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Novo trem entre Paris e Berlim chega a 320 km por hora – 19/12/2024 – Sobre Trilhos
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11 meses atrásem
Marcelo Toledo
Um trem de alta velocidade com impacto ambiental reduzido e ligação direta entre Paris e Berlim passou a operar nesta semana, conectando as capitais europeias a um custo a partir de 60 euros (R$ 390, ao câmbio desta quarta-feira).
O percurso entre Paris e Berlim é de 1.100 quilômetros e é feito em oito horas de viagem, com três paradas, passando por cidades europeias como Estrasburgo, na França, e Karlsruhe e Frankfurt, no lado alemão.
No lado francês, os trens poderão circular com velocidade de até 320 quilômetros por hora, enquanto nos trilhos alemães a velocidade será “reduzida” devido às condições menos favoráveis da ferrovia: até 250 quilômetros por hora.
O sistema ferroviário é operado pela DB (Deutsche Bahn), com participação da francesa SNCF Voyageurs, que oferecerá um horário de partida em cada capital diariamente.
Embora seja um trem de alta velocidade, não é o mais adequado para quem tem pressa em viajar entre as capitais dos dois países mais populosos da União Europeia, já que por via aérea é possível percorrer o trecho em uma hora e 45 minutos.
Porém, é ambientalmente mais vantajoso, além das paisagens possíveis de se ver somente a partir do trem. Segundo a DB, em comparação com uma viagem aérea, o trecho ferroviário entre as duas cidades gera somente 1% das emissões de CO2.
No ano passado, a França proibiu voos domésticos curtos que podem ser substituídos por uma viagem de trem existente. A iniciativa, que entrou em vigor em maio, é uma tentativa de reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas.
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A lei entrou em vigor dois anos depois que os parlamentares votaram pelo fim das rotas em que a mesma viagem poderia ser feita de trem em menos de duas horas e meia.
A proibição praticamente acaba com as viagens de avião entre Paris e cidades como Nantes, Lyon e Bordeaux —voos de conexão, no entanto, não são afetados.
COMO É O NOVO TREM
As composições do trem da DB têm oito carros de passageiros, dos quais os dois primeiros destinados à primeira classe, assim como parte do terceiro, composto também pelo restaurante do trem. Já os outros cinco vagões são reservados à classe econômica.
O valor da tarifa é variável, conforme a classe escolhida pelo passageiro, a data da viagem —férias ou finais de semana, por exemplo— e a proximidade com o período desejado. Para a primeira classe, o preço base é 70 euros (R$ 455).
Já há um trem que opera entre as capitais numa viagem cerca de uma hora mais longa, que exige troca de trem, o que não acontece com a composição recém-inaugurada. No ano passado, também foi lançada uma viagem convencional noturna entre as capitais, com 14 horas de duração.
De acordo com a companhia ferroviária, o objetivo é que a rota seja pontual, evoluindo em relação aos dois últimos anos, nos quais a operação enfrentou atrasos devido à necessidade de obras, clima severo e até mesmo greves.
Como comparação, o trem da Estrada de Ferro Vitória a Minas, operado pela Vale entre Belo Horizonte e Cariacica (ES), percorre 664 quilômetros em 13 horas —parte da cidade capixaba às 7h e chega à capital mineira por volta das 20h30. Além de não ser um trem de alta velocidade, ele tem como objetivo interligar os 28 municípios nos quais passa em seu trajeto.
O Brasil tem somente dois trens de passageiros regulares. Além do Vitória a Minas, tem também os da Estrada de Ferro Carajás, ligando São Luís, no Maranhão, a Parauapebas, no Pará.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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21 horas atrásem
12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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