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Quanto custaria a Europa se defender sem os EUA? – DW – 04/03/2025

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Quanto custaria a Europa se defender sem os EUA? - DW - 04/03/2025

Donald Trump’s A tática de usar ameaças para obter o que ele quer nos negócios e a política é algo que os líderes políticos em todo o mundo estão gradualmente se acostumando. Mas o acordo para acabar com a guerra da Ucrânia que o presidente dos EUA aparentemente está forjando nos bastidores com o presidente russo Vladimir Putin abalou líderes governamentais, especialmente na Europa, que temem que Trump possa retirar a proteção militar dos EUA do continente.

Primeiro Ministro Britânico Keir Starmer respondeu a essas preocupações anunciando um aumento no orçamento de defesa do Reino Unido para 2,5% do produto interno bruto (PIB) até 2027, acima dos atuais 2,3%. Ele enfatizou que esse investimento teria que ser acompanhado com mais gastos com defesa nos próximos anos e refletiria o compromisso do Reino Unido em “garantir uma paz justa e duradoura na Ucrânia e a necessidade de a Europa intensificar o bem da segurança européia coletiva”.

Na Alemanha, os líderes políticos ainda estão lutando para encontrar uma resposta ao apelo do primeiro -ministro britânico a uma “coalizão da disposição” européia que deve levar a defesa do continente em suas próprias mãos. Seguindo Eleições gerais recenteso líder do conservador Aliança do Partido da CDU/CSUAssim, Friedrich Merzsaiu como vencedor e está atualmente em negociações com os social -democratas do chanceler cessante Olaf Scholz para formar um novo governo. Central para as negociações é Afloamento das rígidas regras de empréstimos da Alemanha para financiar gastos com defesa mais altos.

Quão sério é a ameaça russa?

Por décadas, Os membros europeus da OTAN confiaram nos Estados Unidoso maior e mais forte poder econômico da aliança, para assumir o principal fardo da defesa do continente. Agora, os líderes da Europa estão considerando como responder ao provável colapso de OTAN Se Trump nos retira apoio.

Rafael Loss, especialista em defesa e segurança do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR), disse à DW que ela acredita que não há risco imediato de “tropas russas do lado de fora de Berlim amanhã”. No entanto, ela alertou que a Rússia pretendia “fraturar a OTAN e a UE para adquirir domínio militar sobre a Europa”.

O think tank Bruegel, com sede em Bruxelas, até considera um ataque russo a um estado membro da UE “concebível”.

“Avaliações da OTAN, Alemanha, Polônia, Dinamarca e Estados Bálticos colocam a Rússia como pronta para atacar dentro de três a dez anos”, disse o think tank em uma análise recente.

Em resposta a Guerra da Rússia na UcrâniaA Alemanha criou um fundo de dívida especial de 100 bilhões de euros (US $ 103 bilhões) para modernizar as forças armadas há muito negligenciadas. Embora ainda não gasto totalmente, o dinheiro já está alocado. No entanto, um aumento constante no orçamento regular de defesa da Alemanha ainda não foi alcançado.

Por que a Alemanha não está liderando a defesa da Europa

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O desafio de substituir os militares dos EUA

Os economistas de Bruegel calcularam que a ajuda militar dos EUA para a Ucrânia em 2024 totalizou 20 bilhões de euros em um total de € 42 bilhões. “Para substituir os EUA, a UE teria que gastar apenas mais 0,12% do seu PIB – uma quantidade viável”, disseram eles em sua análise.

Bruegel também descreveu o que a Europa precisaria para evitar ser indefesa se os EUA sairem da OTAN. Além de substituir as brigadas de combate dos EUA, navios e aeronaves, seria necessário aumentar as capacidades européias em inteligência, comunicação e infraestrutura de comando necessárias para implantar grandes e complexas unidades militares.

As capacidades militares da Alemanha, por exemplo, permanecem bem abaixo dos níveis necessários e dos compromissos aliados, observou Bruegel. A promessa de Berlim de fornecer a duas divisões da OTAN – cerca de 40.000 soldados – está enfrentando contratempos significativos, e uma contribuição mais apropriada da Alemanha, dada o seu tamanho, estaria mais próxima de 100.000 soldados.

Os soldados espanhóis são vistos em um tanque de leopardo enquanto atravessam o rio Vistula durante um exercício militar da OTAN em Korzeniewo, norte da Polônia,
Os tanques de batalha de leopardo alemão são apreciados em forças armadas em toda a Europa. Mas há muito poucos em todos os lugaresImagem: AFP via Getty Images

Embora o hardware militar seja essencialmente um “jogo de números”, de acordo com Bruegel, replicar “capacidades suaves”, como estruturas operacionais e experiência militar, será muito mais difícil. O estabelecimento dessas capacidades pode custar centenas de bilhões de euros e levar muitos anos.

Jack Allen-Reynolds, vice-economista-chefe da zona do euro da Capital Economics, estima que os gastos com defesa européia precisariam aumentar significativamente. Ele disse à DW que mais € 250 bilhões por ano seriam justificados no curto prazo. Isso levaria os orçamentos de defesa da UE para cerca de 3,5% do PIB.

Como financiar o rearmamento da Europa?

Allen-Reynolds sugeriu várias maneiras de financiar esse gasto maciço. Uma opção é reaproveitar o Banco Europeu de Investimento (EIB) ou criar um novo “banco de rearmamento” para apoiar substancialmente o setor de defesa com um impacto mínimo nos orçamentos nacionais.

Como alternativa, o EIB pode emitir empréstimos para empresas de defesa ou criar títulos especificamente para projetos militares. Essa abordagem não financiaria diretamente o pessoal ou o equipamento militar, mas financiaria os fabricantes de armas europeias para aumentar a produção militar.

A pressão de Trump sobre os gastos de defesa ‘Nada mal para a Europa’

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A “maneira mais direta” para Allen-Reynolds seria se a UE lançasse um novo programa conjunto de empréstimos comparável ao Fundo de Recuperação Pandêmica de 750 bilhões de euros, também conhecido como NextGenerationEU.

“Essa seria uma maneira relativamente barata para a UE acessar os mercados, pois se beneficiaria de uma classificação de crédito da AAA e permitiria que os governos mais fiscalmente restringidos evitassem empréstimos em seus próprios balanços”, disse ele.

No entanto, esse plano-essencialmente significa que os chamados Eurobonds-há muito é contestado por todos os principais partidos políticos na Alemanha, incluindo Merz.

Um impulso para a economia da zona do euro?

Bruegel acredita que, de uma “perspectiva macroeconômica”, um aumento financiado por dívidas nos gastos com defesa pode até aumentar a atividade econômica européia “em um momento em que a próxima guerra comercial pode minar a demanda externa”.

As preocupações com a ameaça de Donald Trump de impor altas tarifas aos carros europeus levaram os investidores a vender ações de automóveis e comprar ações em empresas de defesa, que eles consideram como tendo um forte potencial de crescimento.

Rafael Loss, o especialista em ECFR, também pensa que expandir Militar da Alemanha Pode ter efeitos positivos na economia nacional e contribuir para superar a fraqueza do crescimento do país. “Se os empregos na cadeia de suprimentos automotivos pudessem ser preservados através da produção de produtos para mercadorias relacionadas à defesa, isso certamente seria benéfico”, disse ele, advertindo ao mesmo tempo contra “superestimar” o impacto econômico mais amplo.

Este artigo foi originalmente escrito em alemão.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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