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Senna é uma superprodução com o tempero brasileiro da Netflix

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Gabriel Leone disse aos jornalistas que visitaram o set de Senna que gostaria de “colocar um sorriso no rosto” do povo brasileiro, tal qual o piloto fazia nos domingos de manhã. Se Ayrton foi capaz de fazer o automobilismo, um esporte elitizado, carregado pelo glamour das grandes escuderias e marcas de luxo, popular, cabe à minissérie da Netflix espalhar de novo a história de Senna para o mundo.

Não é coincidência que a casa do seriado, produzido pela brasileira Gullane, seja o streaming que, com seu F1: Dirigir para Viver, transformou o dia a dia dos pilotos, até então isolados da cultura pop, em um documentário de sucesso. A produção alcançou espectadores que não se interessavam pelo esporte, principalmente, jovens entre 18 e 29 anos. O próprio protagonista da série se encaixa nesse perfil, Leone tinha apenas um ano quando Ayrton Senna morreu.

Senna, a minissérie, entende que é hora de contar a trajetória do piloto para uma nova geração. Passeando pelos principais acontecimentos da história profissional e pessoal de Ayrton, a trama salta no tempo sem medo de perder detalhes preciosos que os mais aficionados poderiam exigir. Passamos pelo kart, Fórmula Ford, Fórmula 2000 e Fórmula 3 como se fosse uma grande reta, que não deixa de estabelecer a personalidade competitiva do atleta, seus dons como piloto, problemas pessoais a partir de seus objetivos profissionais e, claro, o drama da perseguição por ser um piloto de fora do circuito europeu. 

No segundo episódio, já somos apresentados a um grande momento: a primeira corrida de Ayrton em Mônaco e com uma chuva torrencial. A parte técnica é um dos pontos altos do projeto e coloca o espectador colado ou passeando entre os carros, com um excelente trabalho de mixagem e edição de som, o que torna a experiência ainda mais imersiva. O mesmo vale para toda a parte de figurinos, recriação de macacões e, claro, a maquiagem e cabelo, que dão vida aos personagens mais famosos, tanto do mundo do automobilismo, quanto da cultura pop brasileira. O trabalho de Pâmela Tomé, como Xuxa Meneghel, é incrível – e chega a ser assustador, tamanha a semelhança, diga-se.

O grande desafio de Senna é mostrar o lado “Ayrton” da história. Por mais que sofra do mal das “biografias autorizadas”, onde todo os erros e acertos do protagonista têm o mesmo peso para se tornar um mito, a iconografia do piloto, com seu macacão vermelho e boné azul, ajudam a superar esse problema, já que as falhas do personagem se tornam peças na construção da visão idílica do ícone que ele foi para o povo brasileiro. Leone parece ter entendido isso como ninguém e caminha sempre na linha tênue entre o novelesco e a recriação real de momentos históricos para o esporte.

Essa mistura deixa Senna ainda mais interessante, abraçando o pop brasileiro – e a ideia do piloto em sempre levar algo do país para fora – sem deixar de vender o produto para aqueles que procuram algo mais cinematográfico e hollywoodiano. Como uma mistura entre uma novela das nove e um blockbuster como Rush – No Limite da Emoção, de Ron Howard.

Para os amantes da Fórmula 1, a série é um desfile de nomes, escuderias, circuitos e tramas de bastidores. Da rivalidade com Alain Prost (o ótimo Matt Mella), aos nomes clássicos como Ron Dennis (Patrick Kennedy), Frank Williams (Steven Mckintosh) e Niki Lauda (Johannes Heinrichs), é impossível não ficar procurando outras referências. A produção acerta também ao colocar a narração como parte da trama, alinhando a amizade de Galvão Bueno com Ayrton Senna e seu papel fundamental na transformação do piloto em herói. Talvez o trabalho mais difícil dessas figuras que orbitam o protagonista, Gabriel Louchard poderia cair facilmente na caricatura do imitador – já que todo mundo sabe repetir os bordões do narrador -, mas o ator se atém ao carisma de Galvão, sendo mais do que a voz que nos conta a maioria das conquistas e derrotas do piloto nas pistas.

Assim como Ayrton, Senna é uma superprodução com o tempero brasileiro. A Laura Harrison de Kaya Scodelario vai além de mostrar o relacionamento do piloto com a imprensa, mas é uma representação dessa mistura de brasileiros e estrangeiros que viviam de olho em suas conquistas e polêmicas. Se a Fórmula 1 virou pop hoje em dia, poucos são os pilotos que representam isso tão bem, dentro e fora das pistas. Ayrton e Senna são do Brasil. E pode ter certeza que, quando aquela música da vitória tocar, fica difícil não sorrir com o piloto mais uma vez.

Criado por: Vicente Amorim

Onde assistir:

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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, assinou o contrato de digitalização do acervo de documentos acadêmicos. A ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 13, no hall do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca). A empresa responsável pelo serviço é a SOS Tecnologia e Gestão da Informação.

O processo atende à Portaria do MEC nº 360, de 18 de maio de 2022, que obriga instituições federais de ensino a converterem o acervo acadêmico para o meio digital. A medida busca garantir segurança, organização e acesso facilitado às informações, além de preservar documentos físicos de valor histórico e acadêmico.

Para a reitora Guida Aquino, a ação reforça o compromisso institucional com a memória da comunidade acadêmica. “É de extrema importância arquivar a história da nossa querida universidade”, afirmou.

A decisão foi discutida e aprovada pelo Comitê Gestor do Acervo Acadêmico da Ufac, em reunião realizada no dia 7 de julho de 2022. Agora, a meta é mensurar o tamanho dos arquivos do Nurca para dar continuidade ao processo, assegurando que toda a documentação esteja em conformidade legal e disponível em formato digital.



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