ACRE
Mandado de prisão do TPI contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. E agora? – DW – 21/11/2024

PUBLICADO
9 meses atrásem
Juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitaram mandados de prisão para o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant. São acusados de crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.
Ao fazê-lo, o TPI rejeitou a contestação anterior de Israel à jurisdição do tribunal, especificando que a aceitação da jurisdição do tribunal por parte de Israel não era necessária.
Especificamente, o TPI afirmou que havia “motivos razoáveis” para sugerir que Netanyahu e Gallant tinham “responsabilidade criminal” por aplicar a fome como método de guerra e por crimes contra a humanidade na forma de assassinato, perseguição e outros atos desumanos.
O tribunal também emitiu um mandado de prisão contra os líderes do Hamas, Ibrahim al-Masri, também conhecido como Mohammed Deif, por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade relacionados com os ataques do grupo militante islâmico a Israel, em 7 de Outubro. As acusações levantadas contra al-Masri incluem assassinato, tortura, violência sexual e tomada de reféns, entre outras coisas.
Mandados de prisão anteriores contra os ex-líderes do Hamas Yahya Sinwar e Ismael Haniyeh foram retirados após a confirmação dos seus assassinatos pelas forças israelitas. Israel afirma ter matado al-Masri, mas o Hamas não confirmou nem negou isso.
Que tipo de processo criminal o TPI abriu contra Netanyahu?
O Tribunal Penal Internacional só investiga indivíduos e só entra em ação quando uma pessoa é suspeita de ser responsável por um dos quatro crimes principais: genocídio, crimes de guerracrimes contra a humanidade ou iniciar uma guerra de agressão.
O TPI tem investigado possíveis crimes de guerra cometidos por Israel desde 2021. Ao mesmo tempo, o tribunal também tem investigado acusações semelhantes levantadas contra Hamas lutadores. Além disso, estão actualmente em curso investigações relativamente a actos de violência cometidos por colonos israelitas no Cisjordânia.
Desenvolvimentos recentes no guerra entre Israel e Hamas estão todos sendo considerados nesse contexto. Esta violência mais recente eclodiu quando combatentes do Hamas atacaram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 240 de volta ao país. Gaza. O Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países ocidentais, incluindo muitos estados membros da UE, bem como os EUA.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, a resposta militar de Israel ao ataque matou mais de 44 mil pessoas, embora estes números não possam ser verificados de forma independente. Um relatório de julho da revista médica A Lanceta estimou que poderia haver “até 186.000 ou até mais” mortes atribuíveis à violência em Gaza.
Quando é que o TPI tem jurisdição sobre os cidadãos israelitas?
Regra geral, o TPI só pode tomar medidas quando os estados não podem ou não querem apresentar acusações pelos crimes acima mencionados a nível nacional. A guerra actual torna ainda mais improvável que os tribunais israelitas iniciem processos penais contra o chefe do seu governo, os seus ministros ou a liderança do exército.
Além disso, ou o país de origem do perpetrador também deve reconhecer o tribunal – Israel não o faz – ou o país onde o crime alegadamente ocorreu deve fazê-lo. Neste caso, o Territórios palestinos são signatários do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional. Juntando-se a Israel na sua rejeição do TPI estão os EUA, a China, a Rússia, a Índia, quase todos os estados árabes e o Irão.
Quando nenhuma das nações ligadas aos crimes é signatária do tratado do TPI, então a tarefa de contratar o TPI para investigar recai sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas – como foi o caso, por exemplo, da Líbia e do Sudão.
Que consequências o mandado do TPI poderia ter para Netanyahu?
Um mandado de prisão não é uma condenação. Em primeiro lugar, é um sinal de que o TPI leva suficientemente a sério as acusações levantadas contra um indivíduo para as investigar.
De acordo com o site do TPI, “os juízes emitirão um mandado de prisão se parecer necessário para garantir que a pessoa comparecerá realmente ao julgamento, que não obstruirá ou colocará em perigo a investigação ou os procedimentos do tribunal, ou para impedir que a pessoa de continuar a cometer crimes.”
Contudo, como o TPI não dispõe de força policial para prender indivíduos contra os quais tenha emitido mandados, é altamente improvável que membros do governo israelita alguma vez compareçam perante juízes em Haia.
Ainda assim, um mandado de detenção limita enormemente a liberdade de circulação de que gozam Netanyahu e os seus associados, pois cada um dos 124 signatários do tratado do TPI são obrigados a prender indivíduos com mandados pendentes e a entregá-los ao tribunal.
É por isso que o presidente russo Vladimir Putin foi forçado a evitar viajar para a maioria das reuniões internacionais desde que o TPI emitiu um mandado de detenção devido a acusações de que estaria envolvido no rapto sistemático de crianças ucranianas. Putin apenas viaja diretamente de e para países que não reconhecem a legitimidade do TPI.
Como é que este mandado de prisão está ligado às acusações de genocídio levantadas contra Israel?
A investigação do TPI não deve ser confundida com outro caso semelhante pendente contra o Estado de Israel, nomeadamente a acusação de genocídio levantada contra ele por várias nações. Entre outros, a África do Sul liderou um caso perante o Corte Internacional de Justiça (CIJ) com base no elevado número de vítimas em Gaza. A CIJ também está sediada em Haia, mas não investiga indivíduos nem emite mandados de prisão, tratando apenas de disputas legais entre Estados.
No final de Janeiro, a CIJ afirmou reconhecer o “risco de genocídio na Faixa de Gaza”. Em maio, o tribunal emitiu novas medidas provisórias ordenando que Israel encerrasse imediatamente operações militares em Rafah no sul de Gaza e abrir a passagem fronteiriça para entregas urgentes de ajuda.
Mas a CIJ não chegou a exigir que Israel cessasse imediatamente todas as operações militares no enclave. Como resultado dessa posição, o caso de genocídio contra Israel poderá potencialmente arrastar-se por meses ou mesmo anos.
CIJ: Israel deve agir para prevenir o genocídio em Gaza
Para ver este vídeo, ative o JavaScript e considere atualizar para um navegador que suporta vídeo HTML5
Este artigo foi traduzido do alemão. Foi publicado originalmente em 30 de abril de 2024 e atualizado com novos desenvolvimentos em 21 de maio de 2024 e 21 de novembro de 2024.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
ACRE
Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
15 horas atrásem
19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
Relacionado
ACRE
Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
2 dias atrásem
18 de agosto de 2025
A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.
A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.
Relacionado
ACRE
Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
6 dias atrásem
14 de agosto de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, assinou o contrato de digitalização do acervo de documentos acadêmicos. A ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 13, no hall do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca). A empresa responsável pelo serviço é a SOS Tecnologia e Gestão da Informação.
O processo atende à Portaria do MEC nº 360, de 18 de maio de 2022, que obriga instituições federais de ensino a converterem o acervo acadêmico para o meio digital. A medida busca garantir segurança, organização e acesso facilitado às informações, além de preservar documentos físicos de valor histórico e acadêmico.
Para a reitora Guida Aquino, a ação reforça o compromisso institucional com a memória da comunidade acadêmica. “É de extrema importância arquivar a história da nossa querida universidade”, afirmou.
A decisão foi discutida e aprovada pelo Comitê Gestor do Acervo Acadêmico da Ufac, em reunião realizada no dia 7 de julho de 2022. Agora, a meta é mensurar o tamanho dos arquivos do Nurca para dar continuidade ao processo, assegurando que toda a documentação esteja em conformidade legal e disponível em formato digital.
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- ACRE7 dias ago
Ufac inicia 2º Ciclo de Formação do Pibid com foco no direito à educação integral na Amazônia — Universidade Federal do Acre
- ACRE6 dias ago
XVII FÓRUM INTERNACIONAL EM SAÚDE — Universidade Federal do Acre
- ACRE6 dias ago
Ufac inaugura Sala Aquário no Restaurante Universitário para acolhimento sensorial — Universidade Federal do Acre
- ACRE6 dias ago
Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login