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Quase trancado em Mar-a-Lago, Trump escolhe seu alto escalão a toque de caixa – 16/11/2024 – Mundo

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Jonathan Swan, Maggie Haberman

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu seu secretário de Justiça quase por impulso, no céu entre Washington e Palm Beach, na Flórida. Sua escolha para secretário de Defesa foi um julgamento rápido durante uma apresentação de slides em Mar-a-Lago, sua casa e clube privado na Flórida.

Encorajado, confiante em seus instintos e mais desdenhoso do que nunca da expertise de Washington, Trump está preenchendo os papéis mais importantes em seu governo a uma velocidade vertiginosa. Os conselheiros ficaram surpresos com a rapidez com que ele está fazendo as indicações, preenchendo as posições mais importantes do governo cerca de um mês antes do que fez em 2016.

Grande parte da ação ocorreu sob o lustre na sala de chá em Mar-a-Lago, onde Trump avalia seus potenciais indicados para o gabinete em telas de vídeo gigantes. Ele passa por listas curtas que sua equipe de transição, liderada pelo bilionário Howard Lutnick, elaborou nos últimos meses. Se Trump demonstra interesse em um candidato, a apresentação é projetada para permitir que ele assista imediatamente a vídeos das aparições na TV do potencial indicado.

O conselheiro jurídico de Trump, Boris Epshteyn, que ainda responde na Justiça pelo caso de subversão dos resultados de 2020 no Arizona, exerceu influência significativa na sala de chá e em outros lugares —dizem que ele encorajou a escolha de Trump de Matt Gaetz como secretário de Justiça.

A chefe de gabinete do presidente eleito, Susie Wiles, também está sempre presente, assim como Donald Trump Jr., seu filho mais velho, e Elon Musk, o homem mais rico do mundo.

O presidente eleito está escolhendo pessoas que considera verdadeiramente leais, sem se importar muito se elas podem passar pela confirmação do Senado. Em um período de 48 horas neste mês, Trump anunciou quatro escolhas que surpreenderam Washington: Gaetz, Tulsi Gabbard para diretora de inteligência nacional, Pete Hegseth para a Defesa e Robert F. Kennedy Jr. para a Saúde.

Hegseth, um apresentador da Fox News de 44 anos e veterano militar, atraiu atenção negativa por sua falta de experiência e seu apoio a veteranos de combate acusados de crimes de guerra. Ele também foi alvo de uma denúncia de agressão sexual em 2017, embora nenhuma acusação tenha sido formalizada. Mas a campanha só soube disso depois que Hegseth foi anunciado como indicado, de acordo com uma pessoa familiarizada com a decisão.

A surpresa levantou questões sobre o quanto —ou se— a campanha estava investigando algumas das escolhas de Trump.

Outros nomes atraíram ceticismo, inclusive de senadores republicanos. “Fiquei chocada com o anúncio”, disse a senadora Susan Collins, do Maine, sobre Gaetz, que foi investigado pelo Departamento de Justiça sob suspeita de tráfico sexual infantil, embora o caso tenha sido encerrado sem acusações. “Tenho certeza de que haverá muitas perguntas levantadas em sua audiência.”

Karoline Leavitt, porta-voz da transição de Trump que será a secretária de Imprensa da Casa Branca, desconsiderou as preocupações. “O povo americano reelegeu Trump por uma margem retumbante, dando-lhe um mandato para implementar as promessas que fez na campanha —e suas escolhas para o gabinete refletem sua prioridade de colocar a América em primeiro lugar”, disse.

Trump está agindo como um homem que sabe que retornará a Washington com imenso poder, enfrentando barreiras que ele desgastou constantemente e um Partido Republicano sobre o qual ele tem quase total comando. Ele exigiu que o próximo líder da maioria no Senado, John Thune, permita nomeações em recesso que lhe permitiriam preencher seu gabinete com pessoas que poderiam ser rejeitadas se o Senado completo votasse.

Trump está operando de forma diferente de sua transição de 2016. Ele está mais confiante em seus julgamentos e não sente a necessidade de deliberar ou ouvir um conselho de especialistas que esperaria moldá-lo em algo que se assemelhe a um presidente republicano tradicional.

No final de 2016 e início de 2017, após sua vitória chocante sobre Hillary Clinton, Trump se deleitava em exibir possíveis nomeados no saguão da Trump Tower para que as câmeras de notícias pudessem capturá-los enquanto o bajulavam, e ele frequentemente descia ao saguão para falar com repórteres. Naquela época, ele levava tempo, testando candidatos como se estivessem em “O Aprendiz”, seu reality show, e anunciando suas primeiras escolhas para o gabinete apenas em dezembro de 2016.

Não houve desfile desta vez, e Trump permaneceu fora de vista do público de forma não característica. Com exceção de sua visita à Casa Branca e de uma reunião com correligionários em Washington, Trump mal interagiu com a mídia desde sua vitória em 5 de novembro. Em vez disso, permaneceu em Mar-a-Lago, ocasionalmente jogando golfe em outro clube próximo.

Oito anos atrás, enquanto se preparava para assumir o cargo pela primeira vez em uma cidade e um trabalho que conhecia pouco, confiou no conselho de líderes republicanos e ex-funcionários que também mal conhecia para nomear pessoas sobre as quais ele essencialmente não sabia nada.

Ele contratou pessoas que tinha acabado de conhecer, como seu primeiro secretário de Estado, Rex Tillerson, e seu primeiro secretário de Defesa, Jim Mattis. Esses relacionamentos terminaram de modo terrível; muitos dos primeiros assessores de Trump acabaram escrevendo livros críticos sobre ele e descrevendo-o como inadequado para o cargo.

Trump está determinado a não cometer esse erro novamente. Ele ainda adora credenciais e pedigrees de escolas e empresas de renome, mas está muito mais disposto a abrir mão disso do que no passado. Ele está contratando —acima de tudo— por lealdade. Disse aos conselheiros que foi traído por nomes como seu chefe do Estado-Maior Conjunto, o general Mark Milley, e seu secretário de Justiça, William Barr —ambos resistiram aos seus esforços para mobilizar o governo para reverter a eleição de 2020.

Agora ele quer na CIA um aliado de confiança, John Ratcliffe, que serviu como diretor de inteligência nacional em seu primeiro mandato. Ele escolheu Gabbard, uma ex-democrata que criticou o estabelecimento de segurança nacional, como sua diretora de inteligência nacional. E ele escolheu o senador Marco Rubio e a deputada Elise Stefanik —dois ex-críticos que se tornaram aliados ferrenhos— como seu secretário de Estado e embaixadora na ONU.

O círculo íntimo de Trump é liderado, como tem sido nos últimos quatro anos, por Wiles, que foi sua gerente de campanha. Também inclui o vice-presidente eleito, J. D. Vance; seu poderoso conselheiro de política doméstica, Stephen Miller; e seu filho mais velho, que tem o papel de garantir que nenhum potencial traidor encontre um caminho para a segunda administração Trump. Musk está em quase todas as reuniões e deixou claro que pretende deixar uma marca profunda no governo federal.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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