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Série de ‘Duna’ mira em líderes atuais para expandir universo dos filmes: ‘Não é uma releitura’

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Em entrevista ao Terra, o ator Mark Strong destaca os principais elementos da nova aposta de fantasia da HBO.




Duna: A Profecia

Foto: HBO/Divulgação

Na era das franquias e das refilmagens, uma saga literária complexa é um pote de ouro. Para o Prime Video, este pote é O Senhor dos Anéis. Para a Warner, são As Crônicas e Gelo e Fogo e, agora, Duna, que ganha uma expansão para as telinhas da HBO e da Max com a série derivada dos filmes de sucesso de Denis Villeneuve. 

Afinal, se o sucesso de “Game of Thrones” fez com que a HBO enchesse os olhos e anunciasse um número assustador de derivados (que inclui até um filme), também ensinou uma valiosa lição ao estúdio: a melhor proposta é expandir aquele universo sem exigir que o público seja um exímio conhecedor de todo o resto para apreciar o novo. De certa forma, é esta a máxima aplicada para “Duna: A Profecia”, nova série que chega este domingo (16) ao streaming.

Adaptada do livro “Sisterhood of Dune”, lançado em 2012 por Brian Herbert e Kevin J. Anderson, a série se passa antes da história dos filmes de Villeneuve e do livro original de Frank Herbert, lançado em 1965, e conta a história da criação da misteriosa ordem de mulheres chamada Bene Gesserit. A trama se inicia 10 mil anos antes de Paul Atreides se unir aos Fremen para liderar uma revolta em Arrakis, e acompanha duas irmãs da casa Harkonnen, Valya e Tula, que unem forças para combater algo que pode comprometer o futuro da humanidade.

É justamente pela distância temporal que, embora conhecer os filmes dê uma base melhor para compreender os meandros daquela sociedade, eles não são necessariamente uma “tarefa de casa” obrigatória para assistir à nova série. E, considerando a força de temas de fantasia em larga escala que se fazem tão presentes na trama, é difícil não pensar na série como uma substituta para quem está com saudades de “A Casa do Dragão” e “The Last of Us”

Fora isso, as comparações diretas são poucas, a não ser que se leve em consideração que, tanto no mundo fictício dos dragões quanto nas areias do deserto, os núcleos familiares também representam a força dos grupos políticos Mesmo assim, os temas principais são diametralmente distantes. 

Para Mark Strong, que interpreta o Imperador Javicco Corrino, o mais atrativo do universo de “Duna: A Profecia” foi a profundidade tanto da história quanto do personagem que interpreta. 



Duna: A Profecia

Duna: A Profecia

Foto: HBO/Divulgação

“Achei o personagem muito interessante porque ele não é o que você normalmente esperaria de um personagem daquele tipo, um imperador naquele mundo de ficção científica. Ele é um pouco mais interessante do que isso. E, claro, saber que a base de tudo são esses incríveis romances de Frank Herbert que as pessoas adoram. Eles são incrivelmente complexos, realmente ricos. Há algo neles, porque muito do que conhecemos como ficção científica moderna, seja Star Trek, Star Wars ou qualquer outra coisa, vem desses livros”, conta, em entrevista ao Terra

Mesmo assim, o ator considera que o que há de mais inovador não diz respeito necessariamente ao seu personagem, e sim na força feminina.

“Não é uma releitura de algo que já conhecemos e tenta ser original. É genuinamente original. E o mundo de Wallach IX, completamente povoado por mulheres e feito para mulheres, que acabam sendo as que controlam os bastidores de todo o universo que estamos vendo, é fascinante de assistir. A série possui elementos de terror, ficção científica, e muito mais. Mas, no fim das contas, é tudo sobre os personagens e como eles interagem uns com os outros.”

Na trama, Strong, normalmente escalado para interpretar vilões, vive um personagem bem diferente do que se espera. “Eu o descreveria como uma versão muito interessante do cara no comando. Ele é o imperador do universo, o que obviamente é um grande papel para um ator. Mas o que é fascinante sobre ele é sua vulnerabilidade. O fato de ele estar gerenciando uma paz frágil. Ele não é o cara que normalmente me pedem para interpretar, que são pessoas poderosas que sabem o que estão fazendo.”

Segundo Strong, é possível ver alguma relação entre Corrino e as pessoas reais no poder no nosso mundo: 

“Acho que esses líderes mundiais que vemos hoje em dia não podem demonstrar nenhuma fragilidade ou vulnerabilidade. Estou pensando de repente nos malucos que estão governando o mundo, como na Coreia, e possivelmente agora na América, e na Rússia. Não quero ser político sobre isso, mas vamos ser realistas, essas pessoas são pessoas incomuns, nenhuma delas parece demonstrar qualquer vulnerabilidade”, diz.

“Se você é a pessoa no poder, você tem que ter absoluta certeza do que está fazendo e mostrar isso às pessoas. Isso é obviamente o que Corrino tenta fazer. Então, sempre que as casas estão reunidas, ou ele está na companhia de pessoas, ele tenta mostrar isso. Mas o que é ótimo é que temos o benefício da câmera que pode entrar em sua vida pessoal e ver por trás dessa fachada e perceber que há mais coisas acontecendo do que apenas ser o cara no comando. E me pergunto se todas essas pessoas que governam o mundo têm algum elemento disso, ou se são apenas egoístas desenfreados.”

“Duna: A Profecia” estreia este domingo (17), na HBO e na Max, com episódios inéditos semanais. Acompanhe o Terra para conferir a cobertura completa da temporada. 

12 estreias nos streamings em novembro
12 estreias nos streamings em novembro

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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