmios que antecede o Oscar, Fernanda Torres e Cynthia Erivo, que também concorreu na categoria de melhor atriz por sua atuação no filme “Wicked”, pareceram seguir à risca a ideia do “method dressing”, ou seja, quando as atrizes usam roupas na vida real que coadunam com o estilo de suas personagens, como uma forma de homenagem ao filme e aos papeis que representam.
No tapete vermelho do Oscar, Cynthia Erivo apareceu com um vestido suntuoso Louis Vuitton, ostentando uma gola medici, de veludo verde tão escuro que para os milhões de espectadores que acompanhavam o evento pelas telas da TV, do computador ou do celular, poderia ser confundido com preto. Isso porque no em “Wicked” sua personagem tem a cor da pele esverdeada. A atriz não deixou de lado sua marca registrada —as unhas, que são verdadeiras obras de arte. Todas as esculturas nas unhas de Cynthia são feitas de maneira artesanal, uma a uma.
Fernanda Torres, como aconteceu ao longo de toda a temporada, optou por uma roupa sóbria e elegante, numa cor escura, que faz jus à personagem de Eunice Paiva, que ela representa no longa.
Selton Melo, que interpreta Rubens Paiva, o marido de Eunice, que foi sequestrado e morto pelos militares brasileiros na ditadura, também optou por homenagear seu personagem no look escolhido para a noite do Oscar. Usando um smoking preto chiquérrimo escolhido pela stylist Patricia Zuffa, ele contou num vídeo antes da premiação que a flor preta em sua lapela —que anteriormente havia sido usada somente na ocasião da estreia de “Ainda Estou Aqui” no Festival de Veneza— representou seu tributo a Rubens Paiva.
E o anel que o ator portou numa das mãos era de sua mãe, dona Selva, que teve Alzheimer por doze anos e morreu em 2024. O anel é uma bijuteria, mas tem valor inestimável para o ator.
Demi Moore também concorreu ao Oscar de melhor atriz por sua atuação em “A Substância”. No tapete vermelho, ela apareceu usando um vestido Armani Privé prateado, com cauda. Cabelos longos e soltos, cinturinha apertada, é possível dizer que Moore, assim como Fernanda e Cynthia, se utiliza da estratégia do “method dressing” para promover sua atuação?
Numa noite em que costumam pulular roupas douradas e vermelhas, o tapete vermelho do Oscar 2025 apresentou looks predominantemente pretos e na cor prata. Como o vestido “wet look” estonteante de Woopi Goldberg, que usou um Cristian Siriano arrojado e elegante, numa cor que parecia mercúrio líquido, ou água metalizada. Essa tendência apareceu também na roupa da linda Felicity Jones, muito bem vestida num Armani Privé.
Uma tendência das passarelas que esteve presente no tapete vermelho do Oscar são as basques. Pequena saia costurada ao corpete do vestido, as basques imprimem uma visualidade retrô aos looks, incrementando a suntuosidade das roupas vestidas nessa ocasião. No vestido de Fernanda Torres, por exemplo, foi usada a estratégia da basque, justamente nessa parte da roupa que se sobrepõe ao quadril, bordada com plumas, o que deixa a silhueta do look ainda mais interessante.
Na dinâmica autorreferencial da moda, outro exemplo de elemento vintage usado nos vestidos luxuosos escolhidos para o Oscar foi o look Givenchy de Elle Fanning. Um vestido de renda branca que apresentou aquilo que na história do vestuário é chamado de prega Watteau, uma capa plissada que parte dos ombros até o chão. As joias usadas por Fanning são modelos Cartier de 1958.
O Oscar é o último evento da temporada de premiações. Ele vem coroar a jornada de uma produção cinematográfica. É o evento mais importante, que dá legitimidade, que envolve a maior quantidade de dinheiro, e que não serve álcool durante a premiação. A coisa é seria. Com dinheiro, é claro, não se brinca.
As grandes marcas de moda investem pesado no lobby para que as atrizes apareçam usando suas roupas. Ariana Grande, sem dúvida uma das maiores representantes do “method dressing”, vestiu um modelo exclusivo da Schiaparelli com nada menos do que 190 mil cristais bordados na saia de tule. Lupita Nyong’o, com vestido Chanel, tinha simplesmente 22.410 pérolas bordadas em sua roupa.
Se o Oscar, ao fechar uma temporada, serve também como termômetro do que vem a seguir —e o look mercúrio líquido da apresentadora Woopi Goldberg não nos deixa mentir—, o que podemos esperar da relação da Academia de Hollywood com o governo Trump? O vem por aí? Discursos inflamados? Ou produtores condescendentes?
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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