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No Botswana, uma campanha presidencial turbulenta e provável continuidade
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O Botsuana elegeu o seu presidente e o seu Parlamento na quarta-feira, 30 de Outubro, na sequência de uma campanha impulsionada pelos esforços do antigo chefe de Estado Ian Khama para derrotar o cessante Mokgweetsi Masisi, que ele próprio designou e cujo primeiro mandato foi marcado pelo abrandamento de uma economia dependente dos diamantes. O carismático Ian Khama regressou do exílio há seis semanas, na esperança de reparar o que chamou“erro” cedendo seu lugar em 2018 a Mokgweetsi Masisi, que busca a reeleição.
Embora não possa concorrer novamente após dois mandatos, de 2008 a 2018, Khama usou a sua influência e notoriedade para apoiar a oposição neste país predominantemente deserto da África Austral, que tem 2,6 milhões de habitantes. “O regresso de Ian Khama mudou o cenário político. Suas reuniões reúnem grandes multidões”sublinha Zibani Maundeni, cientista político da Universidade do Botswana.
Com a oposição dividida, o eloquente Masisi, de 63 anos, deverá, no entanto, vencer. O seu partido, o Partido Democrático do Botswana (BDP), é o único a governar desde a independência do país em 1966. Sob a sua presidência, o crescimento do país abrandou, sofrendo com o enfraquecimento da procura de diamantes – a sua principal fonte de rendimento – no país. face à concorrência dos brilhantes sintéticos. “O governo continua a gastar excessivamente, apesar da queda das receitas. Estamos caminhando para a crise”estima-se Fechar Links.
O desemprego ultrapassou os 25% este ano e a disparidade entre ricos e pobres continua a ser uma das mais elevadas do mundo, segundo o Banco Mundial. “Os cidadãos têm a impressão de não aproveitar ao máximo a riqueza mineral do país”nota Tendai Mbanje, investigador do Centro Africano de Governação, embora estas receitas tenham permitido ao Estado financiar escolas, infra-estruturas e hospitais. Segundo o académico Adam Mfundisi, especialista em administração pública, a intervenção de Khama “virador de jogo” : “Em cinco anos, o BDP de Masisi prejudicou a economia através da corrupção e da má administração. »
Mokgweetsi Masisi ‘sape democracia’
A oposição é representada principalmente pela Umbrella for Democrática Change (UDC), uma coligação de esquerda liderada por Duma Boko, 54 anos, um advogado de direitos humanos, mas o seu peso foi enfraquecido pela saída da Frente Patriótica do Botswana (BPF) e do Partido do Congresso do Botswana (BCP), cada um apresentando o seu próprio candidato presidencial.
Ian Khama, de 71 anos, apoia principalmente o BPF, fundado pelos seus apoiantes quando deixou o partido no poder, poucos meses depois de Mokgweetsi Masisi, que obteve 52% dos votos nas eleições presidenciais de 2019, ter assumido o cargo devido à sua rivalidade com Masisi. piorou, Khama fugiu para a África do Sul em 2021.
“Devo reparar o erro que cometi ao nomear Masisi para me sucederdisse ele à AFP em março de 2023. Ele minou totalmente a democracia e interferiu no sistema de justiça. » Khama parece ter ficado magoado com o abandono, por parte do seu sucessor, de algumas das suas políticas, incluindo a proibição da caça ao elefantee restrições impostas aos seus benefícios pós-presidenciais.
Em 2022, o Botswana emitiu um mandado de detenção para o Sr. Khama por posse ilegal de armas, que foi anulado por um tribunal em Setembro de 2024. A medida foi vista como uma medida “deriva” preocupante, segundo Tendai Mbanje, que destaca também as críticas relativas às estreitas relações entre Mokgweetsi Masisi e o presidente autoritário do ZimbábueEmmerson Mnangagwa.
Se o papel de Khama não deve ser subestimado, a sua influência está limitada a alguns distritos, incluindo o centro, onde é chefe tribal, salientam os especialistas. “A nação está dividida”observa o comentarista político Adam Phetlhe. “Aqueles que esperavam que Masisi cumprisse as suas promessas estão desapontados. Se ele vencer, será por uma pequena margem.”ele acredita.
O mundo com AFP
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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