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Moldávios regressam à UE por uma pequena maioria | Moldávia

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8 meses atrásem
Pjotr Sauer
Os moldavos votaram por uma pequena maioria a favor da adesão ao União Europeiaos resultados quase finais foram apresentados na segunda-feira, após um referendo crucial obscurecido por alegações de interferência russa.
No domingo, a Moldávia realizou votações importantes numa eleição presidencial e num referendo sobre a adesão à UE, marcando um momento crítico na contínua luta entre a Rússia e o Ocidente pelo controle sobre a pequena nação sem litoral da Europa Oriental, onde vivem 2,5 milhões de pessoas.
Depois de quase 99,5% dos votos terem sido contados no referendo que pediu aos eleitores que escolhessem se consagrariam na constituição do país um caminho em direção à UE, o voto “sim” ficou em primeiro lugar com 50,39% dos quase 1,5 milhões de votos expressos, de acordo com à Comissão Eleitoral Central.
O resultado significou que a campanha pró-UE venceu por pouco mais de 11.000 votos, evitando por pouco um revés chocante para o presidente pró-Ocidente, Maia Sandu.
Os resultados separados das eleições presidenciais mostraram que Sandu liderou o primeiro turno com 41,91%. Ela enfrentará seu concorrente mais próximo, Alexandr Stoianoglo, um ex-promotor apoiado pelos socialistas pró-Rússia, no segundo turno em duas semanas.
“A Moldávia venceu a primeira batalha difícil no esforço para aderir à União Europeia”, disse Sandu numa conferência na segunda-feira.
Ela também condenou as tentativas de “forças estrangeiras” de comprar votos, descrevendo-as como um “ataque à soberania da Moldávia”.
A votação dupla num dos países mais pobres da Europa foi vista como um teste crucial à agenda pró-europeia de Sandu, uma vez que ela instou os moldavos a votarem sim no referendo para afirmar a adesão à UE como um objectivo constitucional “irreversível”, embora a potencial admissão do país para o bloco europeu ainda está a muitos anos de distância.
O resultado apertado do referendo irá decepcionar os apoiantes de Sandu e os seus aliados em Bruxelas.
As sondagens pré-eleitorais indicaram que Sandu mantinha uma vantagem confortável sobre Stoianoglo e outros candidatos, enquanto as sondagens sugeriam que cerca de 60% dos eleitores apoiavam o caminho pró-UE no período que antecedeu o referendo.
A Moldávia solicitou a adesão à UE após a invasão em grande escala da vizinha Ucrânia pela Rússia, que foi condenada por Sandu e muitos no país enquanto dezenas de milhares de refugiados ucranianos fugiam para a sua capital, Chișinău. Moldávia oficialmente iniciou negociações de adesão à UE em junhoembora o cepticismo continue elevado quanto à capacidade do país para implementar as reformas democráticas e judiciais necessárias num futuro próximo.
Os observadores acreditam que um Sandu enfraquecido poderá enfrentar um segundo turno complicado contra uma frente unida de oposição pró-Moscou liderada por Stoianoglo.
De acordo com dados preliminares, os moldavos dentro do país votaram contra o referendo, mas os votos da diáspora largamente pró-UE, que foram contados no final, deram um impulso de última hora à campanha do sim.
“Sandu esperava receber um mandato forte para avançar no seu impulso para a integração na UE, mas o resultado limitado levanta questões significativas sobre o nível de apoio às suas políticas”, disse um diplomata ocidental em Chișinău.
“A sua posição está agora mais instável do que era antes da sua decisão de convocar o referendo”, acrescentou o responsável.
As duas votações foram realizadas no meio de alegações das autoridades moldavas de que Moscovo e os seus representantes tinham orquestrado uma intensa campanha de “guerra híbrida” para desestabilizar o país e inviabilizar o seu caminho em direcção à UE.
As acusações contra Moscovo incluíam o financiamento de grupos de oposição pró-Kremlin, a difusão de desinformação, a intromissão nas eleições locais e o apoio a um importante esquema de compra de votos.
Enquanto os votos eram contados no domingo, Sandu culpou “forças estrangeiras” por orquestrarem um “ataque sem precedentes à liberdade e à democracia do nosso país”.
após a promoção do boletim informativo
“Temos provas claras de que estes grupos criminosos pretendiam comprar 300 mil votos – uma fraude de escala sem precedentes”, acrescentou Sandu. “O objetivo deles era minar um processo democrático.”
Na segunda-feira, um porta-voz da UE culpou a Rússia e os seus representantes pela “interferência sem precedentes” na votação do referendo.
“A Moldávia estava enfrentando intimidação e interferência estrangeira realmente sem precedentes por parte da Rússia e seus representantes antes desta votação”, disse o porta-voz.
Em particular, as autoridades da Moldávia acusaram o empresário fugitivo pró-Rússia Ilan Shor, um forte opositor à adesão à UE, de conduzir uma campanha desestabilizadora a partir de Moscovo.
No início deste mês, o chefe da polícia nacional, Viorel Cernăuțanu, acusou Shor e Moscovo de estabelecerem um esquema complexo de compra de eleitores ao “estilo mafioso” e de subornar 130.000 moldavos – quase 10% da participação eleitoral normal – para votarem contra o referendo e a favor. de candidatos amigos da Rússia, no que chamou de “ataque direto e sem precedentes”.
Na semana passada, as agências responsáveis pela aplicação da lei afirmaram ter também descoberto um programa no qual centenas de pessoas foram levadas para a Rússia para serem submetidas a formação para organizar motins e agitação civil.
Shor, que mora em Moscou e nega qualquer irregularidade, ofereceu-se abertamente nas redes sociais para pagar aos moldavos para persuadir outros a votar de uma determinada maneira, e disse que isso era um uso legítimo do dinheiro que ele ganhou. Nas primeiras horas de segunda-feira, ele afirmou que os moldavos votaram contra o referendo.
Marta Mucznik, analista sénior da UE no International Crisis Group, afirmou: “O impacto das campanhas de desinformação pró-Rússia é evidente. Táticas como a divulgação de notícias falsas, a compra de votos e a representação negativa da UE afastaram efetivamente os eleitores dos sentimentos pró-UE.
“As margens estreitas realçam uma profunda divisão na opinião pública e uma polarização significativa em relação aos objectivos de integração da Moldávia na UE.”
Moscovo procurou na segunda-feira lançar dúvidas sobre a legitimidade das eleições na Moldávia, alegando que a estreita margem no referendo constitucional do país sobre a adesão à UE “levantou questões”.
“Mesmo nestas circunstâncias… vimos quantas pessoas não apoiam a ideologia do Presidente Sandu”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enquanto pedia aos jornalistas que aguardassem pelos resultados finais das eleições.
A eleição da Moldávia faz parte de uma série de votações importantes que acontecem este ano em toda a região. Na próxima semana, a Geórgia, outro antigo país soviético envolvido num cabo de guerra entre a Rússia e o Ocidente, realizará eleições parlamentares importantes, marcando mais um teste ao afastamento da região de Moscovo.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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