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Nepal pretende dar início a projetos paralisados financiados pela China – DW – 12/02/2024

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7 meses atrásem
O primeiro-ministro nepalês, KP Sharma Oli, dirigiu-se a Pequim na segunda-feira, enquanto o Nepal busca uma nova estrutura para projetos de infraestrutura financiados pela China no âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI).
Em 2017, a China e o Nepal assinaram um acordo-quadro da BRI. No entanto, nem um único projeto começou a funcionar.
O progresso foi prejudicado por diferenças ideológicas entre as principais forças políticas do Nepal, juntamente com preocupações geopolíticas e de sustentabilidade da dívida mais amplas.
A BRI é o esquema global de financiamento de infra-estruturas da China que visa ajudar os países em desenvolvimento a construir melhores transportes e conectividade digital. Tem sido criticado por sobrecarregar países com dificuldades financeiras com dívidas de propriedade chinesa.
Depois que o Nepal e a China anunciaram um parceria estratégica renovada em 2019, os países concordaram novamente com um quadro de cooperação no âmbito da BRI denominado “Rede de Conectividade Multidimensional Trans-Himalaia”, que abriria caminho para projetos como portos, estradas, ferrovias, túneis e conectividade digital no âmbito da BRI.
O Nepal propôs nove projetos diferentes a serem realizados, incluindo um estudo de viabilidade de uma ferrovia trans-Himalaia.
O Nepal também aguarda 740 milhões de dólares (703 milhões de euros) em subvenções para o desenvolvimento prometidas pela China, o Postagem de Katmandu relatados, incluindo os anunciados durante a visita do Presidente Xi ao Nepal em 2019.
Durante a visita de Oli a Pequim esta semana, a sua primeira viagem ao estrangeiro desde que se tornou primeiro-ministro em Julho, há grandes apostas na demonstração do progresso na execução dos projectos da BRI e na libertação das subvenções de desenvolvimento chinesas prometidas.
Nepal propõe um novo quadro de cooperação BRI
O primeiro-ministro Oli deverá reunir-se com o presidente chinês, Xi, e com o primeiro-ministro Li Qiang, em Pequim, no dia 3 de dezembro, e deverá instar a liderança chinesa a apoiar um novo quadro de cooperação da BRI impulsionado por Katmandu.
A estrutura destaca as preferências do Nepal pelos chineses subvenções sobre empréstimos para financiar projetos da BRI, disse um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores à DW, solicitando anonimato.
No entanto, outras opções de financiamento, como empréstimos em condições favoráveis e joint ventures, também estão abertas, acrescentou o funcionário.
O Nepal também quer concentrar-se mais na conectividade física e na infraestrutura energética.
O Nepal também está aberto se a China quiser desviar as subvenções de desenvolvimento prometidas para o financiamento de projectos da BRI.
Preocupações com dívidas
Os projetos da BRI trazem consigo preocupações sobre a riscos potenciais de empréstimos comerciais chineses com juros altosnormalmente superior a 4%, em comparação com o financiamento multilateral de instituições como o Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento, que oferecem empréstimos com taxas em torno de 1%.
A ministra das Relações Exteriores do Nepal, Arzu Rana Deuba, entregou na sexta-feira o novo plano de implementação ao seu homólogo chinês, Wang Yi, na cidade chinesa de Chengdu.
“Informei o lado chinês sobre as nossas circunstâncias de não sermos capazes de prosseguir os projectos da BRI através de empréstimos, uma vez que já estamos a enfrentar pressões devido às elevadas dívidas públicas”, disse ela aos jornalistas ao regressar de Chengdu. “Estamos esperançosos com as doações da China.”
De acordo com o Gabinete de Gestão da Dívida Pública do Nepal, a dívida nacional total do país é de cerca de 44% do seu PIB, actualmente estimado em 42 mil milhões de dólares, tornando o Nepal um dos países mais pobres do Sul da Ásia.
O Nepal deve cerca de 10 mil milhões de dólares em dívida externa, a maior parte da qual é para com doadores multilaterais como o Banco Mundial. A participação da China nisso é de cerca de 4%.
Buscando consenso político no Nepal
Os esforços do Nepal para equilibrar as suas relações com a Índia e os Estados Unidos – ambos com a intenção de contendo a influência crescente da China – complicaram a sua abordagem à BRI.
Estas pressões minaram a capacidade de Katmandu de se concentrar apenas nas suas prioridades de desenvolvimento ao negociar com a China.
Acompanhando a tensa relação entre a Índia e a China
Durante anos, os dois maiores partidos políticos do Nepal – o Congresso do Nepal e o CPN-UML – estiveram ideologicamente em pólos opostos quanto à forma de prosseguir os investimentos chineses.
O Congresso do Nepal defende que os projetos da BRI, incluindo a proposta da ferrovia trans-Himalaia, sejam financiados através de subvenções chinesas.
Também levantou frequentemente preocupações como a sustentabilidade da dívida, a apropriação local e as oportunidades de emprego.
Em contraste, do Nepal os partidos de esquerda, incluindo o CPN-UML liderado pelo PM Oli, estão abertos a empréstimos para financiamento da BRI, argumentando que o investimento chinês é vital para resolver os défices de infra-estruturas, reavivar as oportunidades económicas e acabar com a dependência excessiva do Nepal da Índia para o comércio e o trânsito.
“A principal razão por trás de tais atrasos na BRI é a nossa geopolítica, que impactou o consenso político interno”, disse à DW o ex-secretário de Relações Exteriores do Nepal, Madhu Raman Acharya.
Lila Nyaichyai, uma China pesquisador e professor assistente da Universidade Tribhuvan em Katmandu, disse que a falta de consenso político nos estágios iniciais prejudicou o progresso nos projetos da BRI.
“Devíamos ter resolvido os debates sobre empréstimos ou subvenções muito antes de assinar o acordo-quadro da BRI em 2017”, disse ela à DW.
“Duvido que a nossa liderança tome decisões apenas para obter ganhos políticos imediatos ou para executá-las.”
O novo quadro de cooperação proposto pelo Nepal na BRI foi finalizado através de um grupo de trabalho conjunto do Congresso do Nepal e do CPN-UML – que são os principais parceiros de coligação no governo de maioria de dois terços liderado por Oli no Nepal.
Isto deu a sensação de que o novo documento foi preparado com base no consenso, pelo menos entre as maiores forças políticas do Nepal.
“Este é também um momento oportuno para a China selar um acordo sobre a BRI já que tal entendimento político raramente acontece no Nepal”, disse o alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores.
Editado por: Wesley Rahn
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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