POLÍTICA
O bolsonarismo quer a anistia, mas não diz o que e…
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8 meses atrásem
rprangel2004@gmail.com (Ricardo Rangel)
Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, protocolou o requerimento de urgência do projeto de anistia ao 8 de janeiro. O projeto compra uma briga do tamanho de um bonde com o Supremo e representa uma batata quente nas mãos de Hugo Motta, presidente da Câmara.
Mas que anistia é essa que se quer votar, afinal?
Há no Congresso nada menos do que 10 projetos de anistia, 3 no Senado e 7 na Câmara. O que os bolsonaristas querem votar é o do deputado Major Vitor Hugo, ex-líder do governo Bolsonaro, no qual estão apensados os outros 6.
A redação original de Vitor Hugo é de uma irresponsabilidade que beira a alucinação: ela dá anistia para todos os crimes que tenham qualquer ligação com manifestação política desde outubro de 2022 até a aprovação da lei.
Ou seja, fica todo mundo perdoado não só do crime de golpe de Estado, mas também dos de lesão corporal, depredação de patrimônio público e qualquer outra coisa. Os sujeitos que botaram uma bomba no aeroporto de Brasília, por exemplo, saem livres, leves e soltos.
O projeto tem um substitutivo, proposto pelo relator na CCJ, deputado Rodrigo Valadares, que restringe o escopo da anistia: ele beneficia quem estava no 8 de janeiro pelo crime de golpe de Estado e só. Ou seja, tanto os terroristas do aeroporto como os vândalos que destruíram o STF continuariam com as penas válidas.
Há duas semanas, no programa Os Três Poderes, perguntei ao líder da oposição na Câmara, Alexandre Zucco, ferrenho defensor da anistia, qual era o teor a ser votado. Ele não respondeu.
O fato é que, se se a urgência for aprovada, ninguém sabe direito o que vai ser votado.
É assim que anda nossa Câmara dos Deputados: quer aprovar urgência para um projeto com graves consequências, que pode criar uma crise institucional, sem discutir com a sociedade e sem sequer saber o que vai ser voltado.
O Congresso Nacional também atende pelo nome de Parlamento: é lá que os representantes do povo supostamente conversam e chegam a acordos para o bem do país.
Mas no Parlamento brasileiro ninguém conversa e ninguém se entende.
Só o que se faz é gritar e xingar.
(Por Ricardo Rangel em 14/04/2025)
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
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7 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.
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