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PF já ouviu 10 pessoas sobre atentado em Brasília – 19/11/2024 – Poder

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Caio Crisóstomo

A Polícia Federal finalizou nesta segunda-feira (18) a fase de depoimentos de testemunhas sobre o atentado na praça dos Três Poderes, em Brasília. Foram ouvidas ao menos dez pessoas que teriam tido algum tipo de relação com Francisco Wanderley Luiz, 59, que se explodiu na última quarta-feira (13).

Os investigadores da PF aguardam a conclusão das perícias que estão sendo realizadas no trailer alugado por Francisco há três meses do atentado. No interior do espaço, havia explosivos.

Os peritos também se debruçam sobre informações do veículo do autor do atentado que foi incendiado próximo a um dos anexos da Câmara dos Deputados. O automóvel foi incendiado ao lado do trailer, no mesmo dia do ataque em frente ao STF.

Os agentes apreenderam celulares de Francisco e outros eletrônicos, como um notebook e pendrives.

A PF pediu a quebra do sigilo fiscal, bancário e telemático de Francisco. Segundo investigadores ouvidos pela Folha, o ministro do STF Alexandre de Moraes já teria autorizado as quebras em uma decisão na noite de segunda, mas a corte não confirmou.

Com a permissão para acessar os dados de Francisco, a PF vai buscar mensagens e movimentações bancárias que possam indicar se houve participação de terceiros.

Desde da última quinta (13), os policiais da divisão de combate ao terrorismo da PF ouviram os depoimentos dos dois seguranças do STF e de um policial militar —eles foram os primeiros a chegar na ocorrência. Foi ouvido também o dono da loja de fogos de artifício onde Francisco fez uma compra de mais de R$ 1.500.

Antes de realizar o atentado, Francisco estava hospedado em um imóvel em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. Os investigadores ouviram a mulher que administrava o local e a proprietária da kitnet alugada por ele.

Na residência, horas depois do atentado, os policiais encontraram mais explosivos. Havia uma bomba em uma gaveta —uma armadilha para os policiais, na visão do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Na quinta, mesmo após as detonações, ainda era possível identificar uma caixa de rojões na pia do quarto minúsculo. O autor deixou uma mensagem no espelho do banheiro.

A PF já ouviu a ex-mulher de Francisco. Ela se encontra internada depois de ter a casa incendiada — os policiais suspeitam que ela própria tenha ateado fogo. Em depoimento na quinta (14), disse que o plano do autor do atentado seria matar Moraes.

A equipe de investigação também ouviu um dos filhos do homem que se explodiu, segundo pessoas familiarizadas com o caso. Ele viajou até Brasília para liberação do corpo do pai.

Um morador de rua que morava perto do trailer, estacionado próximo do anexo 4 da Câmara, também depôs aos policiais federais. O proprietário que alugou o veículo para Francisco prestou esclarecimentos sobre a locação.

Francisco passou longas temporadas em Brasília e visitou prédios públicos de Brasília antes de colocar em prática o atentado a bomba no qual se explodiu na noite de quarta (13).

A Câmara dos Deputados informou que, antes do atentado, Francisco entrou pela manhã no anexo 4. Ele chegou às 8h15, foi ao banheiro e logo depois saiu. Usava calça jeans, chinelo, camiseta e chapéu — um vestuário diferente do que trajava no momento do atentado.

Dias antes de atirar os explosivos na praça dos Três Poderes, ele se desfez de objetos, disse que iria embora da capital federal quando fizesse o que precisava e prometeu que uma nota de US$ 1 assinada por ele teria valor no futuro.



Leia Mais: Folha

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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