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Saúde do Acre reforça cuidados e dá dicas para prevenir a bronquiolite

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Felipe Souza

A bronquiolite é uma doença respiratória aguda que afeta principalmente crianças com menos de dois anos, podendo causar sintomas graves e complicações respiratórias. A infecção é, na maioria das vezes, provocada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que afeta as vias respiratórias inferiores, dificultando a respiração da criança. Para prevenir o surgimento da enfermidade e suas complicações, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) disponibiliza orientações detalhadas para pais e responsáveis. Essas recomendações visam promover cuidados essenciais, como práticas de higiene e cuidados no ambiente, ajudando a reduzir o risco de transmissão do vírus e garantindo o bem-estar das crianças.

Bronquiolite afeta principalmente crianças com menos de 3 anos. Foto: Odair Leal/Sesacre

Durante o período de inverno amazônico é comum que os casos de bronquiolite cresçam na Região Norte do país, tendo em vista o clima úmido e frio propício para que os vírus causadores da doença se desenvolvam. Dessa forma, redobrar os cuidados com os bebês e crianças faz-se necessário.

Apesar de se intensificarem no período chuvoso, os casos da infecção são corriqueiros durante todo o ano, de acordo com a intensivista pediátrica da rede pública de saúde do Acre, Fabiana Marques. 

“Como o nome já presume, a parte do pulmão mais acometida são os bronquíolos. Em um bebê, esses tubos são muito menores do que os dos adultos. Então, qualquer inflamação nessa via aérea vai causar obstrução e, com isso, a diminuição da entrada de oxigênio”, explica a médica.

Pedriatra Fabiana Marques destaca prevenções contra a bronquiolite em crianças. Foto: Ascom/Sesacre

Além disso, é importante destacar que a bronquiolite é contagiosa. Portanto, uma criança pode contraí-la ao inalar gotículas contaminadas com o vírus dispersas no ar, por secreções ou superfícies infectadas. Portanto, a médica recomenda que os pais devem evitar levar crianças menores de 3 anos em lugares com aglomeração de pessoas, como shoppings e supermercados.

Sinais de alerta

Segundo Fabiana, a infecção pode iniciar como um resfriado comum ou uma alergia respiratória. Porém, com o passar dos dias, a respiração começa a ser afetada e o quadro geral tende a piorar, caso não tratada com medicações recomendadas por um profissional da saúde.

Apesar de ser similar a uma gripe, existem outros sinais que os pais podem identificar nas crianças. “Os sinais de alerta são recusa alimentar, sonolência, diminuição de diurese (urina) e cansaço. O desconforto respiratório é progressivo e de forma rápida e súbita”, salienta.

Devido à rapidez na evolução do quadro clínico das crianças, é necessário que, ao perceberem algum sinal de falha respiratória, os responsáveis busquem ajuda médica especializada.

“Os pais devem procurar o sistema de saúde sempre que os filhos apresentarem qualquer alteração respiratória, principalmente os menores de 6 meses, que ainda não têm prevenção de vacina contra a gripe. Todos os sinais de alerta devem ser levados em consideração”, observa.

Prevenção

A prevenção em crianças é fundamental para evitar complicações respiratórias graves. Medidas como lavar frequentemente as mãos, evitar o contato com pessoas doentes, não expor a criança a ambientes com fumaça de cigarro e manter a casa bem ventilada ajudam a reduzir o risco de infecção.

A vacinação também é essencial, especialmente para proteger contra o vírus sincicial respiratório, uma das principais causas de bronquiolite. Manter esses cuidados pode diminuir consideravelmente as chances de a criança desenvolver a doença e outras complicações respiratórias.

Manter a vacinação dos menores em dia também ajuda no combate às doenças respiratórias. Foto: Junior Aguiar/Sesacre

Conforme a pediatra Fabiana: “A prevenção é o ponto-chave para evitar que as crianças cheguem à necessidade de um atendimento médico. Os adultos são os hospedeiros do vírus na via aérea, por isso, para evitar que os menores, mesmo que não tenham contato exterior, se contaminem, devemos cuidar da nossa própria saúde”.

A pediatra ressalta, ainda, que “as mães devem manter seus filhos em aleitamento materno pelo menos até os 6 meses de vida, porque isso mantém eles com imunidade. Deixem a vacinação em dia, evitem visitas e contato físico com pessoas de fora do ambiente de casa”.

A lavagem nasal é outro ponto importante na prevenção. Ao remover secreções, poeira e alérgenos das vias nasais, ela ajuda a aliviar o congestionamento e a melhorar a respiração. Com o uso adequado de solução salina, a lavagem nasal fortalece o sistema imunológico infantil, contribuindo para o bem-estar geral e a prevenção de complicações.

Saiba como realizar a lavagem nasal. Assista:

Importância do leite materno

O leite materno é essencial para o desenvolvimento saudável dos bebês, especialmente no que diz respeito ao fortalecimento do sistema imunológico. Ele contém anticorpos, células imunológicas e proteínas que ajudam a proteger o bebê contra infecções e doenças. Além disso, o leite materno proporciona uma barreira natural contra vírus e bactérias, particularmente no primeiro ano de vida, quando o sistema imunológico do bebê ainda está em desenvolvimento.

Leite materno é importante para a imunidade dos recém-nascidos. Foto: Acervo/Secom

A amamentação reduz significativamente o risco de doenças respiratórias, como pneumonia, bronquiolite e asma, pois o leite materno ajuda a fortalecer as vias respiratórias e a prevenir inflamações. Portanto, a amamentação é uma das formas mais eficazes de proteger o bebê de doenças respiratórias e de garantir um crescimento saudável.

“É necessário que as mães se vacinem e que mantenham o aleitamento materno, porque ela passa para seu filho a imunidade que ele precisa”, conclui Fabiana.

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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