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Sinto-me culpado por ter um caso emocional. Como posso continuar meu relacionamento de longo prazo? | Relacionamentos

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Eleanor Gordon-Smith

Estou em um relacionamento feliz há oito anos. Sempre me senti extremamente sortudo por ter conhecido alguém tão adequado para mim tão jovem, e muitos amigos e familiares comentaram sobre a conexão especial que temos.

Essa sensação de segurança foi abalada recentemente quando conheci alguém por quem senti uma atração forte e imediata. A atração não era apenas física. Essa nova pessoa e eu tínhamos muitos interesses em comum e conversas químicas. Senti um desejo intenso de mantê-los em minha vida, esperando que a atração diminuísse. Não é de surpreender que não tenha funcionado assim – quanto mais eu conversava com eles, mais os sentimentos se desenvolviam. Depois de trocar longas mensagens diariamente, percebi que estava tendo um caso emocional.

Decidi cortar o contato, dizendo que achava que nosso contato era uma traição ao meu parceiro. Isso envolvia admitir meus sentimentos e ouvir que eles eram correspondidos.

Agora estou tentando descobrir o que aconteceu e até que ponto devo ser culpado. Tenho medo de contar ao meu parceiro, caso isso gere insegurança e desconfiança. Ao mesmo tempo, sinto-me triste porque esta nova ligação, que parecia tão única e especial, teve de desaparecer antes mesmo de realmente começar.

Tenho 30 e poucos anos, mas de repente me sinto muito mais jovem. Você tem algum conselho sobre como administrar moralmente esta situação? ou emocionalmente?

Leonor diz: É muito improvável que em um relacionamento longo você nunca se sinta atraído por outra pessoa. Não é o fato de ter uma paixão que trai seu parceiro em relacionamentos monogâmicos, é a maneira como você interage com ele.

Uma maneira de sair do controle é confundir o sentimento com um relato verídico sobre seu objeto. As pessoas são estranhamente ruins nisso. Eles pensam: “olha o quanto estou sentindo!” e inferir: “olha como essa pessoa é muito melhor do que meu parceiro!” Mas uma onda de atração é sempre mais do que uma resposta a uma pessoa específica. É também uma resposta ao relacionamento, ao potencial, à novidade – tanto a deles como a nossa.

Não há nada de errado com isso, necessariamente. Você pode desfrutar de um sentimento sem considerá-lo uma representação verdadeira de seu objeto. Dá errado quando as pessoas não percebem o que está acontecendo – como um Narciso apaixonado, paralisado pela imagem de uma vida melhor, olhando até cair de cabeça em águas rasas.

Outra maneira pela qual a atração dá errado é começar a tirar o tempo e a excitação do seu relacionamento de longo prazo e redirecioná-los para a paixão. Você percebe que isso está começando a acontecer; isso corre o risco de se tornar auto-realizável. Colocamos menos esforço em um relacionamento, olhamos para nossos sentimentos cada vez menores e pensamos: “Esse relacionamento deve estar diminuindo – veja como isso está me fazendo sentir menos!” Esta é uma inferência espetacularmente ruim, como pedalar menos em uma bicicleta e considerar sua desaceleração como prova de que a bicicleta perdeu potencial. Seu relacionamento com seu parceiro é pelo menos parcialmente constituído por você: é claro que quando você investe menos, começa a piorar.

Você foi (e é) sensato em relação a esses riscos? Se for assim, acho que a atração em si não precisa ser um local de culpa excessiva.

Admitir seus sentimentos era a parte arriscada. Isso criou um “nós” fora do seu relacionamento, definido por saber coisas que seu parceiro não sabe. Esse é o cerne de um caso emocional; é isso que faz as pessoas sentirem que foram enganadas. Mas muita coisa vive nos detalhes. A mensagem era “você é tão tentador que não posso estar perto de você” ou “eu valorizo ​​meu parceiro mais do que isso”? Deixamos essa pessoa com a impressão de que ela é mais excitante do que seu parceiro. Um deixa claro que não.

As mentes razoáveis ​​diferirão sobre se você é obrigado a divulgar isso. Acho que a regra maior é: você só consegue manter isso privado se tiver certeza de que não é uma ameaça contínua. Uma coisa é poupar seu parceiro do medo de uma paixão que você já decidiu extinguir. Mas você também fala de “sentimentos”, no presente, e não podemos continuar aceitando a lealdade de um parceiro enquanto decidimos se devemos retribuí-la.

Então, você pode ter certeza de que isso não é uma ameaça? Você pode se comprometer a garantir que não seja?

Você diz que se sente comovente por ter que acabar. Você está certo, há um custo nisso. Mas você recebe algo em troca de pagar. O preço de um longo relacionamento monogâmico é que nenhum de vocês explora outras conexões; é assim que você obtém a garantia e a devoção recíprocas que acompanham o fato de estarem juntos, tanto como uma escolha quanto como uma reação. Você não pode obter esse valor sem pagar o preço (e seu parceiro também paga).

Talvez uma maneira de lidar com isso emocional e moralmente seja focar no que há em seu relacionamento que faz a negociação valer a pena.

Você não precisa sair gritando dessa experiência. Quanto mais você fizer isso, mais aprenderá a si mesmo que isso é algo tão assustadoramente importante que não pode ser compreendido ou acomodado. Em vez de alternar entre a culpa e o fascínio pela atração em si, tente se concentrar em como você lidou com ela – e como escolherá lidar com ela a partir daqui.

A carta do leitor foi editada em extensão

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Leia Mais: The Guardian

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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