POLÍTICA
O peso de Arthur Lira na especulada reforma minist…
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1 ano atrásem
Daniel Pereira
Passada a eleição municipal, conselheiros e aliados de Lula retomaram a pressão por uma reforma ministerial. Diante da derrota da esquerda e o fortalecimento do Centrão nas urnas, e da queda da popularidade do governo em pesquisas recentes, eles alegam que o presidente precisa dar um freio de arrumação na equipe e aproveitar as eventuais mudanças na Esplanada para fortalecer a base de apoio no Congresso e, principalmente, tentar amarrar uma série de partidos a seu projeto de reeleição.
Há uma avaliação, por exemplo, de que Lula tem de estreitar laços com PSD, União Brasil e Republicanos, que controlam ministérios, mas não têm compromisso com o petista para 2026. Há quem defenda também mais espaço para o PP, cujos quadros principais — o senador Ciro Nogueira (PI) e o deputado Arthur Lira (AL), presidente da Câmara — apoiaram a fracassada campanha de Jair Bolsonaro em 2022.
Auxiliares de Lula não garantem que a reforma será realizada, mas afirmam que ela é provável. Eles acrescentam que, se for realizada, levará em consideração, entre outros, o peso político de Arthur Lira.
Primeiro-ministro
Parlamentar mais poderoso do país, Lira é um dos líderes do Centrão e costurou o acordo suprapartidário que transformou em barbada a eleição do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para sucedê-lo no comando da Câmara, a partir de fevereiro de 2025. Petistas da velha-guarda, como João Paulo Cunha, defendem que o alagoano seja convidado para assumir um ministério. O governo, assim, teria uma senhora ajuda para aumentar sua influência entre os deputados.
O problema é qual pasta entregar para o parlamentar. No ano passado, ao articular a ampliação do espaço do Centrão na gestão Lula, Lira sonhou com a Saúde, mas conseguiu para os colegas de grupo os ministérios do Esporte e de Portos e Aeroportos. Assessores presidenciais dizem que o deputado dificilmente aceitaria um posto desse tipo, de envergadura menor — e que Lula dificilmente aceitaria acomodá-lo na Saúde, por mais que faça ressalvas à atuação de Nísia Trindade. Essa incompatibilidade de expectativas é um nó a ser desatado.
Outro entrave diz respeito à próxima corrida presidencial. Se fizer a reforma, Lula cobrará dos novos ministros mais empenho no debate político com a oposição, ajuda para conseguir votos no Congresso e comprometimento com sua campanha à reeleição. A dúvida no Palácio do Planalto é se Lira aceitará, com dois anos de antecedência, fechar compromisso pela defesa de mais um mandato para o petista.
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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
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8 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.


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