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O que esperar do Jubileu de 2025 da Igreja Católica

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6 meses atrásem
Papa Francisco abrirá o chamado Ano Santo de 2025 na véspera de Natal. Veja o que está sendo planejado para o megaevento que visa revigorar a Igreja e levar milhões de fieis a Roma.Os trabalhadores da construção civil em Roma têm trabalhado pesado durante semanas, enquanto bispos ao redor do mundo motivam os católicos a visitar a Cidade Sagrada. No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, o papa Francisco abrirá o Jubileu de 2025, o chamado “Ano Santo”.
Trata-se, primeiramente, de um evento religioso tradicional: uma peregrinação solene às basílicas de São Pedro e São Paulo e outras igrejas em Roma.
O primeiro Ano Santo foi realizado em 1300. Não é, porém, apenas uma tradição religiosa; é também uma importante fonte de rendimentos. Especialistas estimam que cerca de 30 milhões de visitantes adicionais virão a Roma em 2025 em razão do Jubileu.
Um “despertar espontâneo” histórico
Jörg Ernesti, um teólogo católico baseado na cidade bávara de Augsburg, descreve o ano de 1300 como “um despertar espontâneo”. Na época, a chegada a Roma de um grande número de peregrinos levou o papa Bonifácio 8º a declarar um “Ano Jubileu”, também chamado de “Ano Santo”. Contudo, aquele ano especial não começou na véspera de Natal, mas no final de fevereiro, com a bula papal. Bonifácio também usou a ocasião para se defender contra acusações de heresia.
Bonifácio estipulou originalmente que os Anos Santos deveriam ser declarados a cada 100 anos. Mas, em 1350, quando o papado enfrentava uma crise profunda em meio a uma sucessão de sete papas que residiam em Avignon, foi declarado um segundo Ano Santo. Desde o século 15, o Jubileu passou a ser celebrado a cada 25 anos.
Ernesti diz que “o aspecto financeiro sempre desempenhou um papel”, mas acrescentou que “a solidariedade da Igreja universal através do Ano Santo é sempre importante.”
O Vaticano também sempre proclama uma “indulgência” do Jubileu durante Ano Santo. Isso significa que se os “verdadeiramente penitentes” fizerem uma peregrinação a pelo menos uma grande Basílica Papal em Roma, ou à Terra Santa, eles receberão o perdão total de todos os seus pecados na vida após a morte.
O Ano Santo mais recente foi em 2016, sendo chamado de Jubileu Extraordinário por ter sido proclamado pelo papa Francisco antes do ciclo usual de 25 anos. Ele o anunciou como um Jubileu da Misericórdia em 13 de março de 2015, exatamente dois anos após sua eleição para o pontificado. Haverá também mais um Ano Santo em 2033, que marcará o 2000º aniversário da morte de Jesus por crucificação.
Evento de mídia global
Jörg Ernesti tinha 8 anos na véspera de Natal de 1974. Ele se lembra vividamente de assistir a uma transmissão ao vivo pela televisão com sua família do papa Paulo 6º (1963-1978) anunciando a abertura do Jubileu na praça de São Pedro, em Roma. Cerca de 40 estações de TV transmitiam o evento ao vivo para cerca de 8 bilhões de espectadores.
Paulo 6º foi o primeiro chefe da Igreja Católica a transformar o Ano Santo em um evento de mídia global. Ele se tornou presidente do Concílio Vaticano 2, realizado de 1962 a 1965, criado para a renovação da Igreja ao longo de quatro anos – especialmente no que diz respeito a sua atitude em relação à liberdade religiosa.
A atitude fez com que Paulo 6º colecionasse muitos críticos, tanto conservadores quanto progressistas. Ele, portanto, dedicou o Jubileu de 1975 à Renovação e Reconciliação, como era oficialmente chamado aquele Ano Santo. O pontífice foi pioneiro ao dar ao Ano do Jubileu um título temático, prática que continua até hoje.
No final de 2015, o papa Francisco anunciou um Jubileu extraordinário para o 50º aniversário do fim do Concílio Vaticano 2. O lema daquele ano foi: “Misericordiosos como o Pai”. Assim, Francisco desejou promover o tema da misericórdia, que adotou para sua própria vida, para todo o mundo. Com um gesto muito especial apenas para aquele Jubileu, o papa permitiu que dioceses ao redor do mundo montassem uma “porta santa” em sua igreja, que os peregrinos pudessem visitar.
“Peregrinos da esperança”
O Jubileu de 2025 é intitulado “Peregrinos da Esperança”. Este lema reflete de perto como Francisco vê seu próprio papel, assim como o da Igreja, em um mundo cheio de crises e conflitos. Ele vem dizendo há anos que o mundo parece estar vivenciando uma Terceira Guerra Mundial, uma que é globalizada e afeta as pessoas mais pobres. Ele também criticou veementemente as exportações de armas e as guerras.
O Ano Santo não deve ser entendido apenas como uma tradição. Jörg Ernesti explica que “nem tudo o que associamos a ele hoje estava lá no início”. A “Porta Santa”, por exemplo, assim como o martelo para “abrir a porta” e o posterior “tijolamento da porta” no final do ano, foram adições que surgiram muitos séculos depois do ano 1300. Dessa vez, Francisco decidiu que simplesmente vai “empurrar a porta” para então passar por ela. A Porta Santa é o portal direito da Basílica de São Pedro, que está sempre fechada.
O Jubileu de 2025 também contará com algumas inovações. Uma delas é o primeiro mascote do Jubileu: Luce, um figura de peregrinação em estilo mangá criada para atrair principalmente os jovens, os quais o Vaticano espera que compareçam aos milhões em Roma no final de julho.
Em 6 de setembro, haverá uma peregrinação de membros da comunidade LGBTQ+ à Basílica de São Pedro, evento que aparecerá pela primeira vez no calendário oficial de peregrinações.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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