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O voto desanimado para a prefeitura de São Paulo

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O voto desanimado para a prefeitura de São Paulo

Matheus Leitão

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As últimas pesquisas mostraram claramente que o prefeito Ricardo Nunes caminha para a reeleição, mas o seu eleitor não está animado com o candidato. Normalmente o processo eleitoral é uma caminhada de engajamento com o postulante. Apenas 36% dos eleitores de Nunes dizem que votam nele porque é o candidato ideal e 63% afirmam votar nele porque não tem outro melhor.

No caso de Guilherme Boulos, 53% dizem que votam nele por ele ser o ideal, mas 46 dizem que votam nele por não haver outro melhor. Boulos melhorou na rejeição, no Datafolha, mas ainda é altíssima 52%, era 58% no começo do segundo turno. Nunes tem 37% de rejeição.



Os paulistanos chegam no dia da eleição sem muito entusiasmo. Para se ter uma ideia, nessa pesquisa de véspera, na espontânea, 11% não sabem em quem vão votar, e 9% votarão nulo e branco.



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POLÍTICA

PEC da Segurança – antes tarde do que nunca

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PEC da Segurança – antes tarde do que nunca

Natália Hinoue

Foi extremamente positivo o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 13 governadores em Brasília, nessa última quinta-feira, 31, para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança.

A questão é se os brasileiros vão confiar na capacidade da PEC de trazer resultados concretos, isso depois de assistir – nas últimas décadas – o aprofundamento de uma crise crônica na segurança pública do país, apesar de inúmeros projetos, planos e intervenções – levados a cabo em sequência por diferentes administrações e governos.

Contudo, alguma coisa precisa ser feita, e o pacote de medidas proposto pelo ministro da Justiça Ricardo Lewandowski provocou algumas reações dos governadores presentes. Poderíamos escrever uma dúzia de artigos nessa coluna sobre os diversos aspectos abordados no encontro. Merecem especial registro as intervenções de Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas, respectivamente à frente dos governos de Goiás e São Paulo.

O governador Caiado bravateia quando diz que “acabou” com o crime em seu estado. Isso não é verdade. Goiás registra atualmente a presença e ações do PCC e do Comando Vermelho em seu território. Mesmo se não registrasse, o enfrentamento à criminalidade é uma atividade que não pode cessar. A luta contra o crime deve ser levada como uma partida de futebol que não termina, onde o árbitro não faz soar o apito final. Ademais, Goiás não é uma ilha isolada e nem um território na Escandinávia. É uma das 27 unidades da Federação, localizada no centro do país, com divisas com a região Nordeste, Sudeste e Norte, e com outros cinco estados. Bom lembrar que a delinquência organizada e seus exércitos de criminosos formam um “corpo líquido”, que invariavelmente transborda para as regiões vizinhas.

O governador de Goiás demonstra ainda não aceitar bem a ideia de que os estados absorvam diretrizes federais para o bom enfrentamento à macrocriminalidade no país como um todo. Por fim, sugere que os estados membros passem a legislar em matéria penal e processual penal, algo que se fosse colocado em prática seria o próprio “bode na sala” da administração da justiça criminal no país. O pacto federativo decerto concede autonomia ao estado membro – o que não significa soberania.

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Já o governador Tarcísio de Freitas trouxe uma contribuição relevante para a discussão quando alertou para a infiltração do crime organizado em negócios e mercados lícitos e legítimos. Não pode haver preocupação maior no momento.

O governador de São Paulo parece saber que o problema hoje não mais se resume ao crime organizado atuando nas ilicitudes como o tráfico de drogas e de armas, mas nas quadrilhas e facções delituosas invadindo e tomando mercados lícitos e estratégicos, como o de combustíveis, bebidas, cigarros, construção civil, medicamentos etc.

A partir dessas plataformas econômicas, o crime organizado se alicerça financeiramente com o viés da legalidade, e assim apoia campanhas eleitorais de vereadores e deputados. Numa segunda onda elege prefeitos e apoia campanha de governadores. Ao fim, depois de infiltrar-se nos poderes Executivo e Legislativo com bancadas fortalecidas econômica e politicamente, indicam desembargadores para tribunais de Justiça, e alcançam o Poder Judiciário.

Os Três Poderes estarão contaminados pela criminalidade. É o que poderíamos chamar de processo de “mexicanização” de um estado – ou “riodejaneirização”.

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Importa lembrar que para obtermos sucesso nesse enfrentamento devemos deixar de lado questões ideológicas. Estamos vivenciando riscos que não mais nos demandam ações de governos, mas de Estado. As medidas deverão ser mais estruturantes e pragmáticas, baseadas em estatísticas e conhecimentos comprovados. Na temerária questão da tomada dos mercados legais pelo crime, devemos pensar em sistemas que propiciem a total rastreabilidade (Follow the Product) do que é produzido, e na criação de um organismo que funcionaria como um COAF dos produtos, o que mitigaria sobremaneira atividades como sonegação, pirataria, contrafação e descaminho – tão exploradas pelas facções criminosas.

Importante ressaltar que a iniciativa do ministro da Justiça tem como um de seus principais objetivos viabilizar que a Policia Federal tenha ampliada a sua atribuição de investigar as organizações criminosas. Hoje a PF tem a limitação de só poder investigar casos de organizações criminosas que cometam crimes federais. Isso limita a sua ação nessa seara tão urgente. Devido a sua expertise e capilaridade em todo território nacional, entendemos como fundamental a entrada da Polícia Federal no enfrentamento dessas quadrilhas, sem as restrições atuais.



Finalmente, em relação ao compartilhamento de bases de dados e de inteligência policial, no que tange à colaboração da Polícia Federal com as forças de segurança do Rio de Janeiro, em especial com a Polícia Militar, será necessário muita cautela e controles para evitar vazamentos que possam colocar em risco o sucesso das operações e as próprias vidas dos policiais nelas envolvidos. A participação de PM’s e policiais civis do Rio de Janeiro no homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes nos autoriza a acreditar que será necessário um extenso e profundo trabalho (prévio) de corregedoria e assuntos internos nessas duas instituições.



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Aliados de Bolsonaro conquistaram seis prefeituras…

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Aliados de Bolsonaro conquistaram seis prefeituras...

Ricardo Chapola

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Seis das 10 cidades consideradas polos do agronegócio no Brasil serão controladas por aliados de Jair Bolsonaro a partir do ano que vem. Duas dessas prefeituras serão comandadas pelo próprio PL, partido do capitão. Os candidatos da legenda do ex-presidente venceram as eleições municipais nas cidades de Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso, e em Jataí, no interior de Goiás. Nas demais, o Executivo municipal ficará sob o controle de políticos que apoiam Bolsonaro,

De acordo com um ranking do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA), Campo Novo do Parecis ocupa a quarta colocação como a cidade mais importante para o setor, com uma produção de alimentos que faturou R$ 7 bilhões em 2023. No município localizado a 400 quilômetros da capital e dentro de um dos estados mais bolsonaristas do País, quem venceu as eleições deste ano foi o candidato Piaia (PL). Com 65,40%, ele derrotou Dhemis Rezende (União), que obteve 34,60% dos votos válidos. Em Jataí, o candidato bolsonarista Geneilton Assis venceu com 58,93% dos votos.

Mesmo sem ter conquistado o Executivo municipal de outros polos do agronegócio, os bolsonaristas contarão com aliados de outros partidos à frente dessas prefeituras. Em Diamantino (MT), Chico Mendes (União), irmão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, venceu as eleições municipais com o apoio de Bolsonaro. O município é apontado como o 6º mais importante para o agronegócio brasileiro, registrando uma produção equivalente a R$ 5,9 bilhões no ano passado.



Esses partidos, no entanto, não caminharam juntos em todos os municípios movidos pelo agronegócio. A 288 quilômetros de Diamantino, em Sorriso, conhecida por ser a cidade mais importante para o agronegócio no País, o União Brasil conquistou a prefeitura do município – desta vez, sem o apoio do PL e de Bolsonaro. Alei Fernandes (União) foi eleito prefeito, com 51,33% dos votos, derrotando Damiani (MDB), candidato defendido pelo pelo ex-presidente.



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Governo Lula temeu ataque do PT após o resultado d…

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Governo Lula temeu ataque do PT após o resultado d...

Daniel Pereira

No dia seguinte ao segundo turno, o presidente Lula recebeu no Palácio da Alvorada o ministro Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo, e a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, para analisar o resultado da eleição municipal, na qual o partido ganhou em apenas 252 de 5569 municípios, ficando na nona colocação entre as legendas que mais conquistaram prefeituras.

Na reunião, Gleisi defendeu a tese de que o PT iniciou um processo de recuperação depois de ter “afundado num buraco” a partir de 2016, em razão das consequências da Operação Lava-Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. O tom do encontro foi cordial, apesar de Lula e Padilha acharem que os petistas não aproveitaram a volta ao poder — e um suposto sucesso do governo atual na economia e nos programas sociais — para recuperar terreno.

Na eleição municipal de 2004, por exemplo, disputada no primeiro mandato de Lula, o partido mais do que dobrou o número de prefeituras e venceu em nove capitais. Em 2012, na gestão inicial de Dilma, ganhou em 630 cidades, incluindo São Paulo.

Fissura pública

Para a coordenação política do governo, o PT continua no “buraco”. Após a reunião no Alvorada, Padilha reconheceu isso numa entrevista: “O PT é o campeão nacional das eleições presidenciais, mas na minha avaliação não saiu ainda do Z4 (zona de rebaixamento) que entrou em 2016 nas eleições municipais”.

A declaração pegou de surpresa Gleisi, que reagiu numa rede social: “Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita. Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças”.

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A resposta da deputada deixou apreensivos integrantes do governo. Eles ficaram preocupados com a possibilidade de a executiva nacional do PT, que se reuniria naquele mesmo dia, soltar uma nota reclamando da atuação de ministros de Lula, que, por incompetência ou omissão, não teriam ajudado os candidatos da esquerda na eleição municipal.

No debate da cúpula petista sobre o resultado da eleição, Padilha e outros ministros foram duramente criticados. Desde antes da votação, petistas reclamam que a equipe de Lula não se empenha na disputa política e peca na comunicação das ações oficiais. O presidente, por sua vez,  viveria encastelado e só conversaria com meia dúzia de auxiliares, os quais não têm coragem ou estofo político para criticá-lo ou defender mudanças de rota. Lula, segundo esse grupo, teria perdido o pulso das ruas.

Apesar dessas queixas, a executiva nacional do PT não soltou nota responsabilizando o governo pelo resultado eleitoral da legenda. Lula ainda impõe respeito, disciplina e hierarquia a seus comandados.





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