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Pós-eleição no RJ antecipa embate entre Paes e Bacellar – 07/11/2024 – Poder

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Italo Nogueira

O fim das eleições municipais deu a largada para a marcação de posição dos principais potenciais postulantes ao Palácio Guanabara em 2026.

Mal as urnas foram fechadas, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), trocaram farpas públicas e sinalizaram para possíveis aliados na disputa estadual.

Os dois negam publicamente a intenção de disputar o cargo daqui a dois anos, mas são os que mais se movimentaram após os resultados das urnas em outubro.

Paes tem a garantia de apoio do PT e do presidente Lula na disputa. Contudo, assim como no pleito municipal, tem como objetivo ampliar o leque de aliados. O prefeito avalia que precisa melhorar a capilaridade da sua campanha no interior, seu principal desafio.

Bacellar, por sua vez, buscou se aproximar de Jair Bolsonaro (PL) para se apresentar como opção para a família na disputa. O objetivo do ex-presidente e de seu partido é focar na eleição para o Senado, abrindo espaço para alianças nas candidaturas aos governos estaduais.

Os dois trocaram ataques publicamente dias após o primeiro turno. O prefeito comparou a atuação do deputado estadual com a de grupos mafiosos. Em resposta, o deputado o chamou de “vagabundo”, “dissimulado”, “cínico” e “menina virgem no cabaré”.

Paes tentou levar o embate para a esfera política, buscando articular uma frente contra Bacellar na disputa pelo comando da Assembleia no início do ano que vem. Ele chegou a ensaiar uma aproximação com MDB, PP e o próprio PL, bases do governador Cláudio Castro (PL).

O escândalo de infecção de pacientes por HIV após transplantes, porém, alterou o campo de movimentação de Paes. O deputado federal Doutor Luizinho (PP), que sinalizava com a possibilidade de enfrentar Bacellar, teve de recuar após sua área de influência, a Secretaria de Saúde, ficar no foco das investigações.

O presidente da Assembleia brecou a criação de uma CPI sobre o tema, amarrou o PP em sua reeleição ao cargo, bem como limitou a articulação de Paes para tentar atrair Castro para uma alternativa ao comando da Casa.

O prefeito, que via em Luizinho uma opção para ampliar seu leque de aliados, precisou recuar da aproximação no curto prazo.

A movimentação de Paes ocorre mesmo após a promessa do prefeito, feita durante a campanha eleitoral, de não abandonar o cargo para disputar o Palácio Guanabara. Embora a possibilidade de não concorrer ainda esteja na mesa, aliados veem disposição dele em enfrentar eventual desgaste para tentar pela terceira vez ser governador —perdeu em 2006 e 2018.

“Ele jurou pelo Vasco, né? Acho que ele vai parar de torcer pelo Vasco. O Eduardo Paes vai ser convocado para ser candidato a governador”, disse Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, em entrevista ao Canal Livre, da Band, no domingo (3).

Uma das principais sinalizações foi o fato de Paes não ter abandonado as críticas à segurança pública após a vitória no primeiro turno.

O posicionamento, que antes era visto como uma estratégia eleitoral para desgastar o adversário Alexandre Ramagem (PL), passou a ser encarado como uma entrada no debate da principal agenda estadual.

“Eu vou, com a legitimidade de quatro mandatos de prefeito do Rio de Janeiro, cobrar em nome da população carioca a inação de vocês, a falta de política de segurança pública, as vergonhas que a gente está vivendo”, disse ele, há duas semanas, no dia em que três pessoas morreram na avenida Brasil após uma operação policial.

Paes sai em desvantagem no interior, onde o PSD obteve apenas duas pequenas prefeituras: Carmo e Porciúncula, ambas com cerca de 15 mil eleitores. As siglas de sua coligação somam 18 das 92 prefeituras do estado.

Bacellar, por sua vez, tem como principal ativo a capilaridade de aliados pelo estado. O União Brasil, sob sua presidência estadual, elegeu 12 prefeitos. O PL, que ele corteja, conseguiu 22 prefeituras.

Assim como Paes, o presidente da Assembleia nega a intenção de concorrer ao governo estadual.

Afirma que seu principal objetivo é uma vaga no TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), onde trabalhou. Contudo iniciou antes das eleições um périplo de reuniões que incluiu três Bolsonaros: Flávio, Jair e Carlos.

“Há a possibilidade de a gente usar essa vaga para construir uma chapa forte para senador, deputado, apoiando um candidato que não seja do PL. É uma possibilidade”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em entrevista ao site Metrópoles.

A ascensão meteórica do deputado estadual, porém, tem sido vista com ressalvas por lideranças políticas fluminenses. Ele lançou candidaturas em cidades importantes, como Nova Iguaçu e Duque de Caxias, atrapalhando os planos de importantes lideranças regionais, como Doutor Luizinho e Washington Reis (MDB), respectivamente.

O campo bolsonarista ainda está suscetível a eventual decisão intempestiva de Jair Bolsonaro, que costuma ter especial peso no Rio de Janeiro, seu domicílio eleitoral.

Ramagem, cujo resultado na eleição municipal foi visto como positivo, é nome citado, embora a maior probabilidade é que ele concorra à recondução na Câmara dos Deputados. Até mesmo Flávio é ventilado para entrar na disputa.

Luizinho também era visto como uma opção de nome tanto pelo grupo de Paes como de Castro e o PL.

O escândalo dos transplantes, porém, tornou o nome do deputado inviável na avaliação atual. Washington Reis também é mencionado como uma alternativa, tanto por sua articulação política no estado como por sua proximidade com Bolsonaro.

O vice-governador Thiago Pampolha (MDB) é citado ainda como possível nome do MDB, caso o partido opte por se manter distante da provável polarização da disputa fluminense.



Leia Mais: Folha

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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