POLÍTICA
Senadora articula derrubada de veto a pensão para…

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Nicholas Shores
Às vésperas da marca de dez anos desde a descoberta do zika no Brasil, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) tem intensificado a articulação pela derrubada do veto do presidente Lula ao projeto de sua autoria que garante uma pensão mensal vitalícia às pessoas com deficiência permanente causada pela síndrome congênita do vírus e o pagamento de uma indenização de 50.000 reais às famílias afetadas.
Depois do veto integral à proposta, o governo federal publicou uma medida provisória que prevê uma indenização de 60.000 reais a essas famílias, sem o pagamento de pensão. A próxima sessão do Congresso para análise de vetos está prevista para 25 de maio.
Segundo dados de associações de familiares, cerca de 1.589 crianças vivem hoje com sequelas graves do zika. O número é bem inferior ao total registrado na época da epidemia, de 2015 a 2017, já que muitas não resistiram às complicações de saúde. Essas famílias têm de arcar com despesas permanentes com terapias, alimentação diferenciada, medicamentos, equipamentos e cuidados especializados.
Quando Lula vetou o projeto, o governo afirmou que faltava uma fonte de custeio para a pensão mensal vitalícia. O relatório aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado estimou a despesa com as indenizações em 91,4 milhões de reais e um gasto anual de 185 milhões de reais com as pensões, com base em estudo da Consultoria de Orçamento.
Gabrilli critica a justificativa para o veto. “O governo participou das negociações. (Não) pode alegar que o projeto não apresentou previsão orçamentária, como desculpa para o veto. Estamos falando de cerca de 1.500 crianças. É um número pequeno dentro do orçamento federal. O governo tem dinheiro, mas escolhe onde gastar e recua quando se trata de justiça social”, diz.
Para a senadora, a derrubada do veto representa não apenas uma resposta institucional, mas, também, uma reparação histórica às famílias que enfrentam há uma década o “abandono do poder público”.
“A epidemia do zika não foi um fenômeno natural. Foi uma tragédia anunciada, causada pela negligência do Estado com o saneamento básico e o controle de vetores, como o mosquito aedes aegypti, transmissor do vírus zika e do vírus da dengue. Essa pensão é o mínimo para oferecer dignidade a essas famílias”, afirma.
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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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5 de maio de 2025
Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.
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