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Maduro, da Venezuela, tomou posse em meio à indignação por supostas eleições fraudulentas | Venezuela

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6 meses atrásem
Tom Phillips Latin America correspondent
O presidente autoritário da Venezuela, Nicolás Madurofoi acusado de uma tomada de poder descarada e fraudulenta depois de prestar juramento para um terceiro mandato, apesar da indignação interna e de um coro de condenação internacional pelo seu alegado roubo das eleições do ano passado.
“Esta é uma grande vitória para a democracia venezuelana”, vangloriou-se o autocrata de 62 anos durante uma cerimónia de prestação de juramento com pouca participação em Caracas, que foi boicotada pelos líderes das nações democráticas.
Enquanto Maduro prolongava o seu mandato de 12 anos, os EUA anunciaram uma recompensa de 65 milhões de dólares pela sua detenção e pela detenção de dois aliados próximos sob acusações de tráfico internacional de drogas e rejeitaram a reivindicação de Maduro à presidência.
Maduro, que liderou a Venezuela numa direção cada vez mais repressiva desde que foi eleito democraticamente em 2013, não conseguiu apresentar qualquer prova de que ganhou a votação de 28 de julho. Seus oponentes têm publicou evidências detalhadas que o seu candidato, Edmundo González, foi o verdadeiro vencedor graças à indignação pública generalizada face ao colapso económico da Venezuela.
Mas na manhã de sexta-feira, foi Maduro – que se recusou a renunciar ao poder e foi apoiado por chefes militares e de segurança – quem teve a faixa presidencial amarela, azul e vermelha da Venezuela pendurada nos ombros na assembleia nacional.
Entre aqueles que faltaram ao evento em protesto estavam os presidentes de esquerda do Brasil e da Colômbia, Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro, aliados regionais de longa data que se recusaram a reconhecer a reivindicação de vitória de Maduro.
Os presidentes autoritários de Cuba e da Nicarágua, Miguel Díaz-Canel e Daniel Ortega, ocuparam lugares na primeira fila, e os líderes autoritários da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, também enviaram enviados.
Num discurso incoerente mas desafiador de 90 minutos, Maduro afirmou que estava a liderar “uma revolução democratizante” na Venezuela e apresentou-se como o destemido líder anti-imperialista de um “projecto eminentemente democrático” inspirado pelos heróis da independência da América Latina.
Ele criticou os seus inimigos políticos como fascistas e oligarcas violentos e “pútridos”, chamando o presidente de direita da Argentina, Javier Milei, de extrema-direita de “nazista sionista” e “sádico social”.
“Não fui nomeado presidente pelo governo dos EUA ou pelos governos pró-imperialistas da direita latino-americana”, declarou Maduro. “Eu venho do povo. Eu sou do povo – e o meu poder emana da história e do povo!”
A tomada de posse de Maduro provocou uma nova explosão de condenação internacional, inclusive por parte de membros da esquerda política, que o homem forte venezuelano afirma representar.
“Sou alguém da esquerda e da esquerda política, digo-vos: o governo de Nicolás Maduro é uma ditadura”, disse o presidente progressista do Chile, Gabriel Boric.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse: “O povo venezuelano e o mundo sabem que Nicolás Maduro perdeu claramente as eleições presidenciais de 2024 e não tem o direito de reivindicar a presidência hoje. Estamos prontos para apoiar o retorno à democracia na Venezuela.”
O secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, o deputado do Partido Trabalhista David Lammy, disse: “A reivindicação de poder de Nicolás Maduro é fraudulenta. O resultado das eleições de julho não foi livre nem justo e o seu regime não representa a vontade do povo venezuelano.”
Lammy, quando novas sanções foram anunciadas em coordenação com a UE, visando 15 indivíduos ligados ao regime de Maduro, acrescentou: “O Reino Unido não ficará parado enquanto Maduro continua a oprimir, a minar a democracia e a cometer terríveis violações dos direitos humanos”.
Kaja Kallas, chefe de política externa da UE, disse: “Maduro carece de toda legitimidade democrática”.
Melanie Joly, o ministro das Relações Exteriores do Canadá, que na quinta-feira reconheceu formalmente González como presidente eleito da Venezuela, disse: “As ações vergonhosas de Maduro demonstram que a democracia e o Estado de direito não podem ser considerados garantidos. Não toleraremos a erosão do processo democrático ou a repressão dos cidadãos que procuram expressar os seus direitos.”
Os EUA anunciaram que estavam a aumentar a sua recompensa por informações que levassem à prisão de Maduro e do seu ministro do Interior, Diosdado Cabello, por alegados crimes de tráfico de droga, para 25 milhões de dólares, e criaram uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levassem à captura do antigo líder de Maduro. ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.
O presidente do Brasil, Lula, evitou a posse com seu aliado próximo, o senador Jaques Wagner, dizendo à mídia local: “A relação com a Venezuela azedou”.
González, um diplomata aposentado que só entrou na política no ano passado, prometeu viajar de volta do exílio à Venezuela para sua própria posse. Mas na tarde de sexta-feira a sua apoiante mais importante, a líder da oposição María Corina Machado, anunciou que tinham decidido que ele não viria mais.
“Edmundo virá à Venezuela para tomar posse como presidente da Venezuela no momento certo, quando as condições forem adequadas”, disse Machado numa mensagem de vídeo gravada em local secreto. Ela atribuiu a decisão à decisão de Maduro de ativar os sistemas de defesa aérea da Venezuela como resultado do que chamou de sua “paranóia delirante”.
No início do dia, o general Domingo Hernández Lárez, um alto comandante do exército, postou um vídeo nas redes sociais de um sistema russo de mísseis terra-ar sendo implantado no que foi visto como uma ameaça de derrubar o avião de González se ele tentasse voar. de volta à Venezuela.
Machado insistiu, no entanto, que os dias de Maduro estavam contados e que uma transição democrática estava “muito próxima”.
“Não tenham dúvidas, isto acabou”, afirmou ela, apelando aos venezuelanos para protestarem. “Maduro consolidou o seu golpe e a violação da nossa constituição. É hora de fazer o que for necessário para restaurá-lo.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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