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O Irã e o custo de uma guerra com Israel – DW – 02/10/2024

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A rápida escalada tensões entre Irã e Israelintensificado quando Teerã despedido uma barragem de pelo menos 180 mísseis contra Israel em 1 de outubro, os preços globais do petróleo subiram cerca de 5% – o maior valor num ano.
O petróleo Brent subiu novamente no dia seguinte, sendo negociado acima de US$ 75 (€ 67) por barril, após Israel Primeiro Ministro Benjamim Netanyahu prometeu retaliar, aumentando ainda mais o risco de uma escalada de retaliação numa região que é responsável por um terço do abastecimento mundial de petróleo.
Uma grande escalada por parte do Irão corre o risco de levar a Estados Unidos no conflito, o fornecedor de dados Capital Economics escreveu em nota aos investidoresno dia do ataque, impactando os preços do petróleo que continuarão a ser “o principal canal de transmissão para a economia global”.
“O Irão é responsável por cerca de 4% da produção mundial de petróleo, mas uma consideração importante será se Arábia Saudita aumenta a produção se o abastecimento iraniano for interrompido”, escreveu a Capital Economics. Um aumento de 5% nos preços do petróleo acrescenta cerca de 0,1% à inflação global nas economias avançadas.
Outros analistas e traders dizem que o mercado não avaliou totalmente o risco de um ataque às instalações petrolíferas iranianas, ou a ideia de que Teerão possa tentar bloquear o Estreito de Ormuz – algo que foi ameaçado muitas vezes sem o fazer realmente. A estreita via navegável na foz do Golfo Pérsico movimenta quase 30% do comércio mundial de petróleo.
Saad Rahim, economista-chefe do fornecedor de commodities Trafigura Group, diz que ninguém sabe até onde isso poderá se espalhar. “Qual é a reação agora de Israelqual é então a reação contrária do Irã, outros atores começam a se envolver?”, perguntou ele em entrevista à Bloomberg TV.
Petróleo mantém economia iraniana à tona
As exportações de petróleo são uma fonte crítica de receitas para o Irão. Apesar das sanções americanas à indústria petrolífera do país, Irã continua a vender petróleo no estrangeiro, especialmente para a China.
Em março, o ministro do Petróleo do Irão, Javad Owji, disse que as exportações de petróleo “geraram mais de 35 mil milhões de dólares” em 2023. O diário empresarial britânico Tempos Financeiros citou-o dizendo que embora os inimigos do Irão quisessem parar as suas exportações, “hoje, podemos exportar petróleo para onde quisermos e com descontos mínimos”.
De Janeiro a Maio de 2024, o analista do sector energético Vortexa relatou um novo aumento, estimando que o Irão registou uma média de 1,56 milhões de barris por dia em vendas. “Um aumento na sua produção de petróleo bruto, uma maior procura por parte da China e um aumento líquido no tamanho da sua frota escura ajudaram a facilitar o seu aumento nas exportações”, escreveu Vortexa. em um relatório de junho.
Os termos “frota negra” ou “frota sombra” referem-se a navios disfarçados que contrabandeiam petróleo, contornando assim as sanções. De acordo com a organização sem fins lucrativos United Against Nuclear Iran, com sede nos EUA, a frota paralela do Irão é composta por pelo menos 383 navios.
De acordo com a estação de televisão Iran International, sediada em Londres, o regime vende o seu petróleo com um desconto de 20% em relação ao preço do mercado global, como compensação pelo risco que os compradores enfrentam devido às sanções.
“As refinarias chinesas são os principais compradores dos carregamentos ilícitos de petróleo do Irão, que os intermediários misturam com cargas de outros países e descarregam na China como importações de Singapura e de outras fontes”, informou recentemente o meio de comunicação da oposição iraniana.
A economia do Irão está pronta para a guerra?
Inflação e moeda pesam na economia
As sanções não visam apenas a indústria petrolífera do Irão, mas também afectam a capacidade do país de realizar transacções financeiras internacionais. Isto levou a um declínio acentuado da moeda nacional, o rial.
Hoje, os iranianos pagam aproximadamente 580 mil riais no mercado negro por um dólar americano. Após a assinatura do acordo nuclear em 2015, um dólar valia 32 mil rials.
Embora as receitas do petróleo tenham estabilizado nos últimos anos, o Irão está longe de ser uma potência económica. A sua população de cerca de 88 milhões é quase 10 vezes a do seu arquiinimigo Israel. Mas em 2023, a produção económica do Irão foi de 403 mil milhões de dólares, significativamente inferior aos 509 mil milhões de dólares de Israel.
Estas diferenças tornam-se ainda mais acentuadas quando se compara o valor total dos bens e serviços produzidos num ano. No ano passado, o PIB per capita do Irão foi de 4.663 dólares, enquanto o de Israel foi de 52.219 dólares, segundo o Fundo Monetário Internacional.
Corrupção e nepotismo em muitos níveis
Para a classe média do Irão, a situação económica deteriorou-se visivelmente. “O padrão de vida voltou ao que era há 20 anos devido às sanções”, disse Djavad Salehi-Isfahani, professor de economia da Virginia Tech, à DW.
Ao mesmo tempo, diz-se que uma parte significativa das receitas do Estado iraniano desaparece nas estruturas opacas do governo. O Índice de Percepção da Corrupção compilado pela Transparência Internacional classifica o Irão em 149º lugar entre 180 países.
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica – uma força paramilitar de elite dentro das forças armadas – e numerosas organizações religiosas controlam supostamente partes centrais da economia. Não pagam impostos nem apresentam balanços.
No Irão, o presidente é eleito pelo povo, mais recentemente em Julho de 2024, mas o país não é uma democracia. Dos 80 candidatos, o ultraconservador Conselho Guardião permitiu que apenas seis concorressem.
O regime tenta comprar a paz social com subsídios para bens essenciais como alimentos e gasolina. Apesar de toda a repressão, parece temer descontentamento público. Protestos contra a liderança política freqüentemente entra em erupçãomuitas vezes desencadeada pelo aumento dos preços ou pela obrigatoriedade do uso do lenço de cabeça para as mulheres.
Uma guerra com Israel representaria uma enorme pressão económica para o Irão, forçando potencialmente o governo a cortar gastos noutros países, o que poderia exacerbar ainda mais a insatisfação pública.
Este artigo foi escrito originalmente em alemão.
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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

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27 de setembro de 2025
A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Proex) e em parceria com a Federação do Desporto Universitário Acreano (FDUA), apresentou oficialmente a delegação que representará a instituição nos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) de 2025. O grupo, formado por cerca de 70 estudantes-atletas e técnicos voluntários, foi apresentado em cerimônia realizada na quadra do Sesi neste sábado, 27.
A equipe, que competirá no maior evento de desporto universitário da América Latina, levará as cores da Ufac e do Acre em diversas modalidades: handebol, voleibol, xadrez, taekwondo, basquete, cheerleading, futsal e a modalidade eletrônica Free Fire. A edição deste ano dos jogos ocorrerá em Natal, no Rio Grande do Norte, entre 5 e 19 de outubro, e deve reunir mais de 6.500 atletas de todo o país.
A abertura do evento ficou por conta da apresentação da bateria Kamboteria, da Associação Atlética Acadêmica de Medicina da Ufac, a Sinistra. Sob o comando da mestra Alexia de Albuquerque, o grupo animou os presentes com o som de tamborins, chocalhos, agogôs, repiques e caixas.
Em um dos momentos mais simbólicos da solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, entregou as bandeiras do Acre e da universidade aos atletas. Em sua fala, ela destacou o orgulho e a confiança depositada na delegação.
“Este é um momento de grande alegria para a nossa universidade. Ver a dedicação e o talento de nossos estudantes-atletas nos enche de orgulho. Vocês não estão apenas indo competir; estão levando o nome da Ufac e a força do nosso estado para todo o Brasil”, disse a reitora, que complementou: “O esporte universitário é uma ferramenta poderosa de formação, que ensina sobre disciplina, trabalho em equipe e superação”.
A cerimônia contou ainda com a apresentação do time de cheerleading, que empolgou os presentes com suas acrobacias, e foi encerrada com um jogo amistoso de vôlei.
Compuseram o dispositivo de honra do evento o deputado federal e representante da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro; o deputado estadual Eduardo Ribeiro; o vereador de Rio Branco Samir Bestene; o vice-presidente da Federação do Desporto Universitário do Acre, Sandro Melo; o pró-reitor de Extensão, Carlos Paula de Moraes; a diretora de Arte, Cultura e Integração Comunitária, Lya Beiruth; o coordenador do Centro de Referência Paralímpico e Dirigente Oficial da Delegação da Ufac nos Jubs 2025, Jader de Andrade Bezerra; e o presidente da Liga das Atléticas da Ufac, Max William da Silva Pedrosa.
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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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26 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.
A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.
Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”
A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”
Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”
Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.
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publicado:
26/09/2025 14h57,
última modificação:
26/09/2025 14h58
1 a 3 de outubro de 2025
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