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Netanyahu quer a UNIFIL fora do Líbano. Por que? | Israel ataca o Líbano Notícias

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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está a pressionar pela remoção das forças de manutenção da paz da ONU, à medida que Israel intensifica os seus ataques no sul do Líbano.
Os especialistas acreditam que isto visa remover observadores internacionais que poderiam manter um registo das ações de Israel no Líbano.
Cerca de 10.000 membros da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) estão presentes num território que se estende por mais de 1.000 quilómetros quadrados (386 milhas quadradas) entre a fronteira sul de facto do Líbano e o rio Litani.
Israel disparou contra várias posições da linha da frente da UNIFIL desde que lançou uma incursão terrestre no sul do Líbano no início de Outubro, alegando que pretende desmantelar a infra-estrutura do Hezbollah, um grupo libanês que tem negociado fogo com o exército israelita em solidariedade com os palestinianos em Gaza.
No domingo, Netanyahu disse que exige que o chefe da ONU, António Guterres, retire as tropas da UNIFIL das “zonas de combate”, alegando que a sua presença estava a fornecer um “escudo humano” ao Hezbollah.
Mas a ONU afirma que a missão – com membros de 50 países – não vai a lado nenhum. “A bandeira da ONU continua a tremular”, disse o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, no domingo.
Excluindo observadores
Uma fonte diplomática de alto escalão, que pediu anonimato, disse à Al Jazeera que o mandato da UNIFIL faz parte da ordem internacional e que a sua remoção daria a Israel “uma vitória fácil após o seu comportamento inaceitável”.
A UNIFIL foi criada pela ONU em 1978, após a primeira ocupação israelita do sul do Líbano, para confirmar a retirada das forças israelitas, manter a paz e ajudar o governo libanês a restaurar a autoridade.
Israel invadiu novamente o Líbano em 2006, e o Conselho de Segurança da ONU adoptou a Resolução 1701, alargando o mandato da UNIFIL para monitorizar o cessar-fogo e garantir que nenhuma força armada além do exército libanês estivesse presente na área – ou seja, nenhum Hezbollah ou combatentes israelitas no sul.
A UNIFIL pretendia apenas fornecer uma estrutura para que libaneses e israelenses resolvessem suas diferenças e facilitassem o estabelecimento do controle do exército libanês ao sul do rio Litani, mas isso nunca aconteceu, com tanto o Hezbollah quanto Israel violando rotineiramente a resolução e o exército permanecendo em os bastidores.
A série de recentes ataques israelitas, que a UNIFIL afirmou terem sido intencionais, foi amplamente condenada como uma violação flagrante do direito internacional.
Shane Darcy, professor sénior do Centro Irlandês para os Direitos Humanos, na Universidade Nacional da Irlanda em Galway, disse que tirar a UNIFIL do caminho tornaria impossível monitorizar as violações do direito internacional à medida que Israel intensifica os seus ataques no sul do Líbano.
“A exclusão de observadores externos, sejam jornalistas ou forças de manutenção da paz da ONU, parece uma estratégia deliberada para limitar o escrutínio das forças israelitas num momento em que são mais necessárias”, acrescentou Darcy.
Isto estaria em linha com um padrão de exclusão já observado em Gaza, onde Israel matou pelo menos 175 jornalistas, de acordo com o gabinete de comunicação social palestiniano em Gaza, e proibiu repórteres internacionais e observadores de direitos humanos da ONU. No Líbano, também ocorreram ataques mortais israelitas contra jornalistas.
O Tribunal Internacional de Justiça ordenou em Maio que Israel “garantisse o acesso desimpedido à Faixa de Gaza de qualquer comissão de inquérito, missão de apuramento de factos ou outro órgão de investigação mandatado por órgãos competentes das Nações Unidas para investigar alegações de genocídio”. Israel não cumpriu esta exigência.
“Já ocorreram violações terríveis do direito humanitário internacional e o risco de novas atrocidades só poderá aumentar quando os olhos do mundo forem deliberadamente bloqueados”, disse Darcy.
Um ‘impedimento’
Israel negou as acusações de ter prejudicado deliberadamente as forças de manutenção da paz, mas a pressão para a sua remoção ocorre num momento em que continua a emitir ameaças de evacuação forçada às pessoas no sul do Líbano – mais uma vez semelhantes aos avisos para as pessoas em Gaza fugirem das suas casas ou enfrentarem bombardeamentos.
De acordo com uma contagem compilada pela Al Jazeera, o exército israelita emitiu, nas últimas duas semanas, tais ordens para pelo menos 233 aldeias – uma área que a ONU estima cobrir um quarto do território do Líbano.
“Se conseguirem fazer com que os civis partam, incluindo as forças de manutenção da paz, poderão ficar o tempo que quiserem até conseguirem o acordo que desejam”, disse Rob Geist Pinfold, professor de paz e segurança internacional na Universidade de Durham.
Isso poderia ser um acordo político que prevê a retirada do Hezbollah para norte do rio Litani, acrescentou Pinfold, observando que Israel vê a presença da UNIFIL como um “impedimento” ao seu avanço.
Ter a UNIFIL numa zona de guerra significa que as forças de manutenção da paz podem ser atingidas por acidente, o que pode resultar numa pressão significativa sobre Israel para restringir ou encerrar a sua campanha militar, disse Pinfold.
Richard Gowan, diretor da ONU no Grupo de Crise Internacional, disse que Israel há muito está “frustrado porque a UNIFIL não impediu o Hezbollah de estabelecer posições fortes” ao sul do rio Litani.
“Suspeito que Israel argumentará que a UNIFIL deveria receber um mandato mais robusto para enfrentar o Hezbollah ou, alternativamente, uma nova força não comandada pela ONU deveria ser enviada para proteger o sul do Líbano”, acrescentou Gowan.
Dirigindo-se aos jornalistas em Nova Iorque na segunda-feira, o chefe das forças de paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, rejeitou as sugestões de que a UNIFIL fosse a culpada pela não implementação da Resolução 1701.
“(Este) nunca foi o seu mandato”, disse ele, esclarecendo que o mandato da UNIFIL tem sido “apoiar” as partes na implementação da resolução e não aplicá-la.
“É importante em relação à nossa decisão atual permanecer no cargo porque todos esperamos que haja um regresso à mesa de negociações e que haja finalmente um esforço real para a plena implementação da Resolução 1701”, acrescentou Lacroix.
Numa declaração na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU expressou apoio à UNIFIL após os ataques israelenses e instou “todas as partes” a respeitarem a segurança da missão.
“As forças de manutenção da paz da ONU e as instalações da ONU nunca devem ser alvo de um ataque”, afirmou o órgão de 15 membros.
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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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20 de agosto de 2025
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.
O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.
Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”
O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”
A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”
A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”
O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.
Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.
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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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3 dias atrásem
18 de agosto de 2025
A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.
A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.
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