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Protagonismo feminino, modernização e trabalho comunitário marcam 2024 na PMAC

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Joabes Guedes

O ano de 2024 foi marcado por conquistas históricas para a Polícia Militar do Acre (PMAC), que consolidou seu papel como uma instituição essencial para a segurança pública e para o fortalecimento do estado. A instituição, que atingiu o marco de 108 anos em maio, implementou diversas iniciativas que fortaleceram a relação com a comunidade, fomentaram sua modernização e ampliaram os serviços prestados. Foram várias as frentes de atuação, sobretudo nas áreas sociais, de infraestrutura, tecnologia e capacitação. O protagonismo feminino nas fileiras da PMAC ganhou um capítulo à parte, com a nomeação de uma mulher, pela primeira vez em mais de 100 anos, ao cargo de comandante-geral.

Pela primeira vez em 108 anos, governador empossa uma mulher no Comando da PM. Foto: Felipe Freire/Secom

Os investimentos do governo do Estado ao longo do ano, com valores que superam 19 milhões de reais, possibilitaram a aquisição de tecnologias, a modernização da infraestrutura e a otimização das operações e do atendimento à população. A compra de geradores de energia, mobiliário, armamentos modernos, equipamentos e sistemas de comunicação proporcionou uma gestão e atuação mais eficiente no combate à criminalidade. Além disso, a instituição recebeu mais de R$ 300 mil em emendas parlamentares estaduais, que serão empenhadas até o final do exercício, e executou quase R$ 1 milhão em convênios com a Prefeitura de Rio Branco, o que resultou no reforço do policiamento, por meio do pagamento de bancos de horas aos militares.

Entre outras áreas, a PMAC atuou no campo social, de infraestrutura, tecnologia e capacitação. Foto: Silva Barbosa/PMAC

O comando da corporação deu início, com base no planejamento estratégico institucional, a ações que impactam as comunidades mais distantes e isoladas, e fortaleceu a relação com a população e lideranças dessas localidades. Como exemplo, o lançamento do Patrulhamento Comunitário Rural levou segurança para as regiões mais afastadas, entre elas a Transacreana e a zona rural do município de Xapuri, com viaturas modernas, comunicação via satélite e profissionais especializados.

Patrulhamento Rural em Xapuri. Foto: Dhárcules Pinheiro

O então comandante-geral, coronel Luciano Dias Fonseca, destaca que os avanços experimentados são reflexos do compromisso de cada policial militar e do apoio indispensável do governo do Estado. “Estamos no caminho, construindo uma Polícia Militar cada vez mais qualificada, humana e conectada às necessidades da sociedade acreana. Reforçamos o que consideramos essencial: a proximidade com a nossa comunidade. E cada investimento, seja em equipamentos, infraestrutura ou na formação de nossos policiais, teve um olhar voltado para o cidadão, onde enxergamos não apenas números ou índices, mas vidas que dependem do nosso trabalho diário”, disse.

O coronel Luciano Dias Fonseca foi comandante-geral até o dia 11 de dezembro. Foto: Silva Barbosa/PMAC

Impacto social

Os projetos sociais também foram um dos pilares da atuação da PMAC. O Programa de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que completou 25 anos em 2024, alcançou comunidades indígenas e áreas urbanas, promovendo cidadania e conscientização de centenas de alunos sobre prevenção às drogas. Além disso, a parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE) garantiu maior segurança nas escolas e fortaleceu a relação entre a polícia e a comunidade escolar.

Formatura do Proerd. Foto: Onofre Brito/Secom

Em outras frentes, iniciativas como o Festival de Pipas, realizado na parte alta da cidade de Rio Branco, e a participação no projeto Juntos pelo Acre, promovido em parceria com diversos órgãos e setores do governo, uniram educação e conscientização para um convívio social mais harmonioso.

O policiamento comunitário, intensificado em todo o estado, mudou a realidade de bairros com altos índices de criminalidade, como o Complexo Habitacional Cidade do Povo, que vivia disputas territoriais por organizações criminosas. Atendida pela Coordenadoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (CPCDH), da PMAC, essa comunidade viu os números negativos despencarem e passou a colecionar histórias positivas.

Valorização e capacitação profissional

Em 2024, a Polícia Militar intensificou a formação e a capacitação dos seus profissionais. Pelo menos 1.197 policiais militares, oficiais e praças passaram por um dos 28 cursos de formação realizados pela instituição, enquanto outros 67 foram enviados para cursos e especializações fora do estado. Cursos pioneiros, como o 1º Curso de Trânsito Aplicado do Acre, em parceria com o Detran-AC, e a formação de novos oficiais de saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) representaram avanços históricos na qualificação do efetivo.

Seguindo a política de valorização profissional, ao longo do ano, a instituição promoveu 214 policiais militares, oficiais e praças a novos postos e graduações. Os militares foram qualificados para novas funções e atribuições dentro dos seus quadros de carreira.

Pioneirismo

O ano de 2024 ficará marcado na história da PMAC pelo protagonismo feminino. Pela primeira vez, uma mulher, a coronel Marta Renata Freitas, assumiu o subcomando da instituição e, posteriormente, o comando-geral, representando um marco na luta pela igualdade de gênero dentro da segurança pública. Foi um período em que diversas mulheres assumiram o comando de batalhões de áreas, unidades especializadas, principais diretorias e assessorias da PM. Esse avanço é reflexo de um trabalho de décadas, que tem valorizado a presença feminina em cargos de liderança.

Coronel Marta Renata assumiu o comando da PMAC no dia 11 de dezembro. Foto: José Caminha/Secom

Olhar para o futuro

Com um histórico de conquistas e uma trajetória marcada por avanços, a PMAC encerra 2024 com o olhar voltado para o futuro. A transição histórica de comando reflete a continuidade de um trabalho sólido e inovador. O compromisso com a modernização, a eficiência e a proximidade com a comunidade são pilares que permanecem firmes, mesmo diante dos desafios que ainda precisam ser superados.

Para a atual comandante-geral, coronel Marta Renata Freitas, com o apoio do governo do Estado e da sociedade civil, a Polícia Militar está pronta para enfrentar os desafios futuros e contribuir para a construção de um Acre mais seguro para todos. “Nossa instituição é uma força viva, que cresce a cada desafio. Temos muito a melhorar e evoluir para seguir avançando. Olhar para o futuro é enxergar além do hoje, reconhecendo desafios, mas também as oportunidades que o amanhã nos reserva. É planejar com responsabilidade, acreditando no poder da transformação e na capacidade humana de construção. O futuro nos intima a inovar e caminhar com coragem para superar os limites e barreiras que a vida apresenta”, concluiu a comandante.

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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