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O ano mais quente já registrado fez o planeta ultrapassar 1,5°C de aquecimento pela primeira vez em 2024 | Crise climática

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Damian Carrington Environment editor

O colapso climático elevou a temperatura global anual acima da meta de 1,5ºC acordada internacionalmente pela primeira vez no ano passado, sobrecarregando condições meteorológicas extremas e causando “miséria a milhões de pessoas”.

A temperatura média em 2024 foi 1,6ºC acima dos níveis pré-industriais, dados do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da UE (C3S) mostra. Isso representa um salto de 0,1°C em relação a 2023, que também foi um ano recorde de calor e representa níveis de calor nunca experimentados pelos humanos modernos.

O aquecimento é causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, e os danos causados ​​a vidas e meios de subsistência continuarão a aumentar em todo o mundo até que o carvão, o petróleo e o gás sejam substituídos. A meta de 1,5ºC do Acordo de Paris é medida ao longo de uma ou duas décadas, pelo que um único ano acima desse nível não significa que a meta tenha sido falhada, mas mostra que a emergência climática continua a intensificar-se. Todos os anos da última década foram um dos 10 mais quentes, em registos que remontam a 1850.

Os dados do C3S também mostram que um número recorde de 44% do planeta foi afetado por stress térmico forte a extremo em 10 de julho de 2024, e que o dia mais quente registado na história ocorreu em 22 de julho.

“Existe agora uma probabilidade extremamente elevada de ultrapassarmos a média de longo prazo de 1,5ºC em o acordo de Paris limite”, disse a Dra. Samantha Burgess, vice-diretora do C3S. “Essas altas temperaturas globais, juntamente com níveis recordes globais de vapor de água na atmosfera em 2024, significaram ondas de calor sem precedentes e chuvas intensas, causando miséria para milhões de pessoas.”

Dr Friederike Otto, do Imperial College London, disse: “Este registro precisa ser uma verificação da realidade. Um ano de condições climáticas extremas mostrou o quão perigosa é a vida a 1,5ºC. O Inundações em Valência, Furacões nos EUA, os tufões nas Filipinas e Seca amazônica são apenas quatro catástrofes no ano passado que foram agravadas pelas alterações climáticas. Existem muitos, muitos mais.”

gráfico de barras mostrando 2024 como o ano mais quente já registrado

“O mundo não precisa de encontrar uma solução mágica para impedir que as coisas piorem em 2025”, disse Otto. “Sabemos exatamente o que precisamos fazer para abandonar os combustíveis fósseis, travar a desflorestação e tornar as sociedades mais resilientes.”

As emissões de carbono em 2024 são deverá ter estabelecido um novo recordeo que significa que ainda não há sinais da transição dos combustíveis fósseis prometida pelas nações do mundo na conferência climática da ONU em Dubai, em dezembro de 2023. O mundo está no caminho para uma crise catastrófica. 2,7ºC de aquecimento global até o final do século.

A próxima grande oportunidade para acção surge em Fevereiro, quando os países terão de apresentar novas compromissos de redução de emissões para a ONU. A probabilidade de manter-se abaixo do limite de 1,5°C, mesmo no longo prazo, parece cada vez mais remoto. As emissões de combustíveis fósseis devem diminuir 45% até 2030 para termos a possibilidade de limitar o aquecimento a 1,5ºC. Espera-se que várias outras análises importantes de temperatura sejam publicadas na sexta-feira e encontrem níveis semelhantes de calor, incluindo o UK Met Office, que também descobriu que 2024 ultrapassou 1,5ºC em 2024.

As temperaturas aumentaram no primeiro semestre de 2024 pela fenômeno climático natural El Niñomas manteve-se muito elevado no segundo semestre do ano, mesmo quando o El Niño se dissipou. Alguns cientistas temem que um factor inesperado tenha surgido, causando uma aceleração preocupante do aquecimento global, embora uma variação natural incomum de ano para ano também possa ser a razão.

UM queda na poluição causada pelo transporte marítimo e em nuvens de baixo nívelambos refletindo a luz solar, contribuíram com algum aquecimento extra, mas os cientistas ainda estão em busca de uma explicação completa das temperaturas extremas em 2024.

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O ar mais quente retém mais vapor de água e o nível recorde registado pelo C3S em 2024 é significativo, pois aumenta os eventos extremos de precipitação e inundações. Também se combina com as altas temperaturas da superfície do mar, que alimentam grandes tempestades, para alimentar furacões e tufões devastadores. A pessoa média foi exposta no ano passado a um mais seis semanas de dias perigosamente quentesintensificando o impacto fatal das ondas de calor em todo o mundo.

A sobrecarga de condições meteorológicas extremas provocadas pela crise climática já era clara, com ondas de calor de intensidade e frequência anteriormente impossíveis agora atingindo todo o mundo, juntamente com secas e incêndios florestais mais violentos.

O professor Joeri Rogelj, do Imperial College London, disse: “Cada fração de grau – seja 1,4ºC, 1,5ºC ou 1,6ºC – traz mais danos às pessoas e aos ecossistemas, sublinhando a necessidade contínua de cortes ambiciosos nas emissões. O custo da energia solar e eólica está a cair rapidamente e é agora mais barato do que os combustíveis fósseis em muitos países.”

O professor Andrew Dessler, cientista climático da Texas A&M University, nos EUA, respondeu aos novos recordes de temperatura estabelecidos ano após ano, fornecendo a mesma declaração à mídia: “Todo ano, pelo resto da sua vida, será um dos mais quentes. (em) gravar. Isto, por sua vez, significa que 2024 acabará por ser um dos anos mais frios deste século. Aproveite enquanto dura.”



Leia Mais: The Guardian

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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