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Tentativa de derrubar delação de Cid não (necessar…

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Tentativa de derrubar delação de Cid não (necessar...

Laryssa Borges

A estratégia das defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-chefe da Casa Civil Walter Braga Netto de bombardear o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid pode ter pouca valia na definição do destino que o Supremo Tribunal Federal (STF) pretende dar ao capitão e a seu candidato a vice nas eleições de 2022, embora funcione como discurso político e mantenha a grei unida contra supostos abusos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Réus por golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático, ambos se apegam ao vaivém de versões de Cid e no desabafo, revelado por VEJA, de que o militar avaliava que os investigadores já tinham conclusões pré-fabricadas para tentar desqualificar e derrubar a colaboração do ex-ajudante de ordens do ex-presidente com a Justiça.

Ainda que a delação seja reduzida a pó, os termos que Cid fechou com a Polícia Federal indicam que as provas fornecidas por ele ou derivadas das declarações que deu aos policiais e da própria investigação seguem válidas e podem ser utilizadas contra os acusados. Na fila de evidências mais robustas de que um golpe de Estado estava em gestação no país – e não atreladas diretamente aos depoimentos de Cid – estão minutas de decretos golpistas, um plano de assassinato de autoridades e a criação de uma junta militar para o momento posterior à tomada do poder.

Em tese, em uma eventual rescisão da colaboração de Cid, o maior prejudicado seria ele próprio, que perderia os benefícios que negociou com a Polícia Federal – perdão judicial ou até dois nos de cadeia, restituição de bens e valores apreendidos, blindagem do pai, da esposa e da filha maior de idade, além de segurança da PF – e poderia ser processado ao lado dos demais acusados.

Por lei ninguém pode ser condenado apenas por conta da palavra de um delator, sendo necessárias provas de corroboração de que determinado acusado de fato praticou o crime de que é suspeito. Longe de ser um detalhe, é neste ponto que se apegam as defesas dos principais suspeitos de conspirar para a derrubada da democracia no país. “Nós não temos provas inéditas trazidas pelo Cid, nós temos apenas palavras ditas por ele. Se a delação cair por terra, toda a denúncia da PGR terá de ser revisitada”, afirma um dos principais advogados do processo contra Bolsonaro na edição de VEJA que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais.

A eventual rescisão do acordo de delação de Mauro Cid pode ocorrer, por exemplo, se ele tiver omitido das autoridades um fato ilícito dele ou de pessoas que ele indicou previamente para cometer o crime. Na hipótese de rescisão, diz a Polícia Federal, “todos os benefícios pactuados em seu favor [do delator] deixarão de ter efeito, permanecendo hígidas e válidas todas as provas produzidas, inclusive, depoimentos que houver prestado e documentos que houver apresentado, bem como mantidos quaisquer valores pagos a título de multa”.



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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go...

Marcela Rahal

Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.

Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.

Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.

O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.



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POLÍTICA

Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg...

Ludmilla de Lima

Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.

Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano. 

A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.

A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.



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Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu...

Matheus Leitão

A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.

Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.

Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.

“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.

A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.

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“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana. 

A seguir as cenas dos próximos capítulos…



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