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Poluição do ar na capital do AC está seis vezes acima do aceitável pela OMS, apontam sensores

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Plataforma que reúne dados de sensores em todo o estado mostra que os índices se mantêm acima do considerado preocupante, e exposição acima de 24 horas traz riscos. Número de queimadas para o mês de julho foi o maior em oito anos, e bombeiros atenderam mais de 2 mil ocorrências naquele mês.
Foto: Capital acreana está com muita fumaça na manhã desta quinta-feira (15), apontam sensores — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica.
Segundo dados da plataforma Purple Air, que reúne dados de sensores instalados em todo o estado, as medições se mantêm acima do considerado preocupante na maioria das cidades do Acre. Ainda de acordo com o monitoramento, o índice em Rio Branco chegou a 99 µg/m3 na manhã desta quinta-feira (15).
🚨 Conforme o monitoramento, índices acima de 250 µg/m3 são classificados como alerta para emergência em saúde, com probabilidade de afetar toda a população em 24h de exposição.
A exposição à poluição atual acima de 24h traz riscos ao público em geral e os grupos sensíveis podem sofrer efeitos mais graves para a saúde.
De acordo com o site Purple Air, de 55-150µg/m³ público em geral pode sofrer efeitos à saúde após 24 horas de exposição. Os grupos sensíveis, podem sofrer efeitos mais graves para a saúde.
Com o medidor instalado no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac), a capital acreana oscilou durante toda a manhã desta quinta, entre 67 e 99 µg/m3. Ambos os índices estão muito acima do aceitável, oferecendo riscos à população vulnerável pela exposição acima de 24h.
Até as 10h desta quinta, a cidade de Brasiléia também apresentava um número muito acima do considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com 88 microgramas de partículas por metro cúbico (µg/m3). A OMS considera aceitável 15 µg/m3.
Outros municípios aparecem com poluição acima do aceitável: Cruzeiro do Sul (32µg/m3), Porto Acre (56µg/m3), Santa Rosa do Purus (22µg/m3), Assis Brasil (59µg/m3), Sena Madureira (55), Brasiléia e Epitaciolândia (24) e Manoel Urbano (56). Os demais municípios não constam com monitoramento na plataforma.
Os índices constatados pela plataforma são atualizados em tempo real e alteram com o passar das horas.
O professor Willian Flores, da Universidade Federal do Acre (Ufac), doutor em Ciências de Florestas Tropicais que a média para esta quinta está acima de 60µg/m3. “Considerando a média das últimas 24 horas, está em 61µg/m3, o que é um valor bem alto, bem acima do que recomenda a Organização Mundial de Saúde”, comenta.
O professor explica que o período seco e a cultura de queimadas na região norte, contribuem para a piora na qualidade do ar. “Existe na Amazônia um cultura de queima da biomassa, e geralmente você tem efeitos de limpeza que acontece nos quintais, dentro da própria cidade. Quando a gente chega nessa época, a gente tem um efeito que é regional, nós temos queimadas na Amazônia inteira, e os ventos fazem uma homogeneização dessa fumaça e isso cobre praticamente a Amazônia. Tem uma imagem de ontem que há várias colunas de fumaça vindo do sul do Pará, de Rondônia e as queimadas locais contribuem para esse efeito que você está vendo, para esse valor que está sendo diagnosticado pelo sensor em termos de material particular”, afirma ele.
Focos de incêndio aumentaram quase 200% em relação ao ano passado no Acre
Com o aumento das queimadas, a população fica exposta a poluentes por períodos prolongados, e é exatamente isso que traz efeitos à saúde. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação atendeu 2.227 ocorrências relacionadas a focos de calor no último mês, sendo o maior índice nos últimos três anos.
“Já percebemos que crianças e idosos são fortemente afetados. As pessoas que fazem tratamento de saúde já começam a não ter uma resposta adequada a esses tratamentos. Então, mesmo jovens passam a se sentir mais cansados nesse período, mesmo sem estar sob uma condição de esforço físico. Isso é reflexo justamente dessa poluição atmosférica”, ressaltou em entrevista à Rede Amazônica Acre.
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Capital acreana está coberta de fumaça nesta quinta-feira (15) — Foto: Vitória Guimarães/Rede Amazônica
Queimadas em julho
O Acre teve o maior número de queimadas no mês de julho em oito anos com 544 focos detectados até o dia 30 de julho, de acordo com o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O mês acumula a maior quantidade de queimadas no ano.
Os registros do ano, entre janeiro e o dia 30 de julho, somam 10% do total de 2023, já que no ano passado foram 6.562 focos detectados.
Com o índice, o estado é o 15º em todo o país e o 6º da região Norte, na frente apenas do Amapá. O número também é a terceira maior marca da série histórica iniciada em 1998.
Em 2023, o mês de julho acumulou 212 focos de queimadas no Acre. Ou seja, o estado teve um aumento de 156% no mês em um ano.
O índice preocupa principalmente por conta da tendência de aumento que o levantamento mostra a partir do mês de agosto.
No monitoramento do Inpe, em 19 dos 25 anos pesquisados, a quantidade de queimadas ficou acima de 1 mil focos no oitavo mês do ano. Em 2023, o número ficou em 1.388 naquele mês.
De junho a julho, o número de queimadas também teve aumento. Nos últimos 30 dias, o salto foi de 438%, saindo de 101 focos.
Naquele mês, o Acre também registrou aumento em relação ao ano anterior, já que em junho de 2022 foram 31 focos registrados.
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Governo do Acre e parceiros homenageiam mulheres que se destacam na gestão e na economia do estado

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25 de março de 2025
Jairo Carioca
Em noite repleta de celebração e reconhecimento, o governo do Acre, por meio das secretarias de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) e de Empreendedorismo e Turismo (Sete), em parceria com a Federação das Indústrias do Acre (Fieac), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AC), a Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa) e o Conselho de Mulheres Empreendedoras (Cemec), homenageou, nesta segunda-feira, 24, em Rio Branco, mulheres que se destacam no cenário econômico e social do estado.
O evento reuniu empreendedoras que, com suas trajetórias inspiradoras, têm contribuído para o crescimento da economia local. Por meio do projeto Mulheres que Transformam, as homenageadas compartilharam experiências e desafios enfrentados em suas jornadas empreendedoras, promovendo a troca de ideias e fortalecendo suas conexões sociais e empresariais.
Representando o poder público, foram homenageadas as secretárias de Estado Márdhia El-Shawwa (Secretaria da Mulher) e Nayara Lessa (Secretaria de Comunicação); a comandante-geral da Polícia Militar (PMAC), coronel Marta Renata Freitas; a presidente do Procon/AC, Alana Albuquerque; e a primeira-dama de Rio Branco, Kelen Rejane Nunes.
Da classe das empresárias, Raimunda Holanda, presidente do Sindicato da Indústria de Confecções do Estado do Acre (Sincon), foi uma das homenageadas: “Me sinto muito honrada de participar deste evento e, em nome das mulheres empreendedoras, agradeço ao governo do Acre e ao movimento Mulheres que Transformam, pelo reconhecimento do nosso trabalho”.

Em sua fala, o titular da Seict, Assurbanipal Mesquita, destacou a importância do evento: “O objetivo é reconhecer e homenagear aquelas que, com suas iniciativas e liderança, têm contribuído significativamente para o desenvolvimento econômico e social do Acre. Por determinação da vice-governadora Mailza Assis, esse movimento será levado aos municípios do estado, descobrindo novos talentos e fortalecendo as economias regionais”.

O titular da Sete, Marcelo Messias, reforçou a relevância da participação feminina nas lideranças, mencionando que 80% das chefias em sua pasta são ocupadas por mulheres. “Eu venho de uma família comandada por mulher, e é uma honra estar neste evento. Vamos celebrar o Mês das Mulheres, que ainda não terminou, e reconhecer as inúmeras contribuições que elas trazem para a nossa sociedade”, afirmou.
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Governo do Acre leva vestuário social para indígenas da fronteira do Brasil com Bolívia e Peru

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25 de março de 2025
Jairo Carioca
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), levou o programa Vestuário Social para as aldeias indígenas Três Cachoeiras, dos Patos, Liberdade e Boa Floresta, localizadas no município de Assis Brasil, na tríplice fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru, na região do Alto Acre. Foram mais de 400 peças doadas.
A ação é promovida também pela Empresa Brasileira de Correios e pela Receita Federal e a missão se deu parceria com a Defesa Civil do Estado, durando três dias, dado o difícil acesso até chegar às aldeias.
De Rio Branco a Assis Brasil, foram 341 km por terra. Depois, a viagem foi feita em pequenas embarcações. Para a chefe do Departamento de Acolhimento Social da SEASDH, Nágila Rocha, a iniciativa é fundamental para promover a dignidade e a inclusão social dos povos indígenas. “A distribuição de vestuário social é uma determinação da nossa secretária e vice-governadora Mailza, e visa não apenas atender uma necessidade básica, mas também valorizar a identidade cultural dessas comunidades”.

A partir de Assis Brasil, as equipes percorreram cerca de 35 km pelo Rio Acre até chegar à Terra Indígena Mamoadate, na Aldeia dos Patos, onde vivem os Manchineri, na fronteira com o Peru. “É gratificante ver a alegria no semblante de cada beneficiado pelo programa”, afirmou a assistente social da SEASDH, Tamires Caroline Silva.
O cacique Raimundo Batista Jaminawa, da Aldeia Boa Floresta, agradeceu o trabalho do governo do Estado em benefício das comunidades indígenas que habitam na região do Alto Rio Acre. “É muito bom receber essas roupas, o povo indígena agradece o governo, à dona Mailza”, afirmou.
Fortalecendo as relações institucionais, os oficiais do Corpo de Bombeiros, comandados pelo coronel James Bezerra Gomes, fizeram manutenção no Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Acre na região.
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Gestores da Sema e Imac debatem licenciamento online e compensação ambiental em audiência pública promovida pela Aleac

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25 de março de 2025
Ana Thaís Cordeiro
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), participou na segunda-feira, 24, da audiência pública que tratou sobre a implementação do licenciamento ambiental online e a compensação ambiental no estado promovida pela Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).
A audiência, requerida pelos deputados estaduais Eduardo Ribeiro, Pedro Longo e Edvaldo Magalhães, reuniu gestores, técnicos e representantes da sociedade civil organizada para debater os benefícios da digitalização do licenciamento ambiental, ação que permite agilizar os pedidos de concessão de autorizações ambientais e dar maior transparência ao processo.
Outro ponto do debate tratou sobre a compensação ambiental, mecanismo que obriga as empresas a investirem em ações de preservação para mitigar impactos causados por suas atividades e garantir que os recursos oriundos desse mecanismo sejam aplicados de forma eficiente na conservação da biodiversidade acreana.
O secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, falou sobre a importância da compensação ambiental, destacou a existência de mecanismos já existentes, mas atentou para a necessidade de investimentos.

“A compensação é uma alternativa viável para produtores que precisam ajustar sua regularização ambiental, possibilitando negociações com proprietários que possuem áreas excedentes de reserva legal. Já contamos com o Programa de Regularização Ambiental (PRA), que atende pequenos produtores, facilitando a recuperação ambiental”, destacou.
O presidente do Imac, André Hassem, falou sobre os avanços na digitalização do licenciamento ambiental no estado, seus benefícios, e anunciou a implementação do formato digital do sistema para o mês de maio.

“Estamos trabalhando há cerca de um ano no novo sistema de licenciamento do estado, e, com a implementação da parte online, nossa previsão é que, até maio, todos os processos sejam feitos digitalmente. Além da diminuição da burocracia, é necessário atender melhor ainda nossos irmãos pecuaristas, agricultores, o pequeno homem do campo”, afirmou.
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