POLÍTICA
Lula ficou contrariado com a ministeriável Gleisi…

PUBLICADO
7 meses atrásem
Daniel Pereira
O presidente Lula ficou contrariado com a deputada Gleisi Hoffmann, comandante do PT, por ela ter endossado um manifesto de movimentos sociais e partidos políticos contra o pacote de corte de gastos em gestação no governo. A reclamação se deu mais pela forma do que pelo conteúdo. Lula e Gleisi sempre fazem ressalvas a propostas de ajuste, alegando que são fruto de pressão do mercado e podem comprometer programas sociais e investimentos públicos. Há um alinhamento de pensamento entre eles.
A questão é que o presidente, diante da escalada da cotação do dólar e do risco crescente de desequilíbrio das contas públicas, autorizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a elaborar um pacote para conter o crescimento das despesas obrigatórias. Tomada essa decisão, caberia ao PT, partido do governo, mesmo que a contragosto, apoiá-la — e não contestá-la. Internamente, o debate pode até continuar, mas sob os holofotes, segundo Lula, não é aceitável que a dirigente petista mine publicamente as ações em curso.
Recado dado
Dois quadros da confiança do presidente reagiram à iniciativa de Gleisi. Um deles foi Emídio de Souza, ex-presidente do PT de São Paulo: “Evidentemente que o partido pode e deve debater o governo, suas medidas e sua conduta e oferecer alternativas ao que não considera adequado, mas jamais num clima de confrontação e muito menos na mídia”.
O outro foi o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, favorito de Lula para suceder Gleisi no comando do PT. Em entrevista às Páginas Amarelas da nova edição de VEJA, ele declarou ao ser perguntado sobre o endosso da deputada ao manifesto: “O desejável é que a discussão tivesse sido esgotada internamente”. Depois, sobre os inúmeros embates entre Gleisi e Haddad, afirmou: “Não acho que a Gleisi tenha de abrir mão de suas convicções, mas não pode enfraquecer o ministro da Fazenda. Isso é tirar força do próprio governo”.
Nova missão
Diante das reações, Gleisi alegou que sua crítica não foi ao plano de corte de gastos em si, mas a uma pressão exercida pelo mercado e alguns meios de comunicação. “Eles esperam impor ao governo e ao país o sacrifício dos aposentados, dos trabalhadores, da saúde e da educação, que pode até combinar com o neoliberalismo frenético do governo passado, mas não com o governo que foi eleito para reconstruir o país. Invertem a equação da economia real, que pede mais crédito e investimentos, e ameaçam com mais juros e mais especulação com o câmbio”, escreveu numa rede social.
O mal-estar causado não deve mudar os planos de Lula para a deputada. O presidente reconhece a importância da atuação dela à frente do PT principalmente no período em que ele estava preso em decorrência da Operação Lava-Jato. Além disso, considera Gleisi um quadro qualificado e combativo, que no ano que vem, segundo auxiliares de Lula, provavelmente dará expediente como ministra de Estado, provavelmente numa pasta lotada no Palácio do Planalto.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
POLÍTICA
CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

PUBLICADO
1 mês atrásem
5 de maio de 2025
Marcela Rahal
Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.
Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.
Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.
O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.
Relacionado
POLÍTICA
Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

PUBLICADO
1 mês atrásem
5 de maio de 2025
Ludmilla de Lima
Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.
Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano.
A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.
A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.
Relacionado
POLÍTICA
Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

PUBLICADO
1 mês atrásem
5 de maio de 2025
Matheus Leitão
A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.
Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.
Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.
“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.
A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.
“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana.
A seguir as cenas dos próximos capítulos…
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login