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Por que os presidiários da Califórnia são destacados para ajudar a combater os incêndios florestais em Los Angeles? | Notícias sobre a crise climática

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Centenas de presidiários da Califórnia juntaram-se aos bombeiros nos esforços para combater os incêndios florestais em curso em Los Angeles, que queimaram milhares de hectares e mataram 24 pessoas desde que eclodiram em 7 de janeiro.
As equipes de bombeiros estão correndo para apagar dois dos maiores incêndios florestais – Palisades e Eaton – antes do retorno dos ventos de alta velocidade de Santa Ana. Os ventos secos de Santa Ana soprando do interior em direção à costa alimentaram o incêndio inicial. Palisades e Eaton, que foram contidas em 13% e 27%, respectivamente, queimaram quase 40.000 acres (15.300 hectares) de terras e mais de 12.000 estruturas.
As autoridades dizem que pelo menos 16 pessoas continuam desaparecidas e mais de 100 mil pessoas foram forçadas a evacuar.
Então, por que as autoridades dependem dos presos dos muitos centros penitenciários da Califórnia para conter um dos piores incêndios florestais da história do estado? Existe previsão legal que permite sua implantação e eles estão sendo remunerados por seus serviços?
Qual o papel dos presos na resposta aos incêndios florestais na Califórnia?
As pessoas presas são um contingente das equipes que trabalham para apagar os enormes incêndios de Los Angeles. Mas o seu papel é diferente do de outros bombeiros na linha da frente.
Os presos usam uniformes laranja distintos e, em vez de usar mangueiras ou água, usam “ferramentas manuais para ajudar na supressão de incêndios” e também apoiam outros trabalhadores de emergência, o The New York Times (NYT) citou a agência penitenciária da Califórnia, o Departamento de Correções e Reabilitação, como dizendo.
Dois dias são reduzidos da pena para cada dia em que apoiam os bombeiros, de acordo com a agência penitenciária.
Além disso, o trabalho dos presidiários com os bombeiros abre caminho para possíveis oportunidades de emprego após sua libertação, incluindo treinamento avançado e eliminação de antecedentes criminais, afirma o site da agência.
Obrigado @CAGovernor por visitar os bombeiros do Programa Fire Camp do CDCR. Nossos mais de 900 bombeiros têm orgulho de trabalhar ao lado @CAL_FIRE para aumentar a resposta em LA. @CAGovernor assinou uma lei que permite que esses bombeiros tenham mais oportunidades de carreira e progresso após a soltura. pic.twitter.com/erSMNIm19h
— Correções CA (@CACorrections) 12 de janeiro de 2025
No entanto, os activistas da reforma prisional dizem que os reclusos muitas vezes não encontram trabalho no terreno após serem libertados porque o seu registo criminal permanece intacto, informou o NYT.
A Califórnia conta com bombeiros presos desde 1915, quando foi criado um programa para os presos “trabalharem em projetos significativos”, afirma a agência em seu site. Os presos foram especialmente usados para combater incêndios após a Segunda Guerra Mundial, quando muitos funcionários do corpo de bombeiros estavam esgotados, afirma a agência.
Quantos presos estão envolvidos no combate a incêndios?
Quase 950 bombeiros penitenciários já foram destacados para conter os incêndios, de acordo com o departamento penitenciário.
Eles recebem US$ 10,24 por dia, com mais por turnos de 24 horas, de acordo com o departamento. Isso é inferior ao salário mínimo da Califórnia, que é de US$ 16,50 por hora.
Os defensores da reforma prisional há muito que consideram esta prática controversa, uma vez que os reclusos recebem pouco por trabalhos perigosos e trabalhosos.
De acordo com um relatório de 2022 da União Americana pelas Liberdades Civis e da Faculdade de Direito da Universidade de Chicago, quatro bombeiros prisioneiros foram mortos e mais de 1.000 feridos enquanto trabalhavam na Califórnia durante um período de cinco anos.
Quantos bombeiros estão combatendo os incêndios florestais?
Os bombeiros da Califórnia estão liderando a batalha para conter os incêndios, trabalhando ao lado de equipes de outros estados e de alguns contingentes estrangeiros.
Quase 14.000 pessoas foram mobilizadas, juntamente com o uso de 1.400 carros de bombeiros e 84 aeronaves.
Quem mais enviou ajuda?
Bombeiros de sete estados dos EUA, Canadá e México estão se mobilizando para ajudar na crise dos incêndios florestais, juntando-se aos bombeiros de toda a Califórnia.
A mídia local informou que no sábado dois aviões transportando mais de 70 bombeiros mexicanos e seus equipamentos chegaram a Los Angeles para reforçar os esforços de combate a incêndios. O governador Gavin Newsom disse que os bombeiros mexicanos combaterão pelo menos um dos incêndios que ameaçam a área de Los Angeles.
O ministro canadense de preparação para emergências, Harjit Sajjan, anunciou via X no domingo que 60 bombeiros canadenses seriam destacados já na segunda-feira. Ele acrescentou que o governo federal está em coordenação com as províncias para fornecer recursos para a resposta.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, também compartilhou no X na noite de domingo que 150 bombeiros ucranianos “já estão preparados” para serem destacados, após críticas de Donald Trump Jr, que na quarta-feira acusou os bombeiros de Los Angeles de doarem suprimentos para a Ucrânia em vez de priorizar as necessidades locais.
Alguns proprietários ricos têm até contratado bombeiros privados para ajudar a combater os incêndios, custando milhares de dólares por dia, segundo o NYT.
O que está sendo feito para melhorar a capacidade de combate a incêndios em Los Angeles?
O Serviço Meteorológico Nacional emitiu alertas de bandeira vermelha até quarta-feira, citando condições críticas de incêndio alimentadas por ventos sustentados de 50 mph (80 km/h) e rajadas de até 70 mph (113 km/h) em áreas montanhosas.
O analista de comportamento de incêndio Dennis Burns, falando em uma reunião comunitária no domingo, disse que terça-feira deverá representar o maior risco.
O chefe dos bombeiros do condado de Los Angeles, Anthony C Marrone, anunciou a chegada de 70 caminhões-pipa adicionais para apoiar os esforços contra as chamas provocadas pela intensificação dos ventos. “Estamos prontos para o próximo evento eólico”, disse Marrone.
Autoridades disseram que o retardante de fogo implantado pelas aeronaves servirá como barreira protetora nas encostas para ajudar a conter a propagação.
O incêndio de Hurst foi contido em 89 por cento, e três outros incêndios que devastaram outras partes do condado foram agora 100 por cento contidos, de acordo com o Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia (Cal Fire).
O que pode ser feito para enfrentar os riscos futuros de incêndios florestais?
Um dos piores incêndios florestais que atingiu a Califórnia levou a um jogo de culpa política, com o presidente eleito Donald Trump acusando o governador da Califórnia, Gavin Newsom, de má gestão da água.
As autoridades também foram acusadas de má gestão e de estarem despreparadas para esta escala de incêndio, que pode causar danos estimados e perdas económicas de 135 a 150 mil milhões de dólares.
O governador Newsom ordenou uma investigação sobre por que um reservatório de 117 milhões de galões (440 milhões de litros) em Pacific Palisades não estava operacional e por que alguns hidrantes secaram durante a crise.
A chefe dos bombeiros de Los Angeles, Kristin Crowley, acusou os líderes da cidade de não conseguirem alocar fundos suficientes para os esforços de combate a incêndios e enfatizou a questão crítica da escassez de água.
“Quando os bombeiros chegam a um hidrante, esperam que haja água disponível”, disse Crowley, criticando a falta de água.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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