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Por que me candidato à presidência da OAB-RJ

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6 meses atrásem
Eu sempre me incomodei com as desigualdades, com a falta de oportunidades, com injustiças, esses sentimentos me acompanham desde a minha formação. Quando iniciei na profissão, vivenciei os desafios de quem está começando, as dores de quem vive da profissão e percebi a responsabilidade de carregar sobre os meus ombros os problemas e temores dos meus clientes. No dia a dia, eu entendi que somos o anteparo daqueles que nos escolhem para sermos seus defensores, mas quem seria o nosso? Iniciei a minha jornada na Ordem dos Advogados e percebi que ela deve ser parceira de cada advogada e advogado, da capital, do interior, de cada município e defendê-lo, proporcionar a cada um dos colegas, sem qualquer distinção, ferramentas para que ingresse e se mantenha no mercado, para que se sinta valorizado, para que seja respeitado e se sinta parte da própria instituição.
Marcello Oliveira é candidato a presidente da OAB-RJ
A advocacia é a espinha dorsal da justiça, é ela que garante o respeito e observância dos direitos fundamentais e da dignidade humana, é ela que revela os nomes e rostos por trás dos números que categorizam os processos no Judiciário. É a advocacia que abre as portas dos fóruns e viabiliza o acesso à Justiça.
Diante de um cenário crônico de desrespeito à advocacia, de ameaças constantes à nossa dignidade profissional que acabam por impor severas barreiras aos advogados, é preciso lutar e garantir liberdade e independência a todos os advogados e advogadas do nosso estado.
É necessário pensar em projetos efetivos, dar voz e ouvir quem vive realmente da advocacia, conhecer as particularidades de cada um dos advogados do Rio de Janeiro para que, sem qualquer receio de ficar numa posição desconfortável, combater com rigor a precarização dos honorários, as deficiências no funcionamento do Judiciário e a exclusão de grupos historicamente marginalizados, somos frequentemente desrespeitados.
Decidi me candidatar à presidência da OAB-RJ com um propósito claro: devolver a OAB à advocacia, devolver aos advogados de todo o Rio de Janeiro o respeito, a dignidade e as oportunidades de desenvolvimento que nossa profissão merece e resgatar a credibilidade que ficou no passado.
Tenho ao meu lado Angela Kimbagu, candidata à vice-presidente, para fazermos com toda a advocacia fluminense a “Reviralvolta” na Ordem dos Advogados, no mercado de trabalho e no sistema de justiça. Nosso compromisso é trazer uma verdadeira renovação, uma transformação na Ordem, colocando a OABRJ como protagonista na luta por melhores condições de trabalho para toda advocacia.
Nossos principais pilares de atuação, que apresento a seguir, demonstram o quão abrangente é nosso plano para transformar a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro numa entidade para servir a toda a advocacia, estes são os papeis da Ordem: servir, se importar e agir sempre em prol da advocacia.
1. Valorização dos honorários
Nossa luta começa pela valorização dos honorários, essencial para o reconhecimento e dignidade do trabalho jurídico. Um dos primeiros passos será a criação de um Observatório da Justiça, destinado a monitorar juízos que negam, sem justificativa, a aplicação de danos morais. Esse acompanhamento se dará por meio de ferramentas de jurimetria, assegurando que decisões prejudiciais sejam contestadas de forma técnica e fundamentada. Além disso, defenderemos a revisão, atualização e adequação da tabela de honorários à realidade da advocacia fluminense para que ela inclua procedimentos inexistentes, como audiências de custódia, e reflita a realidade financeira da advocacia.
Vamos implementar o selo “Melhores Lugares para Trabalhar”, para destacar empresas que promovem equidade entre homens, mulheres e advogados negros. Em contrapartida, propomos que empresas que não respeitam a tabela de honorários mínimos sejam expostas publicamente, permitindo que a advocacia se distancie de quem a desvaloriza. Com um mapa de oportunidades e feiras de empregos recorrentes, ajudaremos advogados, especialmente aqueles em início de carreira, a se conectarem com empregadores que respeitam nossa profissão.
2. Redução da anuidade
Entendemos que muitos advogados enfrentam dificuldades para arcar com a anuidade da OAB-RJ. Para aliviar essa carga, reduziremos a anuidade em 10% já no primeiro ano de gestão, e seguiremos com reduções gradativas nos anos subsequentes. Estagiários e jovens advogados terão um desconto escalonado, começando em 50%. Ofereceremos ainda descontos permanentes para mães de crianças atípicas e para advogados com deficiência (PCD), considerando o impacto das condições de cada um no exercício profissional.
Além disso, criaremos programas que acolham advogados inadimplentes em situação de vulnerabilidade, facilitando o pagamento da anuidade e oferecendo condições de negociação adequadas para que regularizem sua situação junto à OAB/RJ. Com uma Câmara de negociação permanente, incentivaremos a regularização financeira desses profissionais.
3. Contestação das custas e Taxa Judiciária
Outro grande desafio é o impacto das custas judiciais e taxas cartorárias, que restringem o acesso à justiça. Propomos a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Custas para investigar e contestar esses valores. Formaremos também uma força-tarefa dedicada a avaliar em detalhes as custas e taxas judiciárias, propondo soluções reais, tanto judiciais quanto extrajudiciais.
Nossa meta é simplificar o processo de recolhimento de custas, criando um sistema mais prático e transparente. Uma campanha de conscientização pública ajudará a esclarecer à sociedade o impacto dessas taxas no acesso à justiça, enquanto acompanhamos de perto projetos de lei na ALERJ para evitar aumentos injustos.
4. Enfrentamento da advocacia de lobby e uso político da OAB
Infelizmente, a OAB tem sido usada como trampolim político, e é urgente mudar essa realidade. Nossa chapa se compromete a enfrentar o uso político da instituição e a prática da advocacia de lobby; a Ordem precisa ser de toda a advocacia e não apenas de alguns. Defendemos a eleição direta para o Quinto Constitucional, um processo mais democrático e transparente; toda a advocacia fluminense deve participar do processo de escolha do advogado que se tornará membro do Judiciário. Chega de apadrinhamentos e amadrinhamentos.
Dentro da OAB, promoveremos campanhas de conscientização para uma atuação ética, além de rejeitar prêmios pessoais do Judiciário durante o mandato, reafirmando nosso compromisso com o interesse coletivo.
5. Capacitação da advocacia
A capacitação contínua é essencial para o desenvolvimento profissional de quem está chegando e também daqueles que já possuem experiência ou que querem migrar para outra área de atuação. Por isso, ofereceremos cursos práticos, de precificação de honorários, marketing jurídico e gestão de escritórios, além de criar uma Residência Jurídica para advogados em início de carreira. Promotores, Defensores, Magistrados, Delegados vivenciam a prática desde o início e a advocacia também terá esta oportunidade. Ampliaremos a presença da OAB nas universidades, oferecendo programas de estágio e orientação profissional para estudantes, com foco nas comunidades mais carentes.
Convênios com centros de excelência permitirão o acesso da advocacia a cursos de atualização, especialização e até pós-graduação, além de organizarmos congressos e seminários para ampliar o conhecimento e a prática dos advogados fluminenses.
6. Melhorias no funcionamento do tribunal e suporte aos advogados
Para melhorar o dia a dia dos advogados no Judiciário, propomos criar um sistema “Reclame Aqui” da advocacia, onde problemas e deficiências no Judiciário poderão ser reportados com segurança e sem receio de eventuais perseguições. Fortaleceremos a cooperação entre a OAB e o Judiciário, formando câmaras interinstitucionais permanentes para planejar ações que simplifiquem processos, como a emissão automática de guias de recolhimento: a advocacia já suporta ônus demais e o tempo dos colegas precisa ser valorizado.
7. Customização dos serviços da OAB-RJ
A OAB-RJ precisa se modernizar, e faremos isso através do projeto OAB 4.0, focado na virtualização de serviços. A prioridade será a implementação do processo eletrônico e a redução dos preços dos serviços para estagiários e jovens advogados. Parcerias com legaltechs trarão inovações, incluindo uma plataforma gratuita de gestão de processos e controle de prazos. Para os advogados mais experientes, programas de inclusão digital garantirão que todos tenham acesso ao suporte necessário para adaptar-se ao mundo digital.
8. Inclusão e diversidade
Nossa gestão lutará pela inclusão de mulheres, jovens, negros e advogados PCD em posições de liderança na OAB. Para garantir igualdade de tratamento, propomos criar um Protocolo de Gênero e assegurar que o Judiciário o aplique em suas decisões. Programas de acessibilidade também serão implementados em todos os espaços da OAB, adaptando inclusive os sistemas eletrônicos para advogados com deficiência.
9. Valorização da advocacia negra
Comprometidos com a inclusão racial, vamos recriar a Comissão de Igualdade Racial (CIR) e desenvolver o “Banco de Talentos da Advocacia Negra”. Esse banco dará visibilidade a advogados negros e assegurará que participem de eventos, congressos e fóruns. Vamos também implementar programas para que advogados negros possam regularizar suas anuidades, garantindo equidade no exercício profissional.
10. Defesa das prerrogativas profissionais
A defesa intransigente das prerrogativas dos advogados será um pilar fundamental da nossa gestão. Vamos fortalecer a Procuradoria de Prerrogativas e aprimorar o acesso ao sistema de inquéritos da Polícia Civil. Também defenderemos a criação de um sistema de transparência para pautas de audiências e agendas de despachos, garantindo que todos os advogados tenham direito à sustentação oral e evitando que o lobby afete a imparcialidade do processo, afinal, prestamos o mesmo juramento e não há motivo para sermos tratados de forma diferentes, uns com privilégios, outros com dificuldades.
Conclusão: um compromisso com a advocacia e a justiça social
A chapa “Reviravolta” representa a necessidade de uma transformação na Ordem. A OAB-RJ precisa deixar de ser de alguns poucos. É urgente, necessária e plenamente possível a renovação da Ordem, a advocacia fluminense precisa se sentir parte, precisa ter a sua casa de volta.
A Ordem está presa no passado e o reflexo disso é o desconhecimento pela advocacia de suas ações e os impactos no exercício profissional. A Ordem, até aqui, também se manteve silente diante de momentos decisivos, complexos; ela optou por se manter alheia, distante da advocacia a precisar se posicionar. Em outros momentos, a OABRJ preferiu a relação com o Judiciário ao enfrentamento da realidade que adoece diariamente a advocacia real, ou seja, quem advoga e (sobre)vive da advocacia.
Estamos comprometidos com o resgate do respeito da sociedade, dos órgãos e entidades ao advogado e advogada; estamos comprometidos a combater práticas que beneficiam apenas alguns e que negam oportunidade a quem advoga de verdade. Nosso compromisso é devolver a Ordem à advocacia, uma OAB que conhece cada advogado e advogada do estado, que entende o que cada um quer e precisa. Com minha experiência de quase 20 anos lutando pela implementação de projetos transformadores e o apoio de Ângela Kimbamgu, lideraremos uma OAB que respeita e dignifica, uma OAB da advocacia, sua, minha, nossa.
Se a sua advocacia não tem sido o que você espera, se você não se sente parte da própria instituição, venha fazer uma REVIRAVOLTA no próximo dia 25 de novembro. Contamos com você, com a sua vivencia, com o seu apoio, transformaremos juntos a OAB-RJ.
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
6 dias atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO
6 dias atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO
6 dias atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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