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Primeiros pacientes renais transplantados no Acre em 2024 recebem alta médica e planejam futuro: ‘Quero viajar o mundo’

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Agnes Cavalcante

Para as pessoas que enfrentam doenças renais graves, a hemodiálise se torna não apenas um tratamento médico, mas uma necessidade vital, que muitas vezes toma conta da rotina e altera profundamente a qualidade de vida do paciente. Por muito tempo, essa foi a realidade de quatro acreanos que, em novembro deste ano, finalmente puderam dar adeus às máquinas e começaram uma nova vida por meio de transplante renal.

Os quatro pacientes receberam alta médica nesta quarta-feira, 4. Eles foram os primeiros a passar pelo transplante renal, que havia sido interrompido durante a pandemia de covid. No entanto, em razão do empenho do governo do Estado em levar adiante essa política pública e continuar salvando vidas, os pacientes renais crônicos têm, a partir de agora, a oportunidade de passar pela cirurgia em sua terra natal, próximo aos seus amigos e familiares, o que proporciona uma recuperação mais adequada.

“Em fevereiro de 2021, fiz um exame sem pretensão nenhuma, porque um amigo médico pediu para eu fazer um hemograma e um exame de creatinina, e esse último deu muito alterado. Ele ficou bem assustado e pediu para eu refazer, e mais uma vez deu muito alterado. Me desesperei, porque a gente começa a pesquisar na internet e já vê o fim da vida; aí começamos a ir atrás de um nefrologista. Foi então que descobri que meus rins estavam parando. Meu rim direito é atrofiado e o esquerdo só funciona com 10% de sua capacidade. Quando soube que faria a hemodiálise, para mim era o fim da vida. Comecei o tratamento conservador, com alimentação superlimpa e medicação. Os médicos acham que meu caso pode ter sido causado por pressão alta não tratada”, relata Mayara de Souza, natural de Rio Branco.

Tailine Alves e Mayara Souza receberam novos rins e estão prontas para começar uma nova fase de suas vidas. Foto: Luanna Lins/Fundhacre

Agora, a jovem planeja um novo futuro, longe das máquinas que a mantinham viva. “Estou feliz demais. Transplantei, agora vem uma nova vida sem depender de máquina e eu tô muito empolgada. Os três primeiros dias foram bem sofridos, porque tinha que beber água, e eu não era habituada. Agora estou me forçando a beber mais água, mas está bem melhor. É um órgão novo aqui e foi bem difícil, mas, a partir de agora, espero mais momentos com meus filhos, porque segunda, quarta e sexta eram meus dias de hemodiálise e eu quase não os via. Espero poder viajar o mundo, ter uma qualidade de vida melhor e espero que as pessoas se conscientizem, porque a doação de órgãos salva muitas vidas. Só tenho gratidão a todos os profissionais que me acolheram, do técnico à médica, todos me trataram muito bem e só desejo [à equipe que me acolheu] muita saúde”, frisa Mayara.

Ducival Arcanjo: “Essa é a mensagem que quero deixar: que nós, como acreanos, possamos ser doadores de órgãos”. Foto: Luanna Lins/Fundhacre

Assim como Mayara, Ducival Arcanjo, de 51 anos, morador de Epitaciolândia, também fez hemodiálise pelo período de três anos. “Eu tinha policistos nos rins e um dia desmaiei; minha esposa me levou para fazer exames e eles apontaram que eu estava com um problema renal. Assim começou a minha luta com o tratamento. Foram oito meses antes de iniciar a hemodiálise e, assim, passaram-se três anos, até chegar o dia do meu milagre, quando fui transplantado e hoje estou muito grato a Deus, ao governo, que me deu condições de fazer meu transplante aqui no estado”, comemora.

Agora iniciando uma nova fase, com mais saúde, graças à generosidade da família doadora, que, mesmo em meio à dor da perda de um ente querido, aceitou doar o órgão e pôde ressignificar o momento de luto, Ducival faz um apelo: “Vocês não têm noção [do que é] mudar a história e a qualidade de vida de uma pessoa. Isso não tem preço que pague. Quando nós passarmos a ser doadores de órgãos aqui no estado, muitas pessoas terão oportunidade de ter uma vida longa, sem estar três dias [por semana] na máquina, no sofrimento. Essa é a mensagem que quero deixar: que nós, como acreanos, possamos ser doadores de órgãos”.

William Ferreira é natural de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Foto: Luanna Lins/Fundhacre

Quem também comemora a nova vida é William Ferreira, 33 anos, natural de Cruzeiro do Sul. “Quando eu fazia hemodiálise era ruim, porque o tempo era cronometrado. Eu não podia sair, porque tinha que fazer hemodiálise três vezes por semana, e a vida era muito limitada. Mas agora, graças a Deus, o Senhor nos deu essa oportunidade de receber um novo rim e ter uma vida mais adequada. Só tenho a agradecer toda a equipe, e agora é vida nova”, celebra William.

Outra paciente que também comemora uma nova etapa é a jovem Tailine Alves, de 30 anos, moradora de Assis Brasil, no interior do Acre. “Estou muito grata por ter passado por tudo isso e poder retornar para a minha família bem de saúde, é inexplicável. O mais desafiador foi ficar longe da minha família, mas eu entendo que é um processo necessário para eu ficar 100% curada e voltar bem de saúde. Só gratidão a Deus pela vida de cada técnico, cada enfermeiro, os médicos, fomos bem atendidas e acompanhadas. Agora eu tenho uma ‘irmã de rim’ [visto que Mayara e Tailine receberam rins de uma mesma doação] e sou muito feliz e grata a Deus pela vida dela, que possamos continuar a amizade que a gente construiu aqui”, conta.

Após acompanhamento pós-operatório pela equipe multiprofissional da Fundhacre, os quatro pacientes já receberam alta médica e se recuperam bem, aos cuidados de familiares.

Acre é referência na região amazônica

Transplante renal chega para somar ao trabalho já realizado nos transplantes de fígado e córnea na Fundhacre. Foto: Neto Lucena/Secom

De acordo com o secretário de Saúde Pedro Pascoal, os transplantes são uma grande conquista para a saúde pública do Acre. “Era um desejo de todos nós o retorno dos transplantes renais, que não ocorriam desde a pandemia de covid-19, mas também um compromisso do governo do Estado em retomar essas cirurgias. Sabemos que a vida dos pacientes renais crônicos não é fácil, e os transplantes se tornam uma saída para muitos deles, que precisam dialisar com frequência. Com este marco na saúde pública do Acre, o governo sela, mais uma vez, seu compromisso em melhorar a saúde, não apenas para a nossa população, mas para qualquer cidadão que necessite. Desejamos uma longa e plena vida aos pacientes transplantados”, afirma.

Já a presidente da Fundhacre, Soron Steiner, reforça que o complexo hospitalar está preparado para lidar com a demanda, que agora aumenta, diante da nova modalidade de transplante. “A Fundhacre está preparada e bem estruturada para executar cirurgias complexas, bem como múltiplas cirurgias simultâneas. A prova disso está no fato de terem ocorrido, nas duas ocasiões, três transplantes quase ao mesmo tempo, envolvendo cerca de dez profissionais diretamente nas cirurgias. Nos alegra muito que cada paciente tenha uma nova oportunidade de vida, e agradeço não só aos profissionais envolvidos, como também aos familiares que, mesmo diante da dor da perda, fizeram este gesto de tamanha generosidade e optaram pela doação”, frisa.

Pacientes já receberam alta médica. Na foto, parte da equipe mutiprofissional que os acompanhou, ao lado do secretário de Saúde Pedro Pascoal e da presidente da Fundhacre, Soron Steiner. Foto: Agnes Cavalcante/Fundhacre

Ao todo, foram 30 profissionais envolvidos no processo para realização dos transplantes, que começa na abordagem à família doadora, até os cuidados pós-operatórios. A médica nefrologista Jarinne Nasserala, responsável técnica pelos transplantes de rim na Fundhacre, destacou a importância da atuação conjunta dos profissionais. “A gente está muito feliz com a concretização do nosso trabalho, que é um trabalho de equipe. Graças a Deus, com o apoio do governo do Estado, da Fundhacre e da Sesacre, estamos conseguindo realizar esse sonho”, disse.

A Fundhacre é o único hospital transplantador do Acre e realiza atualmente três tipos de transplantes: órgãos sólidos (fígado e rim), tecido (córnea) e, em processo de habilitação, a realização de transplantes de tecido ósseo. Devido ao número de procedimentos realizados e à sobrevida geral dos pacientes transplantados no estado, a unidade se tornou referência nacional em transplantes. Além disso, conquistou, em 2024, o recorde de transplantes de córnea nos últimos 15 anos.

São 528 transplantes realizados ao longo do programa, sendo cem renais, dos quais quatro este ano, além de 332 de córnea, sendo 42 apenas em 2024, e 96 hepáticos. Desses, 16 foram realizados também em 2024, representando melhor qualidade de vida aos pacientes do estado e também de outros estados e países vizinhos.

“Também estamos pleiteando junto ao Ministério da Saúde a habilitação para o transplante de tecido ósseo, que será muito importante em diversos casos, como, por exemplo, quando há fraturas graves, deformidades congênitas ou em casos de doenças que afetam o osso, como alguns tipos de câncer. O objetivo é ajudar na recuperação da estrutura óssea, promovendo a cura e permitindo que o osso cicatrize ou se regenere corretamente. É um grande ganho para o nosso estado, um sonho que se tornará real em breve”, ressaltou a coordenadora do Serviço de Transplantes da Fundhacre, Valéria Monteiro.

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Estado do Acre propõe Rede Estadual de Ouvidorias à Controladoria-Geral da União para fortalecer transparência

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Raryka Souza

O governo do Acre, por meio da Controladoria-Geral do Estado (CGE), apresentou uma proposta para a criação da Rede Estadual de Ouvidorias durante reunião realizada nesta terça-feira, 21, na sede da Controladoria-Geral da União (CGU) no Acre. O encontro contou com a participação da ouvidora-geral do Estado, Márcia Cristina Portela; da controladora-geral do Estado, Mayara Bandeira; do superintendente da CGU no Acre, Osmar Nilo; e do coordenador do Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção à Corrupção (Naop/CGU-AC), Nilberto Nilson de Matos Mendes.

A iniciativa busca integrar as ouvidorias setoriais da administração pública estadual, proporcionando um atendimento mais ágil, uniforme e acessível às demandas da população, consolidando a transparência e a eficiência da gestão pública.

Coordenador do Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção à Corrupção, Nilberto Nilson Mendes; superintendente da CGU/AC, Osmar Nilo; controladora-geral do Estado, Mayara Bandeira; ouvidora-geral, Márcia Cristina. Foto: Raryka Souza/CGE

Para a controladora-geral do Estado, a criação da Rede Estadual de Ouvidorias é um passo estratégico. “Estamos empenhados em transformar a Ouvidoria em um canal cada vez mais acessível e eficiente, com foco no interesse público. A criação da Rede Estadual de Ouvidorias é um passo estratégico para otimizar os processos e integrar os esforços das diversas unidades. Nosso objetivo é garantir que as demandas da sociedade sejam atendidas com agilidade, qualidade e, acima de tudo, respeito ao cidadão”, afirmou.

Em 2024, a Ouvidoria-Geral do Estado alcançou resultados expressivos, como a implantação de 48 ouvidorias setoriais na administração pública estadual em apenas um ano. Para capacitar essas novas unidades, a CGE lançou um manual de ouvidoria, que orienta a condução das demandas recebidas, processadas e respondidas com agilidade, promovendo uma gestão mais inclusiva e acessível. Além disso, o governo do Estado lançou um curso de pós-graduação em Ouvidoria Pública, visando profissionalizar e aprimorar o atendimento ao cidadão, consolidando o compromisso com a excelência no serviço público.

A meta para 2025, segundo a ouvidora-geral do Estado, Márcia Cristina, é aproximar ainda mais o cidadão da administração pública por meio da criação de uma rede de ouvidorias: “A criação de uma rede de atendimento em ouvidoria é fundamental para garantir uma comunicação eficaz entre as instituições e a sociedade em geral. Ela desempenha um papel essencial no aprimoramento dos serviços e no fortalecimento da transparência, da confiança e da responsabilidade. Nossa meta para este ano de 2025 é bastante ousada e desafiadora, mas o resultado será satisfatório, tendo em vista que encurtaremos cada vez mais a distância entre o cidadão e a administração pública. Para que isso aconteça, é essencial estabelecer parcerias, pois trata-se de um trabalho realizado a muitas mãos”.

Nilberto Nilson de Matos Mendes, coordenador do Naop/CGU-AC, ressaltou a relevância de uma atuação coordenada e uniforme entre as ouvidorias, independentemente do nível administrativo, para que o atendimento ao cidadão seja eficiente, garantindo que a primeira ouvidoria acessada resolva a demanda, evitando deslocamentos e retrabalhos.

“Para alcançar este nível de excelência é fundamental que ocorra uma comunicação eficaz entre as ouvidorias. Isso torna necessária a existência de uma Rede que integre as diversas unidades de cada entidade, evitando retrabalhos, encaminhamentos desnecessários e desperdício de recursos, com foco, fundamentalmente, no atendimento do interesse público com rapidez e efetividade”, destacou.

A proposta da Rede Estadual de Ouvidorias marca mais um passo importante na trajetória de inovação e fortalecimento das políticas públicas no Acre, reforçando o papel das ouvidorias como canais essenciais para a construção de uma gestão pública mais transparente, eficiente e próxima da sociedade.

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Rodovia AC-40 ganha novo pórtico após revitalização executada pelo Deracre

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Gabriel Freire

O governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), trabalhou na sexta-feira, 17, na revitalização dos pórticos da AC-40, em Rio Branco. A ação integra um projeto de melhoria das estruturas rodoviárias do estado.

Governo do Acre investe em segurança viária com revitalização de pórticos na AC-40. Foto: Ascom/Deracre

A presidente do Deracre, Sula Ximenes, explica que o trabalho inicial consistiu em uma avaliação minuciosa das condições atuais do pórtico, identificando danos, corrosão e desgaste da pintura, entre outros problemas que comprometem a integridade e a funcionalidade das estruturas.

“Fizemos essa avaliação, e a nossa equipe tem trabalhado na troca das peças e na revitalização do pórticos da AC-40, que são estruturas essenciais para a segurança e eficiência das rodovias”, afirma Sula.

Revitalização de pórticos reforça compromisso do Deracre com infraestrutura do Acre. Foto: Ascom/Deracre

A revitalização das estruturas nas rodovias é fundamental para garantir que a sinalização rodoviária seja clara e visível, contribuindo para a segurança de motoristas e pedestres. Segundo a gestora, a ação realizada na capital é parte de um projeto que beneficiou também as rodovias AC-485, em Xapuri, e AC-475, em Plácido de Castro, com planos de expansão para demais rodovias.

“Estamos reforçando a infraestrutura de transporte em todo o estado, priorizando a segurança e a qualidade de vida da população”, acrescentou Sula.

A inspeção e a revitalização dos pórticos estão alinhadas com o compromisso do governo de melhorar a infraestrutura rodoviária do Acre, assegurando mais qualidade de vida para a população e fomentando o desenvolvimento econômico da região.

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Governador Gladson Cameli reforça compromisso com políticas públicas para mulheres durante visita da ministra Cida Gonçalves ao Acre

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Samuel Bryan

Rio Branco recebeu na manhã desta terça-feira, 21, a visita da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Recepcionada pelo governador do Acre, Gladson Cameli, pela vice-governadora Mailza Assis e pela secretária de Estado da Mulher, Márdhia El Shawwa, a ministra trouxe à pauta a necessidade urgente de fortalecer as políticas públicas que promovam proteção, autonomia e inclusão das mulheres acreanas numa união entre todos os poderes e esferas públicas.

Em encontro realizado no Palácio Rio Branco, Cida Gonçalves destacou o compromisso do governo federal em apoiar iniciativas estaduais. Foto: Diego Gurgel/Secom

Em encontro realizado no Palácio Rio Branco, Cida Gonçalves destacou o compromisso do governo federal em apoiar iniciativas estaduais que busquem reduzir as desigualdades de gênero e combater a violência contra as mulheres. “O Acre tem demonstrado um compromisso exemplar com a inclusão das mulheres em espaços de poder e políticas públicas. Essa parceria entre estados e municípios é essencial para avançarmos juntos”, enfatizou.

O governador Gladson Cameli destacou: “Receber a ministra Cida Gonçalves no Acre reforça nosso compromisso com as políticas públicas para as mulheres. Nosso estado tem liderado avanços importantes, como a inauguração da Casa da Mulher Brasileira em Cruzeiro do Sul, e seguimos determinados a superar os desafios, com a união entre governo estadual e federal. A presença dela aqui demonstra respeito pela nossa população e a força do diálogo em favor das mulheres acreanas”.

Governador Gladson Cameli destacou que receber ministra reforça compromisso com políticas públicas para mulheres. Foto: Diego Gurgel/Secom

Dados que refletem a força da mulher acreana

Com uma população em que as mulheres representam 50% dos 830 mil habitantes, o Acre desponta como um estado que avança na inclusão feminina em posições de liderança. Atualmente, 33% das secretarias e autarquias estaduais são comandadas por mulheres, posicionando o estado em 9º lugar no ranking nacional de mulheres em cargos de liderança, de acordo com o Comitê Gestor de Políticas Públicas.

A vice-governadora Mailza Assis, uma das líderes mais influentes do governo, reafirmou que o Acre está comprometido em ser um estado de oportunidades iguais para todas as mulheres. “O papel da mulher na sociedade está sendo reconhecido e valorizado. Nosso desafio é ampliar as políticas de proteção e inclusão para todas as mulheres, especialmente as que vivem em áreas mais vulneráveis”, declarou Mailza.

Vice-governadora Mailza Assis reafirmou que Acre está comprometido em oferecer oportunidades para mulheres. Foto: José Caminha/Secom

Ministra destaca avanços e parcerias em prol do Acre

Durante sua primeira visita oficial ao Acre, a ministra reforçou o compromisso do governo federal com a implementação de políticas públicas voltadas à proteção e autonomia das mulheres. A agenda, que incluiu encontros em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, consolidou parcerias estratégicas e destacou os avanços e desafios na luta pela igualdade de gênero.

“Estamos aqui para fortalecer as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher e avançar em iniciativas que promovam igualdade salarial, qualificação profissional e empreendedorismo feminino. A entrega do Centro de Referência da Mulher em Cruzeiro do Sul amanhã é um marco, mas nosso objetivo é expandir o alcance dessas políticas para todas as mulheres, inclusive aquelas em áreas rurais, indígenas e ribeirinhas”, afirmou.

A ministra destacou ainda que a Casa da Mulher Brasileira, em fase de instalação em Rio Branco, será um espaço integrado com serviços essenciais, como delegacia especializada, juizado, promotoria, defensoria e suporte psicossocial. “Essa estrutura conjunta simboliza o compromisso das três esferas de governo em garantir acolhimento, proteção e autonomia às mulheres que enfrentam situações de violência”, observou.

Ministra também abordou papel estratégico das mulheres na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável. Foto: Diego Gurgel/Secom

A ministra também abordou o papel estratégico das mulheres na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável. “No Acre, um estado que desempenha um papel fundamental na agenda climática, as mulheres são protagonistas na agricultura familiar, na ciência e em práticas de conservação ambiental. Queremos garantir que essas mulheres tenham acesso a oportunidades econômicas e sociais que reconheçam e valorizem seu papel”, declarou.

Por fim, Cida Gonçalves enfatizou a urgência de apresentar resultados concretos nos próximos anos: “O presidente Lula deixou claro que precisamos entregar soluções para a população. Nossa missão é garantir que as mulheres colham os frutos dessas políticas, com acesso a direitos, emprego e dignidade”.

Já na quarta-feira, 22, a ministra estará em Cruzeiro do Sul para inaugurar o Centro de Referência da Mulher Brasileira, um espaço dedicado ao acolhimento, proteção e orientação das mulheres vítimas de violência. A nova unidade, localizada na Rua Formoso, será um ponto estratégico para ampliar a rede de atendimento no interior do estado.

Gladson Cameli reforçou a importância de descentralizar as políticas públicas, levando recursos e serviços a todas as regiões. “Esse Centro de Referência é uma vitória para as mulheres do Vale do Juruá. Nosso governo está comprometido em oferecer mais segurança, dignidade e oportunidades para todas as mulheres do Acre”, disse o governador.

Acre faz a diferença

Nos últimos anos, o Acre alcançou uma redução de 43% nos casos de feminicídio, fruto do fortalecimento da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Rio Branco e da inauguração de uma unidade em Cruzeiro do Sul. Além disso, programas como o Impacta Mulher, que oferece cursos profissionalizantes, e iniciativas de conscientização como a cartilha Sou Travesti, Existo! têm ajudado a construir um estado mais inclusivo.

Nos últimos anos, Acre alcançou uma redução de 43% nos casos de feminicídio. Foto: Diego Gurgel/Secom

Outros avanços incluem a tradução da Lei Maria da Penha para as línguas indígenas Manchineri e Huni Kuin, ações voltadas para mulheres negras e LGBTs e a certificação de Zona Segura, que estimula estabelecimentos de lazer a adotarem medidas de proteção contra a violência.

União de esforços

Para a secretária Márdhia El Shawwa, a colaboração entre os poderes estaduais, municipais e federais é o que torna possível a implementação de políticas efetivas. “Estamos enfrentando um desafio complexo, mas, com união e compromisso, conseguimos fortalecer uma rede de proteção robusta para as mulheres acreanas”, destacou.

Durante a visita, a ministra também ressaltou a importância da participação da sociedade civil. Encontros com o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim/AC) foram fundamentais para ouvir demandas locais e planejar ações específicas para cada região do estado.

Durante visita, ministra ressaltou importância da união de poderes e da participação da sociedade civil. Foto: Diego Gurgel/Secom

Ao fim da agenda, Cameli reafirmou que o Estado continuará sendo um exemplo na luta pela igualdade de gênero. “O Acre está construindo uma história de respeito e valorização das mulheres. Essa é uma prioridade do meu governo e será um legado para as próximas gerações”, declarou o governador.

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