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Pellegrini recompensa a ligação de Ranieri com papel principal em Derby della Capitale | Série A

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Nicky Bandini

Claudio Ranieri não tem todas as respostas. Pode parecer que sim: o homem que conduziu o Leicester ao título da Premier League e que, muito antes disso, construiu uma reputação em Itália como a primeira pessoa a telefonar quando uma equipa de topo estava a falhar. Em caso de emergência, não quebre o vidro, basta ligar para Cláudio.

Ele havia se aposentado depois de levar o Cagliari a uma improvável fuga do rebaixamento na temporada passada, mas Roma o atraiu de volta. O clube – o seu clube, aquele que ele cresceu apoiando – estava em ruínas: 12º na tabela, apesar de uma transferência de quase 100 milhões de euros no verão e agora em busca de um terceiro técnico nesta temporada. Como ele poderia dizer não, mesmo aos 73 anos, ao seu primeiro amor pelo futebol?

Os resultados melhoraram rapidamente. A Roma de Ranieri perdeu para os candidatos ao título Napoli e Atalanta, mas somou quatro vitórias e um empate nas seis partidas seguintes. Houve um otimismo cauteloso antes do clássico de Roma de domingo, embora os Giallorossi ainda estivessem atrás dos vizinhos Lácio por 15 pontos: o mais atrás que já estiveram no jogo.

E ainda assim uma questão ainda pairava sobre o clube. Lorenzo Pellegrini não jogava há quase um mês. Outrora considerado o herdeiro de Francesco Totti e Daniele De Rossi: o mais recente de uma linha de capitães de clubes nascidos em Roma e criados na Roma, ultimamente ele se tornou um pára-raios de críticas. Acusado por alguns torcedores de trair os ex-técnicos José Mourinho e De Rossi, ele estava sendo associado a uma transferência em janeiro.

Em entrevista ao La Gazzetta dello Sport na semana passada, Ranieri confessou que não sabia o que o futuro reservava. “Parece que ele já está condenado, como se o polegar, para ele, estivesse apontando para baixo”, disse o dirigente, invocando a imagem de um gladiador romano na arena. “Ele pode se recuperar? Não sei.”

O assunto voltou à tona em sua coletiva de imprensa pré-jogo. Ranieri elogiou Pellegrini muitas vezes desde que retornou ao clube, colocando-o na mesma categoria de Frank Lampard como os dois grandes artilheiros com quem trabalhou. Então, por que ele nunca foi titular?

Lorenzo Pellegrini, da Roma, encontra o canto superior para abrir o placar. Fotografia: Guglielmo Mangiapane/Reuters

“É uma consideração puramente psicológica”, disse Ranieri. “Considero-o um dos jogadores técnicos mais fortes da Europa… Mas ele sofre esse facto com os adeptos. Preciso verificar se um jogador está sendo sobrecarregado por essas coisas ou se está escorregando. Lorenzo está se deixando levar por todos eles.”

Seria essa natureza de Pellegrini, sua introspectividade, parte do problema para começar? Ranieri o descreveu como um “romano atípico”, como ele, que não demonstra suas emoções. Durante este recente capítulo difícil, tem sido raro vê-lo colocar o rosto em frente aos microfones.

Estas coisas são mais importantes em Roma, a bolha mediática mais intensa do futebol italiano. Um lugar onde, como refletiu Totti recentemente: “O que as pessoas mais querem ver é o apego à camisa”.

Esse foi o primeiro sucesso de Mourinho na Roma: conectar-se com os adeptos, mostrando-lhes que se importava como eles. Ele elogiou Pellegrini no início, dizendo que colocaria três clones em campo se pudesse. Eles terminaram em termos menos felizes. Uma história sobre Mourinho deixando um anel que os jogadores lhe deram de presente após o Vitória na Liga Conferência Europa no armário de Pellegrini alimentou especulações de uma rixa.

Alguma coisa disso foi real? Pellegrini realmente prejudicou Mourinho ou o mandato do técnico simplesmente seguiu seu curso? E como ele se tornou um bode expiatório em A demissão de De Rossi também? Uma reportagem do jornal Il Tempo sugeriu que o oposto poderia ter sido verdade, Pelllegrini excluiu deliberadamente quando a então CEO do clube, Lina Souloukou, solicitou aos jogadores uma opinião sobre o técnico, uma vez que eles eram considerados muito próximos.

Nenhum desses detalhes comoveu o tribunal da opinião pública. E nem mesmo Ranieri, com toda a crença nas qualidades do jogador, parecia capaz de melhorar o desempenho de Pellegrini em campo. Um jogador que marcou 14 golos durante a primeira época de Mourinho no comando, tornando-se no jogador de destaque no primeiro grande triunfo europeu da Roma, marcou apenas um em 18 jogos nesta campanha.

O tempo de Pellegrini na Roma parecia estar acabando. Falou-se que Napoli, Galatasaray e até Inter fizeram perguntas. Depois, sem avisar, Ranieri o colocou de volta no time para enfrentar a Lazio.

Alexis Saelemaekers, da Roma, comemora o segundo gol. Fotografia: Ciro De Luca/NurPhoto/Shutterstock

Do lado de fora, parecia uma escolha vinda do nada. Pellegrini não jogou muito bem quando foi contratado como reserva no segundo tempo contra o Milan, uma semana antes. Um novo talento local, Niccolò Pisilli, surgiu em seu lugar.

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A decisão foi tomada na véspera do jogo. “(Pellegrini) veio até mim e enquanto conversávamos entendi que ele estava morrendo de vontade de ser o capitão da Roma novamente no clássico”, disse Ranieri. “Ele não me pediu para jogar, mas percebi que seu desejo havia ido para o lugar que eu queria.”

Ranieri tem um histórico de fazer escolhas ousadas neste jogo. A ocasião mais famosa foi, em 2010, quando ele eliminou Totti e De Rossi no intervalo de um clássico em que a Roma estava perdendo por 1 a 0, e que posteriormente se recuperou e venceu.

No domingo, mais uma vez, seus instintos foram justificados. Ainda não tinham passado 10 minutos quando Pellegrini recebeu um cruzamento de Alexis Saelemaekers, ganhou espaço na entrada da área e rematou de lado para o canto superior. Seu primeiro Série A gol desta temporada, no jogo que sempre mais importa.

Guia rápido

Resultados da Série A

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Fiorentina 0-3 Nápoles, Lecce 0-0 Génova, Monza 1-2 Cagliari, Roma 2-0 Lazio, Turim 0-0 Parma, Veneza 1-1 Empoli, Verona 0-0 Udinese

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Em poucos instantes, a Roma aumentou a vantagem, com Saelemaekers marcando na segunda tentativa, no final de uma pausa relâmpago. Tínhamos visto vislumbres deste estilo contra o Milan, os Giallorossi montando combinações devastadoramente habilidosas no contra-ataque, as dispensas de Artem Dovbyk e as corridas que as acompanharam abrindo espaço para Dybala levar a bola direto para o centro da defesa.

A Lazio melhorou, mas tarde demais para se recuperar. Terminou 2 a 0 para a Roma, mantendo o recorde perfeito de Ranieri de sempre vencer o Derby della Capitale: cinco vezes em cinco.

Pellegrini, que beijou o distintivo da camisa após marcar, deixou o campo sob aplausos dos torcedores que nem sempre o apoiaram. No final, ele passou por baixo da Curva Sud e pegou uma bandeira emprestada dos Ultras. Um momento simbólico – a palavra italiana para bandeira, bandeiraé usado como uma abreviatura no léxico do futebol para um jogador que personifica o espírito de um clube.

Poderia ser o início de um novo capítulo para Pellegrini? Talvez seja melhor não nos precipitarmos. Um golo é apenas um golo, e o derby – como os treinadores estão sempre ansiosos por nos lembrar – é um jogo em si. A Roma, mesmo depois desta vitória, continua em 10º.

Certamente, porém, este pareceu um momento de cura. “Agora somos uma equipe”, disse Ranieri quando questionado se achava que sua equipe havia encontrado sua identidade tática. “Sabemos manter as distâncias certas, o que é tão importante… Agora precisamos mostrar que estamos aqui, que conseguimos atravessar a noite escura. Precisamos começar a ver o sol.”



Leia Mais: The Guardian

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Mãe solo largou tudo para cuidar de filho com paralisia cerebral e pede amparo para se manter. Ajude na vaquinha

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A mulher salva o amigo, que afundava numa areia movediça e no meio do pânico, Mitchell e Breanne, descobrem que se amavam há tempos, nas nunca revelaram. - Foto: Arquivo Pessoal/Breanne Sika

A vida da Andreia mudou completamente depois que perdeu a mãe e precisou parar de trabalhar para cuidar do filho. Mãe solo do Renato, um jovem de 20 anos com paralisia cerebral. Há três meses ela vive para cuidar do filho e manter a casa com o pouco que tem, em Rio Claro (SP).

Renato é totalmente dependente. Precisa de ajuda para comer, tomar banho, se locomover, ir ao médico e para todas as atividades do dia a dia. E é Andreia quem faz tudo isso sozinha, sem rede de apoio, sem cuidador e sem descanso. A única renda da família hoje é o benefício do LOAS, que Renato recebe.

Mas o valor não é suficiente para cobrir despesas básicas como fraldas, alimentação especial, medicamentos e as contas da casa. É por isso que uma vaquinha foi criada para ajudar a Andreia a manter o essencial. Ela está tentando vender o único bem que tem, a casa da mãe, para sobreviver com o Renato.

Largou tudo pelo fio

Andreia é fisioterapeuta e trabalhava com idosos em atendimento domiciliar. Era assim que sustentava a casa antes de perder a mãe, que além de apoio emocional era também uma ajuda financeira importante. Com a perda da mãe e a rotina intensa de cuidados com o filho, ela precisou abrir mão da profissão.

A escolha não foi fácil, mas foi necessária. Sem ninguém para ficar com o filho, ela não consegue sair de casa para trabalhar. E pagar uma cuidadora, financeiramente está completamente fora de cogitação.

“Eu tenho um irmão, que mora longe, mas infelizmente ele vive com dificuldades e não pode ajudar também. Hoje dependo de doações para tudo”, disse Andreia em entrevista ao Só Notícia Boa.

Veja outras histórias do SVB:

Como ajudar

Como Andreia precisa de apoio financeiro até conseguir vender a casa e ter uma reserva de dinheiro para pagar uma cuidadora e poder voltar a trabalhar, a vaquinha vai ajudar neste momento difícil.

O valor será para a compra de fraldas, alimentação e tudo que o Renato precisar neste momento.

Quem nos trouxe essa história foi a assistente social Sônia Mantovani, que ajuda família em Rio Claro (SP), onde a mãe e o filho moram.

Doe pelo Pixe-mail:

renato@sovaquinhaboa.com.br

ou pelo site do Só Vaquinha Boa, clicando aqui.

Todos os pagamentos são seguros e verificados.

Assista ao vídeo da Andreia e do Renato:



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SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster, afirma ministro da Saúde; vídeo

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Em breve, os brasileiros poderão se imunizar de graça contra uma doença silenciosa, muito dolorida, que atinge principalmente, quem tem mais de 50 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai incluir a vacina contra herpes-zóster na lista de prioridades. A notícia boa foi dada esta semana pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Atualmente, a vacina é oferecida apenas nas unidades privadas – em duas doses –  e custa, em média, R$ 800. O pedido para a inclusão da vacina foi feito diretamente ao ministro durante audiência na Comissão de Saúde na Câmara, por uma deputada que teve a doença.

“É uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no Sistema Único de Saúde. A gente pode fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação de receber essa vacina. Pode contar conosco”, afirmou Padilha.

Experiência dolorosa pessoal

O apelo partiu da deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que ficou cinco dias internada em Goiânia, por uma crise causada pelo vírus que provoca herpes-zóster. Com dores pelo corpo, sentindo a pele queimar, ela disse que foi uma experiência muito dolorosa.

“Passei por essa doença recentemente e senti na pele o quanto ela é dolorosa, perigosa e pode deixar sequelas graves. Por isso, sei o quanto é fundamental garantir acesso à prevenção e à informação, especialmente para quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.

As sequelas mais graves da doença podem provocar lesões na pele, cegueira, surdez e paralisia cerebral, por exemplo. Estudos indicam que os casos aumentaram 35% após a pandemia de Covid-19

Leia mais notícia boa

A doença herpes-zóster

Só em 2023, mais de 2,6 mil pessoas foram internadas com o diagnóstico da doença no Brasil.

O herpes- zóster, chamado popularmente como “cobreiro”, é infeccioso. A doença é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora.

A crise gera erupções na pele, febre, mal-estar e dor intensa fortes nos nervos.

Em geral as pessoas com baixa imunidade estão mais propensas.

Vai SUS!

A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde

A promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi registrada:



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Anvisa aprova medicamento que pode retardar Alzheimer

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Anvisa aprovou o Kinsula, primeiro medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer. Já provado nos EUA, ele é da farmacêutica Eli Lilly. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma notícia boa para renovar a esperança de milhares de brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento internacional para tratar o Alzheimer.

Indicado para o estágio inicial da doença, o Kisunla (donanemabe) é fruto de mais de três décadas de pesquisa. Em testes, o medicamento retardou em até 35% o avanço da doença em pacientes com sintomas leves.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe foi aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024. No Brasil, a aprovação foi divulgada nesta terça-feira (22). O Kisunla é injetável e deve ser administrado uma vez por mês.

Como funciona

A principal função do fármaco é remover as chamadas placas amiloides, os acúmulos anormais de proteínas no cérebro.

São esses acúmulos que atrapalham a comunicação entre os neurônios e estão associados ao surgimento e à progressão da doença.

Nos testes clínicos, o remédio conseguiu eliminar até 75% das placas após 18 meses de tratamento.

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Quem se beneficia

O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.

Por outro lado, o Kisunla não é recomendado para quem usa anticoagulantes ou sofre de uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral.

Também há restrições para pacientes que não possuem uma variante específica do gene ApoE ε4.

Em comunicado à imprensa, Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil, comemorou a aprovação pela Anvisa:

“Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas.”

Estudo clínico

A avaliação para a aprovação foi feita a partir de um estudo clínico de 2023. Ao todo, a pesquisa envolveu 1.736 pacientes de 8 países com Alzheimer em estágio inicial.

Aqueles que receberam o Kisunla tiveram uma progressão clínica da doença menor em comparação aos pacientes tratados com o placebo.

Segundo a Anvisa, assim como qualquer outro remédio, o medicamento vai continuar sendo monitorado.

Disponível em breve

Apesar da aprovação, o Kisunla ainda não está disponível nas farmácias.

Para isso, é preciso esperar o medicamento passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O processo pode levar semanas ou até meses.

Nos Estados Unidos, o tratamento com o fármaco custa por volta de US$ 12.522 por 6 meses e US$32.000 por 12 meses, aproximadamente R$ 183.192 na cotação atual.

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. - Foto: Getty Images/Science Photo Libra

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. – Foto: Getty Images/Science Photo Libra



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