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Mãe é ouvida pela polícia e diz que permitiu que filha de 10 anos fosse morar com suspeito de estupro no AC

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A Polícia Civil do Acre já ouviu a mãe e a criança, de 10 anos, abusada sexualmente por um homem, de 23 anos, em Porto Walter, no interior do Acre. Em um depoimento inicial a um policial civil do município, a mãe da menina disse que o suspeito passou na casa dela, no último dia 1º, e pediu para levar a garota para morar com ele.

No depoimento, a mãe contou à polícia que o suspeito, ela e a criança conversaram por alguns minutos. A criança teria afirmado para a mãe que queria morar com o suspeito e, então, a mulher permitiu que a filha fosse com ele. A mulher confessou ainda que “não tinha mais o que fazer” e deixou a filha ir.

A família vive em extrema pobreza em uma casa muito humilde na zona rural da cidade. A mulher mora com outra filha e o atual marido. O pai da menina de 10 anos morreu, segundo a polícia.

“São pessoas absolutamente desinformadas, se sentem pressionadas pelas circunstâncias. Na realidade, essas pessoas são vítimas também. Tem que observar direitinho, se a gente identificar eventuais responsabilidades vamos tomar providências”, explicou ao G1 o delegado responsável pelo caso, Obetâneo dos Santos.

O caso veio a público no último dia 11, quando o homem foi preso em flagrante suspeito de estuprar e viver com a menina na Comunidade Porongaba, zona rural do município de Porto Walter, interior do Acre.

Menina voltou para a casa da mãe

Após o flagrante, a criança de 10 anos voltou a morar com a mãe. A polícia informou que a família não possui telefone. O G1 não conseguiu contato com a mãe da criança e nem com o suspeito, que está preso.

O delegado informou que ainda vai ouvir todos os envolvidos e que o homem vai ser indiciado por estupro de vulnerável e cárcere privado. Sobre a possibilidade de a mãe responder por algum tipo de crime, ele disse que só vai poder dar essa informação após todos os depoimentos.

“Nosso policial está ouvindo as pessoas que tomaram ou que tinham conhecimento do caso para a gente dar continuidade e concluir o mais breve possível”, afirmou.

Adolescente de 16 anos está grávida do suspeito

Além da criança de 10 anos, o suspeito morava também com uma adolescente de 16, que está grávida de dois meses e seria a mulher dele, segundo o policial que ouviu os envolvidos. A polícia também investiga o estupro de outra adolescente de 13 anos.

Ainda segundo a polícia, a criança de 10 anos contou, no depoimento, que o suspeito demonstrou interesse por ela no início do ano. Ele teria pedido para enviar cartas para ela, que permitiu a correspondência.

Em uma dessas cartas, o suspeito afirmou que queria “ficar” com a criança. Ainda de acordo com o relato da menina, ela acabou se envolvendo com ele.

Antes de morar com o homem, a criança teria ido à casa dele, cerca de uma semana antes, levada pela adolescente de 16 anos, que morava com o suspeito.

Ao perceber que a filha não estava em casa, a mãe foi buscá-la na casa do suspeito. Após alguns dias, o homem passou na casa da mulher e levou a criança para morar com ele definitivamente.

Ainda conforme o depoimento, a menina disse que só passou a dormir com o suspeito quando foi morar com ele. Ela dormia na cama com ele e a adolescente de 16 anos na sala da casa.

Investigações

O delegado Obetâneo dos Santos falou que pretende ir até Porto Walter para ouvir os todos os envolvidos no caso. O suspeito foi levado para o Presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, município vizinho. O delegado afirmou que ainda não está confirmado se a criança deve ir para um abrigo.

“Tudo é pensando no bem estar dela [criança]. A família mora toda lá [Porto Walter], não tem parente em Cruzeiro do Sul, que poderia oferecer um acompanhamento melhor. Tudo isso tem que ser avaliado”, explicou.

Ele ressaltou ainda que precisa encontrar uma alternativa que seja melhor para a vítima. “Imagina o choque que é ser tirada da sua realidade, é meio complicado. O indivíduo está preso, então, não vai ter contato com ela”, complementou.

O delegado acrescentou que as investigações tentam também descobrir se há mais vítimas do suspeito. “Nossa busca é para saber se têm mais [vítimas]. Se fez com três, pode ter feito com seis”, finalizou.

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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