NOSSAS REDES

ACRE

Os EUA viram um aumento dramático no número de sem-teto no início de 2024, afirma agência de habitação | Sem-abrigo

PUBLICADO

em

Cecilia Nowell

Os EUA registaram um aumento dramático no número de sem-abrigo no início de 2024, contando 18% mais pessoas sem abrigo durante o seu cálculo anual em Janeiro do que no ano anterior, segundo o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA (Hud). relatado na sexta-feira.

As cidades relataram contar um total de 771.480 pessoas desabrigadas em janeiro, um número maior que a população de Seattle. Representando 23 em cada 10 mil americanos, o número é o mais alto já registrado durante a contagem. Ainda assim, os especialistas consideram o número uma contagem inferior, uma vez que reflete um momento no tempo e faz falta a muitas pessoas que ficam com amigos ou familiares.

Hud encontrou níveis recordes de sem-abrigo entre quase todos os grupos demográficos, mas o maior aumento foi documentado entre famílias com crianças. Quase 150.000 crianças foram contadas durante a contagem.

Apenas uma comunidade registou uma diminuição nas taxas de sem-abrigo: os veteranos. Devido aos esforços de financiamento direcionados e sustentados para reduzir os sem-abrigo dos veteranos, relata o Hud, o número de veteranos que vivem sem-abrigo diminuiu cerca de 8% desde 2023 (a taxa diminuiu 55% desde 2009).

Uma rua no bairro de Manhattan, na cidade de Nova York, em 17 de dezembro de 2024. Fotografia: Charly Triballeau/AFP/Getty Images

O relatório nomeia vários factores que provavelmente contribuíram para as taxas recorde de sem-abrigo em 2024: uma crise nacional de habitação a preços acessíveis, aumento da inflação, estagnação dos salários, racismo sistémico, crises de saúde pública, desastres naturais, imigração e o fim dos apoios sociais da era pandémica, como a expansão crédito fiscal infantil.

Quando os dados foram recolhidos em Janeiro, mais de 5.200 pessoas dormiam em abrigos de emergência no Havai, após o incêndio em Maui. Outros desastres naturais, como os furacões Helene e Milton, provocaram o desalojamento de famílias no final do ano.

Em Janeiro, as cidades também trabalharam para abrigar um número crescente de requerentes de asilo – muitos dos quais eram famílias. Desde então, muitas cidades fecharam os seus sistemas de abrigo para migrantes, uma vez que as taxas de travessias não autorizadas das fronteiras diminuíram este ano.

Em um comunicado de imprensaHud observou que cidades como Dallas e Los Angeles implementaram programas que reduziram com sucesso os níveis locais de desabrigados, como a Iniciativa Street to Home de Dallas e os investimentos de Los Angeles em moradias populares.

“Nenhum americano deveria enfrentar a situação de sem-abrigo, e a administração Biden-Harris está empenhada em garantir que todas as famílias tenham acesso à habitação acessível, segura e de qualidade que merecem”, disse Adrianne Todman, chefe do Hud. “Embora estes dados tenham quase um ano e já não reflitam a situação que estamos a observar, é fundamental que nos concentremos em esforços baseados em evidências para prevenir e acabar com os sem-abrigo.”

Juntamente com os dados sobre a situação de sem-abrigo na infância e nos veteranos, o relatório oferece outras informações sobre a repartição demográfica das comunidades que vivem sem-abrigo. O relatório constatou que um número crescente de idosos (aqueles com 55 anos ou mais) não tem casa, totalizando uma em cada cinco pessoas contadas no relatório. Descobriu também que os negros americanos estão desproporcionalmente sem casa: as pessoas que se identificam como negras representam 12% da população dos EUA, mas representam 32% de todas as pessoas que vivem em situação de sem-abrigo.

O departamento de polícia de Los Angeles supervisiona o desmantelamento de um acampamento de sem-teto em Venice, Califórnia, em 5 de agosto de 2024. Fotografia: Bloomberg/Getty Images

O relatório também ofereceu mais informações sobre a população do abrigo. Embora cerca de 72% das mulheres e raparigas sem abrigo vivam em abrigos, quase 70% dos homens e rapazes (e mais de 80% daqueles que se identificam como questionadores de género) não têm abrigo. Enquanto isso, os negros e hispano-americanos têm maior probabilidade de viver em sistemas de abrigo (cerca de 86% dessas comunidades), enquanto os índios americanos e os nativos do Alasca têm as taxas de abrigo mais baixas, pouco menos de 50%.

O relatório surge no momento em que cidades dos EUA intensificaram políticas anti-acampamento, seguindo uma decisão da Suprema Corte de junho que permite às autoridades locais proibir acampar em público mesmo que não haja camas disponíveis. Desde então, mais de 100 cidades proibiram acampamentos.

“O aumento do número de sem-abrigo é a consequência trágica, mas previsível, do subinvestimento nos recursos e proteções que ajudam as pessoas a encontrar e manter habitações seguras e acessíveis”, disse Renee Willis, futura CEO interina da National Low Income Housing Coalition. disse em um comunicado. “Como alertaram defensores, investigadores e pessoas com experiência de vida, o número de pessoas em situação de sem-abrigo continua a aumentar à medida que mais pessoas lutam para arcar com custos de habitação altíssimos.”



Leia Mais: The Guardian

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

ufac.jpg

A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

MAIS LIDAS