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Mais de 30 mil sírios voltaram para casa desde a queda de al-Assad, diz Turkiye | Notícias da Guerra da Síria

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Quase 31 mil sírios regressaram a casa desde a queda do homem forte Bashar al-Assad, segundo o ministro do Interior da vizinha Turkiye, que abriga alguns 3 milhões de refugiados sírios.

Entretanto, dentro do país, na sexta-feira, os sírios reuniram-se para um dia de memória em homenagem às vítimas do regime de al-Assad e da guerra civil de 13 anos.

Milhões de pessoas fugiram da Síria depois da guerra em 2011, mas desde a queda de al-Assad, em 8 de Dezembro, há esperanças de que muitos regressarão.

“O número de pessoas que regressaram (de Turkiye) é 30.663”, disse o ministro do Interior turco, Ali Yerlikaya, ao canal de notícias local TGRT na sexta-feira, dizendo que “30%” delas nasceram em Turkiye.

Na terça-feira, Yerlikaya disse que mais de 25 mil sírios regressaram em declarações à agência de notícias estatal Anadolu, acrescentando que seriam autorizados a sair e a reentrar em Turkiye três vezes no primeiro semestre de 2025.

Ancara também abriria “um escritório de gestão de migração” em Aleppo, a segunda cidade da Síria, de onde vem a maioria dos refugiados que vivem em Turkiye, disse ele, sem dar mais detalhes. E reabriria o seu consulado-geral em Aleppo “dentro de alguns dias”, acrescentou, repetindo as observações feitas no início desta semana pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan.

A embaixada da Turquia em Damasco foi reaberta em 14 de dezembro, seis dias depois de al-Assad foi derrubado pelos rebeldes Hayat Tahrir al-Sham (HTS).

Uma família síria se prepara para cruzar para a Síria vindo de Turkiye através da passagem de Kassab (Aaref Watad/AFP)

‘Eu quero a verdade’

Entretanto, na capital Damasco e noutros locais, os sírios celebraram um dia em memória dos mortos e presos durante o reinado de quase 25 anos de al-Assad.

Dezenas de manifestantes sombrios reuniram-se na Praça Hijaz, no centro de Damasco, para pressionar as novas autoridades sobre o destino dos familiares desaparecidos no governo de al-Assad, segurando fotografias dos desaparecidos, informou a agência de notícias AFP.

“É hora de os tiranos serem responsabilizados”, dizia uma faixa preta desenrolada na varanda da elegante estação ferroviária da era otomana. Outros cartazes diziam: “Revelar o destino dos desaparecidos é um direito” e “Não quero uma sepultura sem identificação para o meu filho, quero a verdade”.

Hashem Ahelbarra, da Al Jazeera, reportando de Damasco, disse que as pessoas também se reuniram em outras áreas, incluindo a Praça Umayyad.

“Vi muitas pessoas com faixas, cartazes e fotos dos seus entes queridos que foram mortos ou desapareceram nas prisões durante o tempo de Bashar al-Assad ou do seu pai, Hafez al-Assad”, disse ele.

A certa altura, Ahelbarra descreveu as cenas nas ruas como “caóticas”, pois as pessoas eram vistas celebrando disparando suas armas para o alto.

As prisões da Síria tinham sido um pilar principal no apoio ao regime de al-Assad. Imagens, contrabandeadas para fora da Síria em 2013, mostravam o que a Human Rights Watch disse ser “evidência irrefutável de tortura generalizada, fome, espancamentos e doenças em centros de detenção do governo sírio”, no que equivale a um crime contra a humanidade, disse o grupo de direitos humanos.

‘Interferência’

Ainda na sexta-feira, o principal diplomata do Irão alertou contra a “interferência destrutiva” no futuro da Síria e disse que as decisões deveriam caber exclusivamente ao povo do país.

O Irão “considera que a tomada de decisões sobre o futuro da Síria é da exclusiva responsabilidade do povo… sem interferência destrutiva ou imposição estrangeira”, escreveu Abbas Araghchi no Diário do Povo, dos meios de comunicação estatais chineses, durante uma visita a Pequim.

Ele também enfatizou o respeito do Irã pela “unidade, soberania nacional e integridade territorial” da Síria.

Abbas Araghchi pousou na capital chinesa na tarde de sexta-feira, informou a mídia estatal iraniana, para iniciar sua primeira visita oficial ao país desde que foi nomeado ministro das Relações Exteriores. A China e o Irão apoiavam o ex-presidente al-Assad.

Na frente humanitária, um responsável de saúde das Nações Unidas disse que cerca de 50 toneladas de suprimentos médicos financiados pela União Europeia deverão entrar na Síria até ao final do ano.

Os suprimentos, que foram enviados de um estoque da UE em Dubai, chegaram em Istambul na quinta-feira e deveriam ser levados para a fronteira nos próximos dias, disse à AFP Mrinalini Santhanam, do escritório da Organização Mundial da Saúde em Gaziantep, no sul de Turkiye, dizendo que seriam ser levado para o sul e provavelmente cruzar a fronteira com a Síria “em 31 de dezembro”.

A remessa inclui 8.000 kits cirúrgicos de emergência, suprimentos anestésicos, fluidos intravenosos, materiais de esterilização e medicamentos para prevenir surtos de doenças, com a UE afirmando que seria enviado para apoiar “sistemas de saúde em Idlib e no norte de Aleppo”.

A guerra civil, que eclodiu em 2011, “devastou o país e o sistema de saúde. Quase metade dos hospitais na Síria não funcionam”, disse ele.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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