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Sem aquisição de ambulâncias há 3 anos, MPF pede explicações sobre dificuldades no atendimento do Samu no Acre

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O Ministério Público Federal (MPF-AC) instaurou inquérito civil para investigar as condições de funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Acre. O MPF-AC enviou um ofício para a coordenação do Samu com prazo de 30 dias para responder os questionamentos apontados.

O órgão questiona as principais dificuldades enfrentadas na prestação de serviços, número de ambulâncias disponíveis, de veículos em manutenção, se existe contrato específico para essa manutenção e de quem é essa responsabilidade.

Ao G1, o coordenador do Samu no Acre, Pedro Pascoal, explicou que a investigação é um pedido da própria coordenação que alertou para algumas dificuldades em prestar o serviço no estado acreano. Pascoal disse também que já recebeu o ofício do MPF-AC e trabalha na resposta que deve ser enviada ao órgão.

“Acredito que agora a gente consiga chegar em uma solução porque o Samu, na complexidade dos pacientes que atendemos, se não tiver um respaldo e apoio vai ficar difícil continuar dando assistência na qualidade que prestamos, mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos”, complementou.

Dificuldades

Pascoal disse que um dos principais problemas é a falta de novas ambulâncias para atender os pacientes. Segundo ele, a última vez que o Samu adquiriu novos veículos foi em 2017 e os que estão precisam de manutenção constantemente por rodar muito. Outra situação é em relação à transferência de pacientes entre os municípios.

“É sabido, desde que o Samu foi instalado no Acre, que nossa finalidade é para atendimento em via pública, domiciliar ou ambiente público, que é o que chamamos de atendimento pré-hospitalar. O Samu não é para ficar fazendo transferência de paciente de município para outro, até porque uma vez que tiro a ambulância de dentro do município quem é que vai fazer o atendimento em caso de acidente de trânsito, de infarto em domicílio ou parto na zona rural?”, questionou.

Ao G1, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou, por meio de nota, que vai abrir no próximo dia 19 um processo de licitação para a compra de 28 novas ambulâncias para atender a demanda no estado.

A pasta afirmou também que a nova gestão ‘colocou em funcionamento diversas ambulâncias que estavam paradas anteriormente por falta de manutenção. Esse é um investimento já planejado pela Sesacre que ultrapassa o montante de 5 milhões de reais para dar suporte às unidades de saúde de todo o estado do Acre’.

Ambulâncias disponíveis

 

Atualmente, o Acre dispõe de 32 ambulâncias do Samu, sendo quatro de suporte avançado e as demais de suporte básico. Destas, três de suporte avançado e cinco de suporte básico ficavam em Rio Branco. Com a pandemia do novo coronavírus, a coordenação aumentou para quatro o número de ambulâncias de suporte avançado e para seis de suporte básico.

A quarta ambulância fica disponível apenas para atender pacientes com Covid-19. O veículo de suporte básico foi instalado para a unidade de saúde do Conjunto Tucumã. Há cerca de quatro ambulâncias para manutenção.

Conforme Pascoal, o estado não possui nenhuma ambulância técnica. Esses veículos extras, segundo o coordenador, são usados como substituição quando algum veículo quebra e precisa de manutenção.

“Existe uma nota da Coordenação Geral de Urgência e Emergência que coloca que do quantitativo ideal da frota de trabalho, cerca de 30% tem que estar disponível para reserva técnica para que eu possa fazer minha manutenção preventiva. Hoje não tenho nenhuma ambulância de reserva técnica. A gente usa o que temos, não consigo fazer manutenção preventiva, quebra quando não aguenta mais andar. Se bate o motor são quatro a cinco dias para arrumar. É muito complicado”, criticou.

Ainda segundo Pascoal, em 2019 o Samu realizou mais de 400 transferências de pacientes do Alto Acre para Rio Branco. Em 2020, esse número chegou a 530 transferências. Com as constantes saídas das ambulâncias, a dificuldade da falta de frota, o coordenador diz que as equipes não conseguem atender as baixas, médias e altas complexidades.

“Acaba tendo que algumas transferências são nossas. Mas, 40% a 50% dessas ocorrências podiam ser resolvidas pelas ambulâncias de transporte sanitário. Não estou tirando minha responsabilidade, até porque a alta complexidade nós fazemos, transportamos os pacientes até os helicópteros se for o caso. Paciente entubado, gestante com risco de vida para mãe e feto, infarto e outras são minhas responsabilidades, estaria sendo omisso se não fizesse, mas não está dando para atender, não dou conta para atender toda demanda”, concluiu.

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Deslizamentos de terra, filas para conseguir alimento e moradores sem casa: como está a situação no AC após cheia histórica

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Capital estima prejuízo de R$ 200 milhões e recuperação pode levar até um ano. Em Brasiléia e Rio Branco, mais de 200 pessoas não têm mais casa para voltar.

Deslizamentos de terra, casas arrastadas pelo Rio Acre, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica. Estas são algumas das dificuldades vivenciadas pelos atingidos pela cheia do Rio Acre que buscam recomeçar após a baixa das águas.

Há mais de 10 dias, o manancial atingia uma marca histórica que impactou a vida de mais de 70 mil rio-branquenses. Os efeitos dessa enchente, no entanto, continuam a afetar a população.

👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março, há mais uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.

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Acre tem mais de 120 vagas de emprego nesta segunda-feira; confira as oportunidades

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O Sistema Nacional de Emprego do Acre (Sine) divulga 123 vagas de emprego para diversas áreas nesta segunda-feira (18) em Rio Branco.

Para se candidatar às vagas, que podem ser rotativas, os candidatos devem ter um cadastro no Sine. Para fazer, é preciso levar Carteira de Trabalho, comprovante de endereço e escolaridade, RG/CPF e título de eleitor para realizar o cadastro.



O atendimento ocorre por telefone, onde o Sine fornece mais informações sobre as oportunidades divulgadas. Para conferir se as vagas ainda estão disponíveis, basta entrar em contato através dos telefones 0800 647 8182 ou (68) 3224-5094.

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Cerca de 100 famílias que perderam suas casas após cheia do Rio Acre já podem buscar aluguel social

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Pelo menos 100 famílias que estão abrigadas no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, por não ter para onde ir após a cheia do Rio Acre, já estão autorizadas a procurar casas para alugar e serem contempladas com o aluguel social. O subsídio será liberado pela Defesa Civil Municipal para pessoas que tiveram suas casas destruídas ou condenadas pela enchente.

👉 Contexto: O Rio Acre ultrapassou a cota de transbordo, que é 14 metros, dia 23 de fevereiro. Já no dia 29 do mesmo mês, seis dias depois, o manancial atingiu a marca de 17 metros e permaneceu acima da marcação até o dia 8 de março, quando baixou para 16,59 metros.



No dia 6 de março, o manancial alcançou a maior cota do ano – 17,89 metros. A cheia deste ano foi a segunda maior da história desde que a medição começou a ser feita em 1971. A maior cota já registrada é de 18,40 metros em 2015. À época, mais de 100 mil pessoas foram atingidas pela cheia.

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