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Mensagens de texto, socorro e depois tragédia: o dia em que o voo 7C2216 foi perdido | Coréia do Sul

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6 meses atrásem
Raphael Rashid in Seoul
“UM pássaro está preso na asa. Não podemos pousar”, enviou um passageiro a bordo do malfadado voo 7C2216 da Jeju Air em uma mensagem de pânico pouco antes das 9h da manhã de domingo. “Devo escrever minhas palavras finais?”
Minutos depois, o Boeing 737-800 que transportava 181 pessoas saiu da pista e pegou fogo, resultando na morte da Coreia do Sul. desastre aéreo mais mortal.
O voo de Bangkok, lotado de turistas em um pacote turístico de Natal, era rotineiro até as 8h57, quando os controladores de tráfego aéreo do aeroporto internacional de Muan, no sudoeste do país, detectaram algo preocupante e transmitiram por rádio um alerta de colisão com pássaros para o país. cabine. Segundos depois, os pilotos declararam “mayday, mayday, mayday”.
Um homem pescando em uma praia próxima presenciou os momentos finais da aeronave. Ele relatou ter visto um bando de pássaros colidindo com o motor direito do avião, seguido por dois ou três “estrondos” altos e depois chamas.
Às 9h03, com o trem de pouso não acionado, a aeronave derrapou ao longo da pista antes de colidir com uma estrutura de auxílio à navegação feita de concreto e uma parede perimetral em uma explosão de chamas e destroços. A causa oficial do acidente ainda não foi determinada.
Em 13 minutos, as autoridades declararam emergência de nível 3, mobilizando 80 bombeiros, 32 carros de bombeiros e equipas de resgate de toda a região. Durante 43 minutos agonizantes, os bombeiros lutaram contra o inferno antes que as chamas fossem contidas às 9h46.
No terminal, famílias que se reuniram para reuniões alegres assistiram com horror às imagens dos noticiários que mostravam os aviões dos seus entes queridos engolidos pelas chamas. Entre eles era Suthinee, esperando para buscar sua filha, Sirithon Cha-ue, de 22 anos.
A jovem tailandesa, conhecida como Mei pela família, ganhou uma bolsa para estudar administração de empresas aéreas e sonhava em se tornar comissária de bordo. Esta foi apenas a segunda vez que visitou a mãe, que morava em Coréia do Sul por uma década.
Seu tio, Thiraphat Cha-ue, lembrou como ela era o orgulho de sua família na província de Chiang Rai, no norte da Tailândia.
“Faltavam apenas três meses para ela se formar”, disse ele, acrescentando que a família estava discutindo a possibilidade de comparecer à cerimônia de formatura dela em Bangkok.
Às 12h55o presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, chegou ao aeroporto, onde estava imediatamente cercado por famílias desesperadas exigindo respostas.
“Conte-nos a situação em tempo real”, imploraram. “Pense primeiro nas famílias.” Choi só pôde abaixar a cabeça em resposta, prometendo que “nenhum esforço seria poupado” no apoio aos enlutados.
Quando o chefe dos bombeiros de Muan, Lee Jeong-hyun, deu a notícia devastadora de que “a maioria dos 181 passageiros está dada como morta”, a sala de instruções irrompeu em lamentos de tristeza.
“Não há absolutamente nenhuma chance de sobrevivência?” um membro da família perguntou. Lee só conseguiu abaixar a cabeça e responder: “Sinto muito, mas é assim que parece”. Alguns caíram no chão, outros gritaram repetidamente: “Como isso pôde acontecer?”
Uma mulher levantou a mão, implorando em meio às lágrimas: “Vamos ao local do acidente. Os membros da família podem encontrar seus entes queridos mais rapidamente.”
À medida que o dia avançava, o número de mortos aumentou em incrementos brutais: 28, depois 47, depois 62. À noite, as autoridades confirmaram 179 mortes, com apenas dois tripulantes encontrados na cauda sobrevivendo. As vítimas tinham entre três e 78 anos.
“Através de duas colisões e explosão, a maioria dos passageiros foi atirada para fora do avião”, disse Yeom Dong-buum bombeiro de Muan no local. “Eu trabalhava com ambulâncias, então já vi coisas terríveis, como acidentes de carro, mas não nessa escala.”
Para Jeon Je-young, 71 anos, cuja filha Mi-sook estava a bordo, a tragédia era incompreensível. “Quando vi o vídeo do acidente, o avião parecia fora de controle”, disse ele, ainda assistindo às imagens dos momentos finais da aeronave.
Sua filha, de 40 e poucos anos, trouxe-lhe comida e o calendário do próximo ano poucos dias antes. “Ela é muito mais gentil do que meu filho, às vezes me convidando para sair para comer”, lembrou ele, mostrando a troca final de mensagens em seu celular.
Um necrotério temporário foi instalado no aeroporto, onde 169 policiais forenses e 579 policiais trabalhou para identificar vítimas. O pessoal militar juntou-se à dura tarefa de revistar os destroços, muitos dos quais foram queimados e irreconhecíveis.
À medida que a noite caíaum homem de 60 anos voltava ao balcão de apoio à família, com o filho ao seu lado. Sua esposa estava viajando com as cunhadas no voo.
Embora os corpos das cunhadas tenham sido identificados, o nome de sua esposa ainda não constava da lista. Repetidamente, eles verificaram o registro de nomes, e seu filho repetidamente desabou em prantos.
Na manhã seguinte, após pernoitarem em barracas improvisadas no saguão do aeroporto, familiares de passageiros ainda não identificados aguardavam notícias.
Um homem e uma mulher de meia-idade mantinham o olhar fixo através da cerca, onde restos do avião – assentos, portões e peças metálicas retorcidas – ainda estavam espalhados pelo campo.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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