POLÍTICA
O Vale do Silício que apoia Trump
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12 meses atrásem
rprangel2004@gmail.com (Ricardo Rangel)
Não demorou nem 24 horas.
O Congresso americano confirmou Trump como presidente na segunda e na terça Mark Zuckerberg, controlador do Instagram, do Facebook e do Threads, veio a público para dizer que:
1. Aboliu a checagem de fatos por terceiros.
2. Decidiu seguir o exemplo do X/Twitter, em que a própria comunidade alerta quando houver abusos (vai funcionar tão bem quando na rede de Elon Musk).
3. As equipes de moderação serão relocadas para o Texas (longe da influência liberal da Califórnia).
4. Restrições de conteúdo no que se refere a tópicos como imigração e identidade de gênero serão suspensas.
5. A moderação de conteúdo passa a se procupar apenas com itens ilegais e abusos graves (que hoje já não funcionam muito bem).
6. Vai colaborar com o governo Trump para combater censura em regiões como Europa, China e América Latina.
Ou seja, Zuckerberg liberou fake news, discurso de ódio e intimidação em suas redes. E conta com o governo para pressionar governos estrangeiros a não legislarem sobre redes sociais.
Não é propriamente uma mudança de atitude: apesar de se dizer contra a disseminação de fake news e discurso de ódio, o CEO da Meta sempre resistiu o quanto pôde a combatê-los em suas redes.
Zuckerberg não é o primeiro a pôr as manguinhas de fora. Elon Musk foi bem mais longe: desde a vitória de Trump, endossou o partido neonazista alemão, pediu a liberdade de um extremista islamófobo e afirmou o premier inglês deveria estar na cadeia.
A cultura original do Vale do Silício foi criada por libertários no melhor sentido do termo. Gente como John Perry Barlow, autor da “Declaração de Independência do Ciberespaço”, e Stewart Brand, criador do Whole Earth Catalog.
Hoje o Vale está infestado de “libertários” no pior sentido, gente como Musk e Zuckerberg, que não está nem aí para os direitos das minorias e acha que a lei não deve valer para empresários ricos e bem sucedidos (que afinal, são melhores do que os demais cidadãos). Barlow está rolando no túmulo; Brand ainda está vivo, mas com certeza está mortificado.
Ninguém sabe bem o que vai acontecer nos EUA e no mundo nos próximos quatro anos. Mas o pronunciamento de Mark Zuckerberg nesta terça é um bom prenúncio do que vem por aí.
(Por Ricardo Rangel em 07/01/2025)
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
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8 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.


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