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Mandela viajou no avião de Trump em 1990: quem pagou por isso? | Eleições dos EUA 2024

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Nas últimas semanas antes Dia de eleiçãoo podcaster e colaborador da Fox News George “Tyrus” Murdoch tentou mostrar aos eleitores um lado filantrópico do ex-presidente Donald Trump.

Nelson Mandela estava “tentando vir para os Estados Unidos. O governo dos EUA não o estava ajudando. Ninguém o estava ajudando”, disse Murdoch em entrevista a Trump publicada em 18 de outubro no X. “Você fretou um avião 727 para toda a viagem. …Por que é difícil para você falar sobre as coisas que você fez?”

Mandela, que morreu em 2013, era um activista anti-apartheid que passou 27 anos na prisão antes de se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul em 1994.

Trump agradeceu a Murdoch por trazer a história à tona.

“Eu adoro fazer isso. Não preciso de elogios por isso. Todos nós gostamos de um certo nível de elogios, mas eu simplesmente gosto de ajudar as pessoas”, disse Trump. “Ajudo muita gente, gosto de fazer isso e nunca falo sobre isso. É bom que você tenha tocado no assunto. Também acho que não é uma narrativa que a imprensa goste de falar para mim.”

A campanha de Trump postou o clipe no X, onde teve mais de 3 milhões de visualizações em 19 de outubro. Outros usuários de redes sociais continuaram a compartilhá-lo.

“Em 1990, o presidente Trump fretou um avião particular para levar Nelson Mandela para a América quando o governo dos EUA não quis ajudar”, dizia uma postagem no Instagram de 18 de outubro.

A legenda da postagem no Instagram dizia que Trump “não sai por aí se gabando de suas boas ações e doações de caridade, mas existem inúmeras histórias desse tipo”.

A postagem foi sinalizada como parte dos esforços da Meta para combater notícias falsas e desinformação em seu Feed de Notícias.

Mandela usou um dos aviões de Trump para voar dentro dos EUA. Mas a viagem não fazia parte das “doações de caridade” de Trump, como afirmava o post no Instagram. Foi uma transação comercial de US$ 130 mil.

A campanha de Trump não respondeu a um pedido de comentário.

Mandela alugou um dos aviões de Trump por US$ 130 mil

Em junho de 1990, Mandela viajou para os EUA em uma viagem de 11 dias após ser libertado da prisão. Mandela visitou os EUA como parte de uma viagem mundial mais ampla em busca de apoio financeiro e político para o seu partido e pressionando os países a continuarem as sanções contra o governo do apartheid da África do Sul. A equipe de Mandela teve quatro semanas para organizar a turnê, informou na época o The New York Times. Um artigo do Los Angeles Times de junho de 1990 dizia que Mandela tentou, sem sucesso, encontrar um avião depois de negociar com o governo dos EUA e empresas privadas de fretamento.

Christine Dolan, que cuidou da logística de viagens de Mandela, disse ao Los Angeles Times que a equipe de Mandela contatou Trump pedindo para alugar seu jato particular. Trump disse que o jato estava em manutenção, mas ofereceu um de seus aviões comerciais Boeing 727. Na época, Trump era dono de uma companhia aérea, a Trump Shuttle, que operava voos entre Nova York, Washington, DC e Boston.

“O Comitê de Boas-Vindas de Mandela está muito grato a Donald Trump”, disse Dolan ao Los Angeles Times.

Mas o uso do avião não era gratuito. A equipe de Mandela alugou um avião Trump Shuttle por US$ 130 mil, disse Dolan ao jornal.

Logo após seu lançamento em 1989, o Trump Shuttle enfrentou problemas financeiros. Trump gastou US$ 365 milhões em 21 aviões, terminais aéreos e equipamentos, segundo o The Boston Globe, e também gastou US$ 1 milhão por avião para remodelá-los.

Mas depois de 18 meses, escreveu o Boston Globe, a empresa havia perdido US$ 128 milhões. Depois de perder o pagamento de juros de US$ 1,1 milhão, Trump pediu aos seus credores que adiassem pagamentos futuros, informou o jornal. Os credores assumiram o controle do negócio, informou a Time, e em dezembro de 1991, fizeram um acordo com a USAir para assumir o controle da Trump Shuttle, informou o The New York Times.

“Trump obviamente não poderia doar um avião, mas conseguiu liberar um dos aviões do Trump Shuttle”, disse Dolan ao The Atlanta Journal Constitution em junho de 1990, referindo-se aos problemas financeiros do Trump Shuttle.

O governo dos EUA apoiou Mandela de outras maneiras em sua viagem

Embora o Los Angeles Times tenha relatado que as negociações com o governo dos EUA para um avião falharam, as agências governamentais federais e locais ajudaram Mandela na logística de viagens aos EUA. O Departamento de Estado também forneceu segurança para Mandela, informou o The New York Times.

“Embora o senhor Mandela e a sua esposa, Winnie, estejam a visitar os Estados Unidos como cidadãos privados, o governo dos EUA está a pagar parte da conta”, noticiou o Atlanta Journal-Constitution em Junho de 1990.
O governo dos EUA forneceu um jato militar para transportar uma limusine à prova de balas de Washington, DC, para Boston, disse o jornal.

Na cidade de Nova York, o departamento de polícia construiu um veículo de desfile resistente a balas e foguetes, em 20 de junho de 1990, disse uma reportagem da CBS News. Cerca de 12 mil policiais estavam de plantão no dia da visita de Mandela à cidade de Nova York, que custou US$ 2 milhões em horas extras pagas pelo Departamento de Estado dos EUA, disse a CBS News.

Um funcionário do Departamento de Estado viajou com Mandela durante sua viagem aos EUA, informou o Los Angeles Times.

Nelson Mandela se dirige à multidão no Aeroporto Internacional John F. Kennedy após chegar a Nova York, 20 de junho de 1990 (Charles Rex Arbogast/AP)

Nossa decisão

Uma postagem no Instagram dizia que, como parte de suas “doações de caridade”, em 1990 Trump “fretou um avião particular para levar Nelson Mandela à América quando o governo dos EUA não quis ajudar”.

Mandela usou um dos aviões Boeing 727 da Trump Shuttle para viajar dentro dos EUA durante sua viagem de 11 dias em junho de 1990. Mas a equipe de Mandela pagou a Trump US$ 130 mil pelo uso do avião; não foi um presente.

Embora o governo dos EUA não tenha fornecido a Mandela um avião para a sua viagem aos EUA, pagou pela sua segurança e utilizou um avião militar para transportar uma limusina à prova de balas através dos estados.

Nós classificamos como falso.

A pesquisadora do PolitiFact, Caryn Baird, contribuiu para este relatório.





Leia Mais: Aljazeera

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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