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Mata atlântica reduz desmatamento em 55% no 1º semestre – 15/11/2024 – Ambiente

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Jorge Abreu

O aumento da fiscalização dos órgãos ambientais e as operações deflagradas para proteger a mata atlântica resultaram em redução de 55% no desmatamento do bioma de janeiro a junho deste ano, comparado ao mesmo período em 2023.

Mesmo com a redução, porém, o bioma está longe da meta de desmatamento zero. No primeiro semestre, foram devastados 21.401 hectares, o equivalente a 20 mil campos de futebol, segundo o Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica. No mesmo período do ano passado, 47.896 hectares acabaram destruídos.

O estudo da SAD foi o resultado de parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o MapBiomas, com patrocínio de Bradesco e Fundação Hempel.

Segundo o levantamento, nas áreas de encraves —fragmentos de vegetação nativa da mata atlântica localizados nos limites com cerrado, caatinga e pantanal, onde o desmatamento chamou atenção ao longo de 2023—, a redução chegou a 58%.

De acordo com Luís Fernando Guedes Pinto, diretor executivo da SOS Mata Atlântica, a restrição de crédito para desmatadores ilegais e o aumento das multas e dos embargos de áreas desmatadas ilegalmente foram fundamentais para a melhora do índice.

Outro ponto importante atribuído à melhoria no índice é a operação “Mata Atlântica em Pé”, organizada pelo Ministério Público, com monitoramento por satélites e uso de novas tecnologias e articulação com as políticas ambientais de governos estaduais.

“A redução é resultado da retomada do funcionamento do sistema de fiscalização brasileiro ambiental, que foi bastante fragilizado no período do [governo] Bolsonaro. Então, primeiro é a fiscalização, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) voltando a funcionar, e a atuação dos governos estaduais”, disse à Folha.

Após anos de devastação, a mata atlântica possui hoje em dia apenas 24% da cobertura florestal original, segundo o MapBiomas. A proporção é considerada abaixo do limite mínimo aceitável (30%) para conservação, conforme estudo publicado na revista Science.

As florestas naturais do bioma encontram-se restritas a espaços extremamente fragmentados (a maior parte não chega a 50 hectares) e, em 80% dos casos, estão em propriedades privadas, informou a SOS Mata Atlântica.

Guedes Pinto celebra o avanço da preservação do bioma durante a realização da COP29 (Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática) em Baku, no Azerbaijão, a ser concluída em 22 de novembro.

Ele destaca a que a SOS Mata Atlântica continua monitorando o desmatamento por meio de sistema com MapBiomas, publicando alertas mensalmente. Conforme informou, o governo federal elabora planos de combate e de prevenção ao desmatamento para cinco biomas, entre os quais a amazônia e o cerrado. Mas ainda falta um para a mata atlântica.

“O governo federal está elaborando esse plano de combate e controle, então isso é algo que a SOS Mata Atlântica vai prestar muita atenção. Esperamos que documento seja publicado ainda neste ano, para haver políticas públicas mais efetivas de cumprimento da lei da Mata Atlântica, assim como para alcançar o desmatamento zero”, frisou Guedes Pinto.

“Além disso, a SOS Mata Atlântica continua com suas atividades de restauração florestal. A fundação adotou um programa de plantio de espécies originais da floresta porque, na agenda do bioma, estão o desmatamento zero e a restauração em grande escala para a recuperação do que já foi perdido”, acrescentou.

Para Guedes Pinto, o governo precisa seguir o exemplo da lei anti-desmatamento da União Europeia, que restringe a importação de produtos de áreas desmatadas. Sua implementação foi adiada a pedido de países afetados, inclusive o Brasil, por ocultar um teor claramente protecionista.



Leia Mais: Folha

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.

“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”

A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.

O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.

 

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 

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Propeg — Universidade Federal do Acre

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Propeg — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.

 

Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:

 



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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.

Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.

Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.

Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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