CORONAVÍRUS
Mulher com sintomas de gripe desmaia enquanto esperava atendimento em Urap de Rio Branco
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A professora aposentada Francisca Ribeiro Silva desmaiou enquanto esperava por atendimento na Unidade de Referência de Atenção Primária (Urap) Maria Barroso nessa segunda-feira (10). O momento foi flagrado por uma equipe da Rede Amazônica que entrevistava a mulher quando ela caiu.
Com sintomas fortes de gripe, a aposentada contava que já estava há sete dias tentando atendimento médico e ainda não tinha conseguido. Entre lágrimas, ela chegou a dizer que morreria em casa.
Mulher passal enquanto aguardava atendimento em unidade de saúde em Rio Branco
“Não estou conseguindo quase nem falar, com muita falta de ar, sou asmática, tenho problema respiratório grave, vou aqui e a moça diz que não tem atendimento. Como que faz agora? Tem que ir na funerária? Só se for, porque já fui para a UPA, de lá fui no posto do Ginásio Coberto, mas não tem médico e só está atendendo grávida. Vou morrer na minha casa, estou com sete dias para lá e para cá e não tem atendimento nenhum. Trabalhei 30 anos, sou professora aposentada, fiquei com problema respiratório e agora não tenho atendimento no SUS, na hora que eu mais preciso. Isso é demais, estou muito ruim, se eu não estivesse, não estava aqui. Eu não queria estar aqui”, reclamou.
A repórter Agatha Lima continuou conversando com a aposentada e, no momento que a equipe finalizava a entrevista, ela não aguentou mais e desmaiou. E foi somente depois de passar mal que dona Francisca conseguiu atendimento médico.
De acordo com a coordenação da Urap Maria Barroso, a paciente recebeu atendimento médico, foi medicada e liberada com todas as funções vitais normais após o ocorrido. Também foi informado que os exames descartaram que ela estava com Covid-19 ou síndrome gripal.
A Urap Maria Barroso começou a atender em regime especial no último domingo (9) e até esta terça-feira (11) foram feitas 302 consultas. Ao todo, foram 281 testes de Covid-19 e 69 deram positivo.
Situação de emergência
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou nesta segunda-feira (10) o decreto de situação de emergência por conta do aumento dos casos síndrome gripal e Covid-19 na capital. O decreto foi publicado na edição desta terça-feira (11) do Diário Oficial do Estado. O governo do Acre também decretou emergência nessa segunda.
Conforme documento, fica autorizada a dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública.
No final do ano passado, a prefeitura confirmou que Rio Branco já enfrenta situação de epidemia do vírus Influenza A. Na época, foi informado que 72 amostras de casos positivos de Influenza A foram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, para identificar qual tipagem do vírus.
Apesar de informar que houve um aumento nos casos de Influenza e de Covid de 25% nas últimas semanas, a secretária de Saúde, Sheila Andrade, não divulgou números atualizados das notificações das doenças. O departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do município afirmou ao g1 que está levantando os dados.
O surto de gripe fez a Saúde de Rio Branco abrir a Unidade de Referência de Atenção Primária (Urap) Maria Barroso, na Baixada da Sobral, das 7h às 22h, com atendimento para pessoas com síndrome gripal. As equipes estão entregando medicamentos para os pacientes e fazendo teste rápido para Covid-19.
O decreto de situação de emergência tanto da prefeitura de Rio Branco como do governo tem validade de 90 dias.
Sem estoque de vacina
Em meio a um surto de síndrome gripal e consequente aumento nos atendimentos em unidades hospitalares, o Programa Nacional de Imunização (PNI) no Acre informou que o estoque de vacina contra a Influenza acabou no estado. A informação foi confirmada ao g1 no dia 30 de dezembro pela coordenadora Renata Quiles.
Sem estoque de vacina, o PNI estadual e a Secretaria Municipal de Rio Branco informaram que fizeram o pedido ao Ministério da Saúde para a antecipação da Campanha contra a Influenza de 2022.
Normalmente, a campanha é realizada a partir do mês de abril, como foi no ano passado, mas o pedido do estado acreano é que inicie, ao menos, em março.
Além disso, o estado solicitou ainda o envio de mais 50 mil doses da vacina contra a gripe para garantir imunização da população. No entanto, segundo a gerente do núcleo do PNI no estado, Renata Quiles, foi informado que o estoque nacional também está esgotado.
Ainda segundo a gerente, o Ministério informou que estuda a possibilidade de antecipar a campanha para o mês de março, mas que ela seria para grupos prioritários e não aberta ao público geral. A composição da vacina, conforme Renata, já é contra a nova variante de Influenza, a H3N2.
No último dia 5, a coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Socorro Martins, confirmou que as doses de vacina que ainda restavam nas unidades também acabaram.
Mortes por gripe
Um levantamento feito pela Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) a pedido do g1 mostra que o estado registrou 18 mortes por influenza nos últimos três anos. Os dados apontam os números de 2019 a 2021, sendo que o primeiro foi que teve maior registro, com 12 óbitos ao todo, seguido de 2020 com quatro e 2021 teve apenas 2.
Na série histórica da Sesacre não é especificado qual tipo de influenza foi a causa das mortes. A cidade com maior registro foi Cruzeiro do Sul, com 12 óbitos nesse período. Os municípios de Feijó, Mâncio Lima, Tarauacá e Xapuri também tiveram registros de mortes.
Também foi em Cruzeiro do Sul o primeiro registro de morte confirmada neste ano. Uma mulher de 28 anos morreu no dia 28 de dezembro no Hospital do Juruá. A informação foi confirmada pela Sesacre e também pela Secretaria Municipal da cidade, no dia 4 de janeiro.
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CORONAVÍRUS
UPA do 2º Distrito registra média de 500 atendimentos por dia e crescimento é atribuído à Covid-19
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20 de abril de 2023Segundo o gerente assistencial da unidade em Rio Branco, fluxo comum costuma ser de 150 a 200 atendimentos diários. Alta na procura também se deve ao aumento de pessoas com diarreia, bem como de casos prováveis de leptospirose e dengue, impulsionados por enchente no Acre.
CAPA: Gerente assistencial da UPA do 2º Distrito, a maior do Acre, disse que procura pela unidade praticamente triplicou — Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica.
Influenciada pelo aumento de casos de Covid-19, a média de atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito, em Rio Branco, saltou de 150 a 200 para 450 a 500 por dia. Em todo o Acre, 746 novos casos de Covid-19 foram registrados em duas semanas.
Ao g1, o gerente assistencial da UPA do 2º Distrito, Ádalo Lima do Nascimento, disse que a alta deve-se, principalmente, à quantidade de pessoas que procuram a unidade com sintomas gripais e de Covid-19.
O relatório emitido pela gerência do hospital mostra que no mês de março, a UPA teve 354 notificações de Covid-19, sendo que destas, 22 testaram positivo para a doença. Já na primeira quinzena de abril, a contagem chega a cerca de 220, também com 22 positivos. Com relação à síndrome gripal, o quantitativo chega a 696.
“Em tempos normais, a UPA, que é a maior do estado, tem 150/200 atendimentos por dia. Atualmente, a média está em 450 a 500. Basicamente triplicou nossa demanda, relacionadas a leptospirose, dengue e Covid, que eu coloco [como o principal responsável pelo aumento de atendimentos] porque é o que mais temos notificações. Mas a maior parte procura por conta de sintomas respiratórios que englobam outras doenças desta natureza. Essa foi a maior demanda que acarretou nesse quantitativo mais exacerbado de atendimentos por dia”, disse.
Leptospirose, diarreia e dengue
Outras patologias que podem ser atribuídas ao aumento na procura de atendimentos, segundo o gerente, são a diarreia, com 711 notificações, e as transmitidas pela água, como é o caso da leptospirose. Somente em março, a unidade registrou 94 notificações, sendo que 17 deram positivo. Em todo o estado, 29 casos foram confirmados em 2023 até agora.
“A síndrome diarreica, juntamente com outras doenças de veiculação hídrica, como a leptospirose, eles tiveram um ‘boom’ agora neste período pós-enchente — que na verdade não é pós, pois estamos vivendo as consequências –, justamente por conta das pessoas que foram atingidas pelas alagações. Foram pessoas que tiveram contato com água contaminada, que tiveram suas residências alagadas e ficaram ilhados, de alguma forma tiveram contato com a água ou objetos procedentes dela, e adquiriram esse tipo de infecção”, falou.
A dengue foi a doença com o maior número de notificações, com 895 casos prováveis. Sobre isto, ele comentou que apesar de ser uma doença sazonal, ou seja, que tem uma tendência maior de acontecer em determinada época do ano, os números assustam, tendo em vista a quantidade de pontos alagados na capital que foram ocasionados pela cheia do Rio Acre.
Segundo um boletim epidemiológico divulgado pelo Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Sesacre, nos primeiros três meses de 2023 foram notificados 3.341 casos prováveis da doença em todo o Acre, enquanto que no mesmo período de 2022 foram 1.251 notificações.
“Por conta das enchentes que proporcionou um cenário com maiores localidades com pontos de água parada, isso agravou ainda mais a situação. Agora dengue tivemos assim, de fato, um aumento bem significativo. É visível. Diversos pacientes foram notificados com suspeita de dengue, nem todos dão positivo, mas a maior parte, ou é sintomas de leptospirose ou de dengue, ou é síndrome diarreica. É o que mais temos recebido aqui na unidade”, disse.
Pelo menos seis médicos atendem na UPA, sendo quatro nos ambulatórios e dois na emergência. O gerente disse que por conta das circunstâncias e após reuniões feitas com a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), o atendimento foi reforçado.
“Com o aumento dos casos de síndrome respiratória, tivemos um impacto nos pacientes com casos mais graves, que evoluíram, principalmente em idosos, e tivemos que reforçar nas emergências. Mas mesmo assim tivemos um impacto na sobrecarga mesmo”, destacou.
Colaborou Murilo Lima, da Rede Amazônica Acre.
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Confira os pontos de vacinação contra a Covid-19 em Rio Branco nesta terça-feira (14)
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14 de março de 2023Doses das vacinas são disponibilizadas na capital acreana das 8h às 16h.
Equipes de saúde de Rio Branco atendem das 8h às 16h — Foto: Emanoele Daiane.
As Unidades de Referência em Atenção Primária (Uraps) e Unidades de Saúde Familiar (USF) estarão desta terça-feira (14) para atender a população que precisa se imunizar contra a Covid-19. O atendimento é feito das 8h às 16h.
A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco segue com três pontos de vacinação para bebês de 6 meses a crianças de 2 anos sem comorbidade. Augusto Hidalgo de Lima, Vila Ivonete e Cláudia Vitorino vão estar vacinando esse público, também das 8h às 16h.
As crianças e adolescentes precisam estar acompanhadas dos pais ou de outro responsável legal na hora da imunização.
Veja pontos:
- Urap Eduardo Asmar
- Urap Rozangela Pimentel
- Urap São Francisco
- Urap Vila Ivonete
- Urap Hidalgo de Lima
- Urap Ary Rodrigues
- Urap Bacurau
- Urap Cláudia Vitorino
- Policlínica Barral y Barral
- Uraps Valdeiza Valdez
- Urap Roney Meireles
As crianças e adolescentes precisam estar acompanhadas dos pais ou de outro responsável legal na hora da imunização.
Dose bivalente
A vacina bivalente já está disponível nos postos de saúde do estado desde o dia 27 de fevereiro. No entanto, para receber o imunizante, é preciso cumprir alguns requisitos. Entre eles:
- Grupo prioritário: pessoas acima de 60 anos, gestante, puérpera (42 dias pós parto), trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, ribeirinhos, indígenas, imunossuprimidos.
- Mesmo sendo do grupo prioritário é obrigatório ter 1ª e 2ª dose da vacina monovalente.
- Mesmo sendo grupo prioritário é obrigatório intervalo de 4 meses da última dose.
- Se for grupo prioritário e já tiver D1 + D2 + Ref1 + Ref2, se já faz 4 meses vai tomar o Reforço 2023.
Vacinação no Acre
De acordo com informações do portal de transparência do governo, o Acre já aplicou 1.694.206 doses de vacina até o dia 13 de março, data da última atualização. Das doses, 690.176 pessoas tomaram a primeira dose, 577.366 a segunda, 13.658 a dose única e 292.773 a 1ª dose de reforço.
Segundo o governo, o número de doses aplicadas que consta no portal refere-se aos dados já inseridos no sistema do Ministério da Saúde, cujas atualizações são realizadas pelos municípios. Por isso, pode haver atraso nas informações.
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Covid-19: Veja onde de vacinar contra a doença nesta terça-feira (25) em Rio Branco
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25 de outubro de 2022Equipes das Uraps e Policlínica Barral y Barral atendem das das 8h às 16h todos os públicos que precisam se vacinar.
Nove unidades de saúde abrem em Rio Branco nesta terça-feira (25) para atender o público que precisa tomar a vacina contra a Covid-19. O horário de atendimento é das 8h às 16h.
A vacina é aplicada nos seguintes pontos:
- Urap Eduardo Asmar
- Urap Rozangela Pimentel
- Urap São Francisco
- Urap Vila Ivonete
- Urap Hidalgo de Lima
- Urap Ary Rodrigues
- Urap Bacurau
- Urap Cláudia Vitorino
- Policlínica Barral y Barral
As crianças e adolescentes precisam estar acompanhadas dos pais ou de outro responsável legal na hora da imunização.
Vacinação no Acre
No painel de monitoramento de doses aplicadas, atualizado pela Secretaria de Saúde do Acre, até 10 de outubro, foram aplicadas 1.625.531 doses, tendo assim imunizadas 577.937 pessoas. Deste total, 678.966 são de primeira dose; 564.406 de segunda dose; 13.531 de dose única, mais 22.818 de doses adicionais. Além disso, registra 273.260 aplicações de primeiro reforço e mais 70.675 de segundo reforço.
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