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Número de “super-ricos” explodiu — e isso elevou o mínimo necessário para ser “rico”

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Para uma pessoa média, US$ 30 milhões (R$ 170 milhões) é uma quantia significativa — mas para o indivíduo de ultra-alta renda (UHNWI, na sigla em inglês), esse é o mínimo atualmente.

Isso se deve ao fato de que o número de indivíduos com mais de US$ 30 milhões em ativos — o limiar geralmente aceito para os “indivíduos de ultra-alta renda” — cresceu de 157 mil em 2016 para 220 mil em 2023, de acordo com dados da Capgemini. Isso representa um aumento de quase 28% em apenas sete anos.

Agora, com tantos multimilionários circulando, superando uns aos outros em lances por obras de arte inestimáveis e iates luxuosos, o padrão real do que é considerado “rico” está subindo rapidamente, adicionando zeros a mais.

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Muitos dos novos UHNWIs autônomos de hoje “construíram sua riqueza principalmente por meio de empreendedorismo ou cargos executivos no setor de tecnologia”, disse Elias Ghanem, chefe global do Instituto de Pesquisa para Serviços Financeiros da Capgemini, à Fortune.

Como esse aumento na linha de base do que é considerado “rico” muda comportamentos, hábitos ou desejos entre os ultra-ricos? Os UHNWIs estão “principalmente focados no crescimento da riqueza”, disse Ghanem. “Em contraste, o objetivo principal para o restante do segmento HNWI continua sendo a preservação da riqueza.”

A diferença se deve ao fato de que os UHNWIs sabem que podem enfrentar flutuações de mercado de curto prazo — graças aos seus “horizontes de investimento de longo prazo e riqueza discricionária substancial.” Como resultado, disse Ghanem, sua tolerância ao risco é maior.

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Os ricos estão ficando mais ricos — veja o porquê

A inflação, sem dúvida, tornou o status de multimilionário mais comum e ainda mais inacessível. Isso também se deve à explosão de caminhos — cripto, startups, tecnologia, empreendedorismo, até mesmo influenciadores — pelos quais os empresários podem acumular uma fortuna.

Os dados da Capgemini mostram que o número de UHNWIs na América do Norte cresceu 7,3% no ano passado, devido à “resiliência econômica, esfriamento das pressões inflacionárias e um rali no mercado de ações dos EUA”, disse Ghanem.

“Uma série” de iniciativas de gastos lideradas pelo governo dos EUA, destinadas a impulsionar a fabricação interna, também levou ao crescimento de capital, acrescentou Ghanem. Ele citou a Lei CHIPS e a Lei de Redução da Inflação — anunciadas em 2022 — como dois grandes contribuintes.

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A Lei CHIPS resultou em mais de US$ 230 bilhões em gastos do setor privado para a indústria de fabricação de semicondutores; a Lei de Redução da Inflação levou a US$ 201 bilhões em gastos com construção. Ao mesmo tempo, o PIB dos EUA — que cresceu no ano passado a uma taxa muito maior do que o esperado, 3,3% anualizado — é outro fator importante. Cada uma dessas forças levou à “maior revolução econômica em gerações” e a um aumento significativo de novos UHNWIs cujas empresas — ou investimentos — fizeram parte do boom.

Mudança de parâmetros

US$ 30 milhões, para a maioria das pessoas que trabalham, sem dúvida, proporcionariam um estilo de vida fácil e luxuoso — mas entre a elite, esse valor é “apenas o ponto de partida”, disse David Gibson-Moore, presidente da consultoria Gulf Analytica, ao Financial Times. “Os ultra-ricos hoje estão sendo medidos por novos padrões, com alguns comentaristas financeiros sugerindo que US$ 100 milhões é o novo parâmetro para quem deseja manter a cabeça erguida em festas de private equity.”

De acordo com o Relatório de Riqueza 2024 da Knight Frank, “o desempenho robusto da economia dos EUA e um aumento acentuado nos mercados de ações” impulsionaram a criação de riqueza global, o que levou—até o final de 2023—ao aumento de 4,2% no número de UHNWIs em relação ao ano anterior, totalizando pouco mais de 626.600 em todo o mundo.

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A América do Norte, naturalmente, liderou o crescimento, mas a Europa é, no entanto, o lar dos mais ricos, descobriu a Knight Frank. Os ricos nunca foram um grupo tão grande—mas entrar nesse círculo nunca foi tão difícil, com alguns especialistas dizendo que agora são necessários 50 ou 100 milhões de dólares em ativos para se juntar ao clube.

Projetos de paixão para os mais ricos dos ricos

O número de indivíduos ricos globalmente deve aumentar em mais 28% nos próximos quatro anos, previu a Knight Frank em seu relatório, mas a taxa de expansão será “notavelmente mais lenta” do que no período de cinco anos entre 2018 e 2023, principalmente devido aos impactos da inflação.

“Esse grupo crescente de indivíduos ricos vê o setor imobiliário de forma favorável,” continuou a Knight Frank. “Quase um quinto dos UHNWIs planeja investir em imóveis comerciais este ano, enquanto mais de um quinto está planejando comprar residenciais. O crescimento ao longo do período de previsão oferece várias oportunidades para investidores, particularmente desenvolvedores capazes de oferecer propriedades que atendam aos gostos em mudança dos recém-chegados.”

Quase todos (91%) dos UHNWIs se inclinam para investimentos de paixão, descobriu a pesquisa da Capgemini, como imóveis de luxo, vinhos, colecionáveis e arte. “O apetite crescente por segundas residências de luxo colocou o aconselhamento imobiliário entre os cinco principais requisitos de serviço dos UHNWIs ao decidir selecionar uma empresa de gestão de patrimônio,” acrescentou Ghanem.

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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