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O que é a síndrome de Guillain-Barré? – DW – 28/01/2025

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5 meses atrásem
A cidade ocidental de Pune da Índia está lutando contra casos crescentes do Síndrome de Guillain-Barré (GBS), com pelo menos 111 casos identificados apenas nas últimas três semanas, relataram meios de comunicação locais na terça -feira.
Um homem de 41 anos foi identificado como a primeira vítima do surto na segunda -feira, um dia depois que o homem morreu por infecção rara, mas tratável.
O distúrbio, que afeta o sistema nervoso do corpo, é caracterizado por fraqueza muscular e dificuldades respiratórias e pode até levar a paralisia total em situações extremas.
Especialistas suspeitam que os casos possam ser causados por água contaminada. Os órgãos do governo local estão conduzindo testes de amostra e pesquisas, informou a mídia local.
O que é a síndrome de Guillain-Barré?
A síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio neurológico raro, onde o sistema imunológico do corpo-que normalmente o protege de infecções e outros corpos estranhos-ataca erroneamente suas próprias células nervosas periféricas.
Mais especificamente, a bainha da mielina – uma camada isolante de gordura e proteína que circunda as células nervosas – fica inflamada.
A bainha de mielina permite que os sinais passem pelos setores nervosos na velocidade vertiginosa em condições normais. Se a bainha estiver inflamada, os nervos dificilmente podem transportar estímulos.
Simplificando, uma pessoa com essa síndrome terá dificuldade em falar, caminhar, engolir, excretar ou desempenhar outras funções normais do corpo. A condição pode piorar progressivamente.
Assim, os nervos periféricos – os nervos que se ramificam do cérebro e da medula espinhal – são danificados como resultado, e os músculos podem ficar fracos ou paralisados.
Os primeiros sintomas incluem uma sensação de formigamento nas extremidades do corpo, fraqueza nas pernas que se espalham para a parte superior do corpo, dificuldade nos movimentos faciais, caminhada instável ou incapacidade de andar, dor e, em casos graves, paralisia.
O que causa a síndrome de Guillain-Barré?
As razões exatas para a síndrome de Guillain-Barré ainda não foram entendidas. No entanto, muitas vezes se desenvolve logo após uma pessoa receber uma doença infecciosa. Raramente, as vacinas podem causar isso. A síndrome de Guillain-Barré, ou GBS, também estava ligada ao citomegalovírus, pelo vírus Epstein Barr, ao vírus zika e até ao Pandemia do covid-19.
Por que isso acontece? Os cientistas dizem que nosso sistema imunológico é altamente especializado em reconhecer substâncias estranhas, como vírus, bactérias e fungos. Produz proteínas chamadas anticorpos que se ligam às estruturas da superfície dos patógenos enquanto aumentam uma resposta imune contra eles.
Em uma doença auto-imune como a síndrome de Guillain-Barré, os invasores se camuflam com uma superfície que imita as próprias estruturas do corpo. “Por exemplo, as estruturas de superfície da bactéria Campylobacter parecem muito parecidas com a bainha de mielina”, explicou o imunologista Julian Zimmermann.
Portanto, os anticorpos também têm como alvo as próprias células e estruturas do corpo como corpos estranhos e se ligam à superfície. Isso resulta em uma cascata de reações. A natureza exata dessas interações em doenças autoimunes ainda não é conhecida.
Ocasionalmente, as vacinas também podem causar GBs. Isso ocorre porque as vacinas tendem a ter estruturas fracas ou inativas semelhantes, semelhantes aos patógenos contra os quais protegem. O sistema imunológico do corpo desencadeia uma resposta imune.
A síndrome de Guillain-Barré é curável?
A condição do paciente tende a piorar por até duas semanas após o início da doença. Na semana quatro, o platô dos sintomas, após o que a recuperação começa. A recuperação pode se estender de seis a 12 meses e, ocasionalmente, até três anos.
Atualmente, não há certa cura para a síndrome de Guillain-Barré. A paralisia não apenas afeta as pernas e os braços, mas também partes importantes do sistema nervoso que regulam a respiração, a pressão arterial e os batimentos cardíacos.
Para evitar que isso aconteça, os médicos monitoram continuamente os sinais vitais do paciente e, em caso de emergência, os colocam em um ventilador.
Existem também dois tratamentos que podem ajudar a recuperar e reduzir a gravidade da doença.
O primeiro é a troca de plasma ou a plasmaférese. O plasma ou a parte líquida do sangue é removida e separada das células sanguíneas, induzindo a nova produção de plasma a compensar a perda. Este tratamento visa remover os anticorpos que estão atacando os nervos periféricos.
A segunda terapia disponível é chamada terapia com imunoglobina, onde anticorpos saudáveis dos doadores de sangue são injetados por via intravenosa. Os anticorpos danificados que contribuem para o GBS são então bloqueados pelas altas doses das imunoglobulinas. Além disso, a fisioterapia também pode ser útil para aliviar a dor.
Celebridades que sofreram de GBS
Markus Babbel, ex -jogador internacional de futebol da Alemanha, perdeu quase um ano inteiro de sua carreira depois de contratar a GBS. O caso de Babbel de GBS seguiu uma infecção pelo vírus Epstein-Barr.
Alguns neurologistas e historiadores acreditam que Franklin D. Roosevelt, o 32º presidente dos Estados Unidos, contratou a GBS em 1921. E Vicente Fernández Gómez, um ícone cultural mexicano que registrou mais de 100 álbuns, também teve GBs.
Este artigo foi atualizado em 28 de janeiro de 2025, para incluir informações sobre um surto de GBS na Índia.
Editado por: Sushmitha Ramakrishnan
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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