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O supremacista negro Kemi Seba sob custódia policial por “inteligência com uma potência estrangeira”, segundo seu advogado

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Praça da Libertação. O lugar não é insignificante. É neste pedaço de asfalto, situado a poucos passos da sede da Direcção-Geral de Segurança Interna (DGSI), em Levallois-Perret (Hauts-de-Seine), que advogado Juan Branco realizou uma conferência de imprensa na quarta-feira, 16 de outubro, para criticar a “violento” prisão de seu cliente, o ativista “pan-africanista” Kemi Seba. O activista beninense, chefe da ONG Urgences panafricanistes, cujo nome verdadeiro é Stellio Gilles Robert Capo Chichi, foi detido segunda-feira em Paris. Ele estava em posse deum passaporte diplomático do Níger e um visto Schengen.
De acordo com seu advogado, Kemi Seba já foi levado sob custódia policial por “inteligência com potência estrangeira” – sem maiores detalhes sobre os fatos incriminados – e “ataque aos interesses fundamentais da nação”. Crimes puníveis com pena de prisão até trinta anos.
Crítico virulento da política francesa em África, muito presente nas redes sociais, onde tem uma audiência significativa em África e nas diásporas do continente, o Sr. Seba seria, segundo o seu advogado, contratado pela DGSI em “retaliação ao seu compromisso contra o neocolonialismo e contra os abusos que os regimes franco-africanos produziram, particularmente na África Ocidental”. « Estamos tentando construir um pretexto para destruir esse homem e colocá-lo na sombra”proclamou o Sr. Branco que, além disso, considerou que esta prisão só poderia ter sido desencadeada com “um acordo político e sobre instruções do governo”, até com “o Eliseu”.
O que Kemi Seba estava fazendo na França? O ativista de 42 anos, nascido em Estrasburgo, foi privado da sua nacionalidade francesa por decreto em 9 de julho. Em março, publicou um vídeo onde era visto queimando um documento que descreveu como seu passaporte francês. “Ele tem familiares que ficaram na França”relatou Juan Branco, referindo-se a um pai doente.
Ações financiadas pelo grupo russo Wagner
Chegando de Espanha, o activista iria encontrar-se com opositores do presidente beninense, Patrice Talon. Em Maio, Kemi Seba, antigo líder do Tribu Ka – um pequeno grupo abertamente anti-semita e segregacionista dissolvido pelas autoridades francesas em 2006 – acusou Paris de tentar desestabilizar o Níger desde o Benigno. O seu advogado suspeita que a França queira fazer uma “favor” ao poder beninense, expulsando o seu cliente para o seu país de origem, onde seria “parado imediatamente” e preso em “pena de prisão perpétua por crimes políticos”. Desde o golpe de Estado de Julho de 2023 no Níger, Kemi Seba aproximou-se do chefe da junta, o General Abdourahamane Tianido qual tem o título de “assessor especial”.
Os beninenses são também uma das cartas no jogo de influência que a Rússia lidera no continente africano. Algumas das suas operações foram financiadas em várias centenas de milhares de euros pelo grupo russo Wagner, segundo revelações do África jovemo canal Arte e o diário alemão O mundo. Entre os seus objectivos: organizar manifestações anti-francesas e antiocidentais e identificar ou apoiar associações e personalidades locais dispostas a transmitir a propaganda russa no seu país no momento mais oportuno.
“Lembro que um dos critérios fundamentais de inteligência com o inimigo é o sigilo. No entanto, Kemi Seba não fez nada secreto em nenhum momento”comentou Juan Branco. Por conta dele
“Ele sempre assumiu (suas relações com países como Cuba ou Venezuela) e destacou o que considerou serem parcerias geoestratégicas e geopolíticas fundamentais para permitir a emancipação dos povos africanos e nunca para se escravizarem a um novo podere a insistência de M. Branco. Ele também lembrou às autoridades russas na Rússia que, se pretendessem ocupar o lugar do antigo colono, não poderiam contar com ele nem com o povo africano. » Juan Branco especificou que a custódia de seu cliente poderia ser prorrogada por noventa e seis horas.
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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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26 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.
A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.
Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”
A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”
Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”
Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.
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publicado:
26/09/2025 14h57,
última modificação:
26/09/2025 14h58
1 a 3 de outubro de 2025
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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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24 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.
“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”
Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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