O Conselheiro Especial David Weiss diz que as alegações do presidente de que seu filho foi processado seletivamente prejudicam o Estado de direito.

O advogado especial que indiciou o filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Hunter Biden, acusou o presidente cessante de minar o sistema judiciário ao alegar que a acusação foi seletiva e injusta.

No seu relatório final sobre o caso, divulgado na segunda-feira, o procurador especial David Weiss disse que a alegação do presidente de que o seu filho tinha sido escolhido para ser processado era “gratuita e errada”.

“Outros presidentes perdoaram familiares, mas, ao fazê-lo, nenhum aproveitou a ocasião como uma oportunidade para difamar os funcionários públicos do Departamento de Justiça com base apenas em falsas acusações”, disse Weiss no relatório de 280 páginas.

Weiss, que foi nomeado pelo procurador-geral Merrick Garland para investigar o jovem Biden, disse que as decisões de processar o filho do presidente foram o resultado de investigações imparciais e que questioná-las minou “os próprios alicerces do que torna o sistema de justiça da América justo e equitativo”. .

“Isso corrói a confiança do público numa instituição que é essencial para preservar o Estado de direito”, disse Weiss.

Weiss disse que os processos, longe de serem seletivos, eram a “corporificação da aplicação igualitária da justiça – não importa quem você é, ou qual é o seu sobrenome, você está sujeito às mesmas leis que todas as outras pessoas nos Estados Unidos”. .

De acordo com os regulamentos do Departamento de Justiça, os conselheiros especiais apresentam um relatório final no final da investigação.

O Biden mais velho concedeu perdão a seu filho por porte de arma de fogo e condenações fiscais no mês passado, depois de ter prometido anteriormente não usar sua autoridade presidencial para intervir.

O presidente disse que qualquer pessoa razoável que analisasse os factos dos casos concluiria que o seu filho tinha sido processado “seletiva e injustamente” devido ao seu nome de família.

“Tem havido um esforço para quebrar Hunter – que está sóbrio há cinco anos e meio, mesmo diante de ataques implacáveis ​​e processos seletivos”, disse Biden na época.

Hunter Biden foi considerado culpado em junho de acusações de porte de arma relacionadas a mentir sobre seu uso de drogas em um formulário de verificação de antecedentes. Em setembro, Biden se declarou culpado de sonegar US$ 1,4 milhão em impostos em um caso separado.

Ele aguardava a sentença nos dois casos quando seu pai anunciou o perdão.

O advogado de Hunter Biden criticou o relatório de Weiss, dizendo que o procurador especial não conseguiu explicar por que os promotores “perseguiram conspirações selvagens – e desmascaradas”” sobre o filho do presidente.

“O que fica claro neste relatório é que a investigação sobre Hunter Biden é uma história de advertência sobre o abuso do poder do Ministério Público”, disse Abbe Lowell em comunicado.

Atualização sobre a situação, terça-feira, 14 de janeiro pela manhã (21h10 de segunda-feira, Los Angeles)

• O número de mortos de 24 anunciado domingo pelas autoridades locais não mudou, enquanto nos bairros devastados, equipes de resgate auxiliadas por cães continuam inspecionando os escombros em busca de corpos.
• Dezenas de milhares de pessoas ainda estão sob ordens de evacuação. Qualquer retorno de evacuados foi interrompido até quinta-feira por causa do vento que ganhava força, alertaram os bombeiros.
• O presidente americano, Joe Biden, estimou que “Custará dezenas de bilhões de dólares para restaurar Los Angeles ao estado que era”. Mais de 12 mil casas, edifícios e veículos foram destruídos ou danificados pelos incêndios. “Continuaremos a utilizar todos os meios ao nosso dispor para combater os incêndios”Joe Biden prometeu.

A Meta, do bilionário Mark Zuckerberg, respondeu ao questionamentos da AGU (Advocacia Geral da União) nas últimas horas do prazo estabelecido pelo órgão na última sexta-feira (10).

A AGU deu 72 horas para que a empresa responsável por Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp prestasse esclarecimentos sobre o fim de seu programa de checagem de fatos, anunciado por Zuckerberg na última semana.

A notificação não tinha caráter judicial –não obrigava, portanto, a empresa a se manifestar sobre sua decisão.

As mudanças protagonizadas pela plataforma configuram um aceno de Zuckerberg ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em nota enviada à Folha na madrugada desta terça (14), a Assessoria Especial de Comunicação Social da AGU informou que a empresa respondeu, no fim da noite desta segunda-feira (13), às informações solicitadas pela Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD)

“As informações enviadas serão agora analisadas pela equipe da PNDD. A resposta da empresa será discutida em reunião técnica que deverá ocorrer ainda hoje”, complementa o texto.

Conforme adiantou a Folha, o órgão federal pretende analisar a resposta da Meta e discutir seu conteúdo com representantes dos ministérios que têm relação com o tema.

Entre eles estão as pastas da Justiça e Segurança Pública; Direitos Humanos e Cidadania; e ainda a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), agora liderada pelo marqueteiro Sidônio Palmeira.

“Somente após essa análise, a AGU, em conjunto com os demais órgãos, se pronunciará sobre os próximos passos em relação ao assunto e tornará público o teor da manifestação”, finaliza a nota enviada pela comunicação do órgão.

Um dia antes de o governo enviar o pedido de informações, Lula mandou um recado a Mark Zuckerberg, CEO da Meta, ao dizer que um cidadão não pode achar que tem condição de ferir a soberania de uma nação.

Zuckerberg criticou nesta semana tribunais da América Latina e disse que trabalhará com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, “para resistir a governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando por mais censura”.