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Shampoo antiqueda: como funciona e quando usar?

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Saiba se o shampoo antiqueda é realmente eficiente para o problema, entendendo a função desse cosmético e opções para tratamento da queda de cabelo.

A queda de cabelo é uma condição incômoda e que vai acometer quase a totalidade da população, feminina e masculina, em algum momento da vida.



Apesar da quase universalidade da condição, existem diferentes tipos de queda de cabelo, além de diferentes causas associadas, o que interfere diretamente no tipo de tratamento a ser adotado.

Com a intensificação da perda capilar é comum recorrer ao shampoo antiqueda. Entenda mais a seguir.

Qual a função do shampoo?

O shampoo é o cosmético capilar mais comum, sendo usado com finalidades estéticas e também para saúde do couro cabeludo.

A função primordial do shampoo, independentemente do tipo, é a higienização do couro cabeludo e, em menor grau, da haste capilar.

As diferentes formulações de shampoo fazem com que um produto possa ser mais adequado a determinado tipo de cabelo ou demandas dermatológicas, mas eles sempre são voltados à limpeza do couro cabeludo.

Para atender a função de limpeza do cabelo, os shampoo são compostos, normalmente, de:

  • surfactantes: são os agentes detergentes responsáveis pela remoção de sujeiras, resíduos e oleosidade do cabelo. Estão presentes em maior concentração em produtos para cabelos oleosos, por exemplo, promovendo uma remoção mais intensa dos óleos capilares produzidos em excesso;

  • reguladores de pH: são ingredientes adicionados ao shampoo para garantir que o pH fique entre 4 e 5, mais próximo ao natural do próprio couro cabeludo. Tanto um produto muito ácido como muito básico pode modificar a química capilar, além de tornar o ambiente mais propício à proliferação de micro-organismos patogênicos;

  • condicionantes: são ingredientes adicionados ao shampoo com a finalidade de manter a hidratação do fio, ou seja, a capacidade de retenção de água da haste capilar. Um exemplo é a ceramidas, sendo usadas mais frequentemente em shampoos para cabelos ressecados e quebradiços.

Portanto, apesar de o objetivo comum do shampoo ser a higienização do couro cabeludo, a formulação dele poderá ser variável de acordo com o tipo de cabelo.

Um exemplo são os shampoos dermatológicos mais voltados ao tratamento de alterações como dermatite seborreica e micose. Em geral, esses produtos podem ter componentes como enxofre, cetoconazol etc. para regulação da microbiota do couro cabeludo.

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Como funciona o shampoo antiqueda?

A proposta do shampoo antiqueda, por sua vez, é uma fórmula enriquecida com nutrientes, vitaminas, sais minerais etc. que podem faltar na estrutura capilar resultando na queda de cabelo.

De fato, o déficit nutricional pode sim ser uma das causas do chamado eflúvio telógeno, condição mais comum para queda de cabelo e que também pode ser influenciado por:

  • estresse;

  • anemia;

  • desregulação hormonal;

  • alguns tipos de medicamentos;

  • traumas;

  • falta de higiene do couro cabeludo;

  • dermatite seborreica.

No entanto, os nutrientes presentes no shampoo – ou em qualquer outro produto de uso tópico – não são absorvidos pelo couro cabeludo ou haste capilar.

Ocorre que a nutrição do cabelo depende exclusivamente da ingestão, pois são as enzimas digestivas que, por meio de reações químicas, fazem com que esses macronutrientes possam ser aproveitados pelo organismo, seja no cabelo ou em qualquer outro tecido.

Dessa forma, estudos científicos não comprovam a eficácia do shampoo antiqueda para amenizar quadros de perda capilar, seja ela decorrente do eflúvio telógeno ou outras alterações, como alopecia androgenética.

Nesse sentido, o shampoo antiqueda, devido a presença de surfactantes, atuará como um shampoo normal, promovendo a limpeza do couro cabeludo.

Shampoos para dermatite e outras alterações, entretanto, são benéficos aos pacientes com diagnóstico da condição.

Em pessoas com cabelo normal, eles podem não causar alterações ou ressecar demasiadamente o cabelo, visto que têm fórmulas que tendem a remover mais os sebos naturais.

Assim, não há uma indicação dermatológica específica para uso do shampoo antiqueda. Ele pode ser usado desde que haja a consciência de que não trará resultados diferentes de um shampoo normal.

O que fazer em caso de queda de cabelo?

Se não há comprovação científica dos resultados do shampoo antiqueda, como, então, tratar a queda de cabelo?

A recomendação primordial é que seja feita uma investigação dermatológica para determinar as causas da queda de cabelo e o tipo de queda.

Mesmo se a queda for diminuída temporariamente por meio de tratamentos – tópicos ou orais – específicos, ela tende a voltar caso as causas não sejam identificadas e contornadas.

Se a queda de cabelo for motivada por déficit nutricional, por exemplo, além de tratamento capilar, o especialista indicará suplementação e também mudanças nos hábitos e alimentação para prevenir a reincidência.

O tratamento dermatológico com shampoo é mais comum em casos de dermatite e infecções fúngicas. Nesse caso, haverá melhora da queda de cabelo não por nutrir o fio, mas por combater as causas associadas à perda capilar.

Caso o paciente seja diagnosticado com calvície masculina, que causa afinamento e perda capilar, o tratamento é contínuo para prevenir o agravamento do quadro.

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ACRE

Mulher dá facada em namorado para se defender e bombeiros entram em área de difícil acesso para socorrê-lo no AC

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Polícia Civil informou que mulher deu facada no suspeito para se defender. Caso ocorreu no Seringal Novo Berlim, zona rural de Feijó, nesse domingo (21). Homem foi preso e liberado após pagar fiança.

Capa: Bombeiros percorreram 10 km de ramal para prestar primeiros socorros no suspeito — Foto Arquivo 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Acre

Um homem, de 29 anos, levou uma facada na coxa esquerda após supostamente ter batido na namorada na tarde de domingo (21) na zona rural de Feijó, interior do Acre. Segundo a Polícia Civil, a mulher desferiu a facada em legítima defesa após apanhar do suspeito.

O suspeito teve uma hemorragia e precisou ser resgatado por bombeiros da cidade. A equipe de resgate percorreu dez quilômetros de ramal para chegar até o Seringal Novo Berlim, zona rural, para prestar os primeiros socorros e levar o homem para a cidade.

O resgate foi divulgado pelo 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (22). O irmão do homem ligou para a Polícia Militar (PM-AC) para pedir socorro. Com ajuda da PM-AC e de quadriciclos, as equipes foram até o seringal e estancaram o sangramento.

Suspeito foi socorrido por bombeiros e levado para hospital de Feijó — Foto: Arquivo/9º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Acre

Suspeito foi socorrido por bombeiros e levado para hospital de Feijó — Foto: Arquivo/9º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Acre

O rapaz foi colocado em cima de um dos quadriciclos e levado para o Hospital Geral de Feijó. Após o atendimento médico, o homem foi preso por violência doméstica, pagou fiança e foi liberado.

A mulher foi ouvida e pediu medida protetiva contra o suspeito.

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BRASIL

Com 29%, região Norte tem o maior percentual de trabalhadores em regime de home office do país

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Levantamento encomendado por plataforma imobiliária aponta ainda que, se forem considerados trabalhadores em regime híbrido, percentual sobe para 33%.

capa: Norte também tem maior percentual de trabalhadores que mudariam de emprego se fossem obrigados a trabalhar presencialmente — Foto: Getty Images via BBC.

A expressão do idioma inglês home-office passou a fazer parte do vocabulário de muitos trabalhadores brasileiros especialmente durante a pandemia de Covid-19, quando foi preciso reduzir a aglomeração de pessoas em locais fechados. Com o fim da maior parte das restrições para evitar o contágio pela doença, a maioria voltou aos tradicionais escritórios para o trabalho presencial. A maioria, mas não todos.

Uma pesquisa apontou que Rio Branco, Belém, Boa Vista, Macapá, Manaus, Palmas e Porto Velho, capitais da região Norte, ainda têm 29% dos trabalhadores mantém exclusivamente o regime de trabalho remoto. O índice, segundo a pesquisa, é o maior do país.

O levantamento encomendado pela plataforma imobiliária QuintoAndar mostra ainda que, se considerados os trabalhadores que aderiram ao regime híbrido, o percentual sobe para 33%. Nesse esquema, os funcionários dividem os dias entre o trabalho presencial e remoto.

“Esse é o maior percentual entre as regiões. E mostra que, apesar de as empresas estarem optando por voltar paulatinamente ao presencial, há muito mais flexibilidade e mais compreensão por parte delas dessa nova dinâmica, onde a casa tem um novo significado”, ressalta o gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis.

Ainda segundo a pesquisa, 57% dos trabalhadores ouvidos são funcionários de empresas menores, com até nove funcionários. Segundo a plataforma, essas empresas costumam ter mais trabalhadores em regimes não presenciais.

159 pessoas foram ouvidas no Norte do país. Os números também mostram que a segunda-feira é o dia em que mais pessoas costumam trabalhar em casa na região: 32% dos entrevistados. Por outro lado, a quarta-feira é o dia em que mais pessoas vão ao escritório, com 51%.

Questionados sobre a hipótese de serem obrigados a trabalhar exclusivamente no regime presencial, 47% dos trabalhadores afirmam que procurariam outro emprego caso fossem, o que também é o maior percentual entre as regiões, segundo a pesquisa.

“As pessoas criaram toda uma rotina de trabalho em casa. Algumas acharam um cantinho novo, outras deram o famoso ‘jeitinho brasileiro’ para conseguir continuar no home office. E a maioria, agora, não quer deixar isso para trás“, finaliza Reis.

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COTIDIANO

Mais de 100 animais de estimação ainda estão em abrigo no Parque de Exposições após enchente em Rio Branco

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São 84 cães e 35 gatos que continuam no abrigo que foi montado para famílias desabrigadas pela cheia. Departamento de Zoonoses diz que alguns animais aguardam seus tutores irem buscá-los.

Foto: Mais de 100 animais de estimação ainda estão em abrigo no Parque de Exposições após enchente em Rio Branco — Foto: Arquivo/Departamento de Zoonoses.

Mesmo com a vazante do Rio Acre, em Rio Branco, e muitas famílias que ficaram desabrigadas já retornando para suas casas, mais de 100 animais de estimação continuam no abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco. Segundo o Departamento de Zoonoses da capital, são 84 cães e 35 gatos que estão no local.

O gerente do departamento, Herbert Teixeira diz que muitas pessoas perderam tudo que tinham e, por isso, não conseguiram voltar para buscar seus bichinhos. Além disso, tem os animais que estavam abandonados nas áreas alagadas e foram levados ao abrigo. As equipes estão entrando em contato com os tutores para que comecem a retirar os pets.

“Temos vários gatos e cães que estamos aguardando ainda as pessoas virem buscar, algumas perderam casa, perderam tudo e essas não vão conseguir buscar mesmo, mas algumas a gente está ligando para arrumarem um meio de vir buscar e, se for o caso, estamos até entregando para elas. Devagar eles estão saindo, nesta quarta [19] saíram uns 8, e estamos com 120, juntando gato e cachorro”, disse o gerente.

São 84 cães e 35 gatos que continuam no abrigo que foi montado para atingidos pela enchente do Rio Acre — Foto: Arquivo/Departamento de Zoonoses

São 84 cães e 35 gatos que continuam no abrigo que foi montado para atingidos pela enchente do Rio Acre — Foto: Arquivo/Departamento de Zoonoses

Desde que o abrigo foi montado, o local já chegou a receber 687 animais de estimação, entre cães e gatos.

O local foi adaptado para receber os animais: ‘gatils’ para os gatos, e alojamentos para os cachorros. Eles são identificados, alimentados e recebem acompanhamento. Se a família tiver mais de um animal e que convivam bem, eles ficam juntos. Os que, porventura, foram abandonados e se encontram no abrigo, serão disponibilizados para adoção.

Enchente em Rio Branco

A capital acreana vivenciou a terceira maior enchente da história em 2023 e esta foi a mais rápida em termos de alcance de cotas históricas. O manancial chegou à marca de 17,72 metros no dia 2 de abril, são 3,72 metros acima da cota de transbordo, que é de 14 metros.

Pelo menos 75 mil pessoas foram atingidas, 42 bairros alagados e mais de 3,3 mil famílias que precisaram ser levadas a abrigos públicos. No total, mais de 15,4 mil moradores tiveram que deixar suas casas por conta da cheia do manancial. Além disso, 27 comunidades rurais estão isoladas, com 7,5 mil pessoas de mais de 1,8 mil famílias.

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