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Trump determina que detentas trans sejam presas com homens – 25/01/2025 – Mundo

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5 meses atrásem
Shaila Dewan, Amy Harmon
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou que prisões federais passem a colocar detentas trans em unidades masculinas e interrompam tratamentos médicos relacionados à transição de gênero.
A medida fez parte de uma ordem executiva ampla emitida por Trump no seu primeiro dia no cargo, destinada a limitar o reconhecimento governamental do gênero de um indivíduo ao sexo de nascimento.
A determinação sobre os prisioneiros também se aplica a imigrantes detidos e é uma das partes mais concretas da ordem. Trump já havia imposto algumas restrições a prisioneiros transgêneros em seu mandato anterior, mas a nova ordem foi mais abrangente.
A Frente de Libertação das Mulheres, grupo que defende a definição de gênero com base no sexo biológico, chamou a decisão de “uma grande vitória”. O grupo está contestando uma lei da Califórnia que permite que prisioneiros solicitem alojamento de acordo com sua identidade de gênero. O argumento é que a lei viola os direitos constitucionais das presas que não são trans.
A ordem de Trump ecoou esses argumentos, dizendo que “os esforços para erradicar a realidade biológica do sexo atacam fundamentalmente as mulheres, privando-as de sua dignidade, segurança e bem-estar.”
Advogados em defesa de pessoas trans e prisioneiros criticaram a ordem, dizendo que ela os colocaria em perigo. “Haverá estupros e agressões físicas por causa dessa política”, disse Shannon Minter, diretor jurídico do Centro Nacional para Direitos Lésbicos, que já representou prisioneiras trans. “Isso também é terrível para os agentes prisionais, que agora têm a liberdade para decidir o que faz mais sentido para a segurança e proteção da instalação.”
Especialistas jurídicos disseram que a ordem também estaria vulnerável a desafios na Justiça. Os tribunais federais já disseram que os sistemas prisionais são obrigados a proteger prisioneiros vulneráveis. Alguns também afirmaram que devem oferecer cuidados médicos, como terapias hormonais, a prisioneiros diagnosticados com disforia de gênero, o desconforto associado ao desajuste entre o corpo e a identidade de gênero.
“Proteções constitucionais não param se uma pessoa estiver na prisão, na cadeia ou em instalações de detenção de imigração”, disse Richard Saenz, advogado da Lambda Legal, uma organização pró-direitos LGBTQIA+.
A ordem executiva de Trump, intitulada “Defendendo as Mulheres contra o Extremismo da Ideologia de Gênero e Restaurando a Verdade Biológica ao Governo Federal”, parece exigir o realojamento apenas de mulheres trans, não de homens trans.
O número de pessoas afetadas é relativamente pequeno. Existem cerca de 1.500 prisioneiros federais que são mulheres trans, de acordo com o Departamento de Prisões. Mas elas representam uma porção desproporcional de prisioneiros federais, especialmente entre as prisioneiras do sexo feminino: 15% das mulheres na prisão são trans. Há 750 homens trans entre cerca de 144 mil prisioneiros masculinos, o que totaliza cerca de 0,5%.
Pessoas trans representam menos de 1% dos adultos nos EUA, de acordo com o Williams Institute, um centro de pesquisa da Universidade da Califórnia que estuda a população LGBTQIA+. Não está claro por que o número é maior nas prisões federais, mas os especialistas apontam para estudos que mostram que pessoas trans têm mais chances de atrair a atenção das autoridades policiais. Elas também têm mais chances de sofrer rejeição familiar e dificuldades econômicas.
Dados federais mostram ainda que prisioneiros trans têm dez vezes mais chances de relatar que foram vítimas de algum tipo de violência sexual do que outros prisioneiros.
Lá Fora
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A Suprema Corte reconheceu a vulnerabilidade dos prisioneiros trans em 1994. A autora do caso era uma mulher trans, Dee Farmer, que disse ter sido estuprada enquanto estava numa cela com homens. O tribunal determinou que o governo tem o dever de proteger os prisioneiros da violência.
Farmer agora lidera o Fight4Justice, um grupo de defesa sem fins lucrativos para prisioneiros LGBT+, incluindo uma mulher transgênero que está atualmente sob vigilância suicida após ter sido alvo de abuso em uma prisão de Washington, capital do país. “Ontem recebi três ligações de detentas que estavam em pânico sobre o que ia acontecer com elas.”
No final do governo Barack Obama, o Departamento de Prisões emitiu novas diretrizes para que prisioneiros trans fossem alojados de acordo com sua identidade de gênero na maioria dos casos. No primeiro mandato de Trump, isso foi revisado para exigir alojamento conforme “sexo biológico”, exceto em casos raros. Mas o primeiro mandato de Trump não considerou a questão uma prioridade política central.
A ordem exige que todos os cuidados médicos de transição de gênero cessem, dizendo que nenhum fundo federal deve ser gasto “em qualquer procedimento médico, tratamento ou medicamento com o propósito de conformar a aparência de um detento ao sexo oposto”.
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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