NOSSAS REDES

MUNDO

Polícia de Amsterdã acusa quatro após ataque a torcedores de futebol israelenses | Holanda

PUBLICADO

em

Senay Boztas in Amsterdam

As autoridades divulgaram detalhes do 62 pessoas presas após ataques violentos aconteceu perto da partida de futebol entre o Ajax de Amsterdã e o Maccabi Tel Aviv na noite de quinta-feira.

Violência após o jogo – descrita pela prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, como “ataques de bater e fugir” contra Maccabi Tel Aviv apoiantes por “meninos em scooters” – provocou horror internacional.

O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, esteve entre os que condenaram o que chamou de “violência antissemita contra os israelitas”, enquanto o presidente dos EUA, Joe Biden, qualificou os ataques de “desprezíveis” e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, comparou o incidente a Kristallnacht, o pogrom sancionado pelo Estado na Alemanha nazista em 1938, no qual cerca de 91 judeus foram assassinados.

O chefe da polícia de Amsterdã, Peter Holla, disse que houve “incidentes de ambos os lados”, começando na noite de quarta-feira, quando torcedores do Maccabi arrancaram uma bandeira palestina da fachada de um prédio no centro da cidade, gritaram “foda-se, Palestina” e destruíram um Táxi.

Os holandeses Ministério Público confirmou que 62 pessoas foram presas na quinta-feira. Estas detenções foram feitas antes e durante o jogo do Ajax, que começou às 20h locais. Geert Wilders, líder do Partido da Liberdade, de extrema direita, cujo partido faz parte da coligação governamental holandesa, disse estar “sem palavras” pelo facto de aparentemente não terem sido feitas quaisquer detenções após o jogo.

Halsema e os chefes da polícia holandesa e do Ministério Público disseram numa conferência de imprensa na sexta-feira que a violência de “desordeiros e criminosos” dirigida a alguns dos 2.600 “visitantes judeus israelitas” deixou cinco pessoas no hospital e 20 a 30 com ferimentos ligeiros. Houve relatos de fogos de artifício, pessoas atiradas em canais e alguns apoiantes do Maccabi a serem solicitados a apresentar documentos de identidade para poderem regressar aos seus hotéis.

Amsterdã: prisões feitas após ataques a torcedores de futebol israelenses – reportagem em vídeo

De acordo com o Ministério Público, há quatro suspeitos ainda sob custódia, incluindo dois menores de 18 anos, “suspeitos de terem usado violência aberta durante os tumultos da última quinta-feira” e que serão apresentados ao magistrado esta semana. Dos 62 detidos, “cerca de 40” são suspeitos de desordem pública e foram multados e libertados.

Dez eram suspeitos de insulto, vandalismo ou posse de fogos de artifício ilegais e foram libertados, mas ainda são suspeitos. Dos outros 10, quatro foram multados por delitos menores, incluindo insulto, resistência à polícia, não apresentação de identidade e duas acusações foram rejeitadas devido à falta de provas. Um caso está sob investigação e três pessoas são acusadas de agressão a uma “pessoa desconhecida” ou à polícia.

No sábado, um homem de 26 anos, identificado por imagens de vídeo, foi preso sob suspeita de agressão no principal cruzamento de Spui na quinta-feira. Polícia entretanto, fizeram um apelo público à obtenção de imagens e apelaram a todos os envolvidos para se entregarem.

A capital holandesa e o subúrbio vizinho de Amstelveen estão em estado oficial de emergência. As manifestações foram proibidas, a segurança foi reforçada nos edifícios judaicos e a polícia tem direitos adicionais para parar e revistar.

Uma marcha pró-Palestina foi interrompida por causa da proibição no domingo. Centenas de manifestantes desafiaram a proibição de se reunirem na praça Dam, na capital holandesa, gritando exigências pelo fim da violência em Gaza e pela “Palestina Livre”, antes da chegada da polícia.

O chefe da polícia local, Olivier Dutilh, disse ao tribunal no domingo que a proibição ainda era necessária, já que incidentes anti-semitas também teriam ocorrido na noite de sábado, informou a estação de TV local AT5.

Os organizadores do protesto disseram em uma mensagem no Instagram que ficaram indignados com o “enquadramento” da agitação em torno da partida como antissemita e chamaram a proibição do protesto de draconiana. “Recusamo-nos a permitir que a acusação de anti-semitismo seja transformada em arma para suprimir a resistência palestina”, disseram.

Na sexta-feira e no sábado, foi evidente uma grande presença policial, com carrinhas da polícia de choque a circular em comboio e estacionadas junto a hotéis e na Praça Dam – um local frequentemente utilizado para manifestações. Voos extras levaram visitantes israelenses para casa, com alguns dizendo que eles haviam empregado redes locais para elevadores em vez de táxis.

A condenação rápida e feroz do governo holandês surge num momento de maior escrutínio sobre o papel das autoridades do país durante a Segunda Guerra Mundial. Três quartos da população judaica dos Países Baixos – muitos deles oriundos de Amesterdão – foram assassinados pelos nazis: o pior registo na Europa Ocidental. Os serviços de bonde da cidade e de trem holandês cobravam dos nazistas o transporte de judeus a caminho dos campos de extermínio. Espera-se que seja publicado em breve um projecto de investigação oficial sobre a cumplicidade das autoridades de Amesterdão durante a ocupação.

Na noite de sábado, aniversário da Kristallnacht, a organização judaica anti-sionista Erev Rav e a Plataforma Stop Racisme en Fascisme organizaram uma conferência de imprensa num memorial à resistência dos cidadãos judeus mortos entre 1940 e 1945. Lá, o presidente do Erev Rav, Yuval Gal, alegou que a agressão dos adeptos do Maccabi não tinha sido levada suficientemente a sério pela polícia holandesa.

Na coletiva de imprensa de sexta-feira, Holla disse que os acontecimentos da noite de quarta-feira precederam a violência de quinta-feira. “Apoiadores do Maccabi pegaram uma bandeira de um prédio e destruíram um táxi, e na praça Dam a bandeira palestina foi incendiada”, disse ele. Ele disse que um confronto com motoristas de táxi, que pareciam ter sido chamados online para mobilização e reunidos no Holland Casino, onde havia 400 apoiadores israelenses, foi neutralizado.

Um vídeo de mídia social verificado pela Reuters mostrou torcedores do Maccabi disparando sinalizadores e gritando “olé, olé, deixe as IDF vencerem, vamos foder os árabes”, referindo-se às Forças de Defesa de Israel. O chefe da polícia disse que uma grande multidão de apoiantes do Maccabi se reuniu na praça Dam na hora do almoço de quinta-feira e que houve “lutas de ambos os lados”.

Halsema acrescentou: “Nosso comissário descreveu o que aconteceu na quinta, quarta à noite, antes de tudo explodir. Mas quero deixar claro. Estamos (conscientes) em Amesterdão de que pode haver tensões. Há muitas manifestações e protestos… E, claro, estão relacionados com a situação no Médio Oriente e com a guerra em curso em Israel e na Palestina. Mas o que aconteceu (na quinta-feira) à noite não é um protesto. Não tem nada a ver com protesto ou manifestação. Foi um crime.”

Reuters contribuiu para este relatório



Leia Mais: The Guardian

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO

em

O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

Leia mais notícia boa

Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO

em

Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

Leia mais notícia boa

A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO

em

O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

Leia mais notícia boa

Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

//www.instagram.com/embed.js



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MAIS LIDAS