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Na Itália, a reforma do acesso à nacionalidade em debate
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Entre as paredes decoradas com desenhos infantis da escola primária Grazia Deledda, no bairro periférico de Chiesanuova, em Brescia (Lombardia), cresce uma nova geração italiana que pouco tem a ver com a visão de futuro que projeta o nacionalista a chefe do executivo, Giorgia Meloni, e o seu vice-presidente do conselho, Matteo Salvini, com ligações abertamente racistas. “Os nossos alunos são quase todos de origem estrangeira, provenientes predominantemente de famílias paquistanesas, marroquinas e senegalesas. Eles nasceram principalmente na Itália e representam a segunda geração. Mas muito poucos têm nacionalidade italiana”explica a diretora do estabelecimento, Adriana Rubagotti.
O destino destas crianças e de todos aqueles que, como elas, nasceram de pais estrangeiros e cresceram em solo italiano é objecto de um debate nacional episódico que foi reavivado recentemente com os Jogos Olímpicos. O sucesso da selecção nacional feminina de voleibol, liderada pela italiana de origem nigeriana Paola Egonu, trouxe de volta à esfera pública a questão do acesso à cidadania.
Praticando a lei do sangue, a Itália se pergunta – sem chegar ao ponto de considerar uma evolução em direção à lei do solo – sobre uma fórmula intermediária designada por uma expressão latina: o escola certa ou direito à educação. Um projeto de lei nesse sentido foi elaborado pela Forza Italia (centro-direita), a componente moderada de uma maioria dominada pela extrema-direita, sem receber o apoio de Giorgia Meloni e sofrendo críticas da Liga Salvini de Matteo.
Pensada para os 914.860 estudantes estrangeiros educados em Itália (11,2% do total, segundo dados do Ministério da Educação), a reforma permitiria aos menores que tenham concluído um ciclo de estudos obter a nacionalidade italiana. Ao mesmo tempo, um referendo iniciado pelos cidadãos sobre a questão poderá ser realizado na primavera de 2025. “Cidadania ou não, aqui formamos italianos e fazemos isso de acordo com a realidade atual do país”, diz M.meu Rubagotti, em oposição a outra visão de identidade, fixou-se e voltou-se para o passado.
“A legislação de um país de emigração e não de imigração”
“O sistema atual gera raiva entre gerações de jovens que, à medida que crescem, vêem que não são reconhecidos pelo país onde sempre viveram”denuncia Laura Castelletti, prefeita de centro-esquerda de Brescia, em visita à escola Grazia Deledda. Um quarto dos cerca de 200 mil habitantes da sua cidade, onde estão representadas 143 nacionalidades, não tem cidadania italiana. No coração de uma bacia industrial muito dinâmica que atraiu gerações de trabalhadores imigrantes, Bréscia está na vanguarda de uma Itália mais diversificada, face à qual as normas que regem o acesso à cidadania parecem inadequadas.
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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